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Lição 5ª - Orando como Jesus Ensinou


O comentarista dessa quinta lição é o nosso irmão Flávio.

O irmão Flávio já comentou outras vezes no nesse blog, veja:





http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/08/licao-9-jesus-o-cumprimento-profetico.html ["O Cumprimento Profético do Antigo Pacto"]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/07/licao-5-autenticidade-da-profecia.html ["A Autencidade da Profecia]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/06/licao-10-o-valor-da-temperanca.html ["O valor da Temperança"]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/03/licao-10-defesa-da-autoridade.html ["A Defesa da Autoridade Apostólica de Paulo"]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/01/4-licao-gloria-das-duas-aliancas.html ["A Glória das Duas Alianças"]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/04/2-licao-os-perigos-do-desvio-espiritual.html ["Os perigos do desvio espiritual"] 





Escrito por Flávio José Pereira, professor da classe dos senhores
  

 
 INTRODUÇÃO


        Questionado pelo apostolo Pedro o nosso Senhor nos ensina como orar a famosa oração do Pai nosso, esse modelo de oração é singular pela sua simplicidade e propósito, é um modelo que serve aos crentes de todos os tempos e a principal referência de oração que temos na bíblia, não é um amuleto como usam os católicos que acham que repetindo a oração varias vezes o Senhor vai ouvir, transformando o ensinamento em regra. Vamos ver o verdadeiro significado desta oração.


          COMO O CRENTE DEVE ORAR?


            Quando você vai aprender uma nova atividade na escola o professor primeiro explica as regras da atividade, depois que você entendeu as regras ele dar a prática. E Jesus com o professor dos professores, começa ditando as regras da oração.



          QUAIS SERIAM ESTAS REGRAS?


1. Não ser como os Hipócritas (Mt 6. 5)”E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens, em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.”


2. Sempre que for orar se reserve com portas fechadas (Mt 6.6)” Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.”


3. Não usar palavras vãs e repetitivas nas orações (Mt 6.7)”E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem serão ouvidos.”


4.  Não se igualha a eles (Mt 6.8)”Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.”


5. “Pai nosso, que estás no céu” No inicio da oração Ele começa a tratar a parte que deixa claro que toda oração deve ser dirigida exclusivamente ao Deus Criador, (ao Pai), que esta no céu. Segundo a Bíblia, a palavra "santificado" significa: "separado, diferenciado, exclusivo e de forma inconfundível". Isso quer dizer que devemos dirigir a oração direto ao Criador. Não devemos encontrar outros para nossas orações, como Maria, João, Pedro etc. (Mt 6.9).


6. “Venha o teu Reino” Aqui, Jesus Cristo usou a palavra reino porque, naquela época, a maioria dos povos só conhecia organizações do tipo “reinado” (um rei e seus súditos). Nos dias de hoje as "sociedades" são mais comuns (governantes e cidadãos). Portanto, a expressão reino de Deus quer dizer sociedade de Deus, critérios sociais estabelecidos e administrados por Deus. Logo, nesta parte da oração Jesus Cristo nos ensina que não devemos inventar leis de nós mesmos. Precisamos praticar as leis de Deus (Seus mandamentos) para sermos cidadãos do seu reinado e termos direito a petições (Mt 6.10).


7. “Seja feita a tua vontade” Nesta parte Jesus deixa claro que: mesmo nos tornando cidadãos do reino de Deus, não podemos fazer projetos a revelia. Temos que nos adaptar aos critérios de Deus e nos conformar com o que Ele nos permitir. Só assim seremos, de fato, bem-aventurados (bem-sucedidos) em tudo o que fizermos (Mt 6.10).

8. “O pão nosso de cada dia” Aqui, a palavra "pão" significa suprimento, alimento, vestimentas, etc. Nesta parte Jesus ensina que não adianta pedir a mais com o intuito de estocar. Deus só concede o que necessitamos de imediato, o amanhã é outro dia e não adianta pedir com antecedência. (Provavelmente para não descuidarmos com o que já temos, nem desperdiçarmos) (Mt 6.11).


9. “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” Nesta parte fica evidente que, se estamos em débito com Deus, precisamos pedir o perdão destas dívidas (destas ofensas) para que, estando sem débitos, Deus nos conceda aquilo que desejamos. Note, entretanto, que existe uma precondição para que Deus nos perdoe e, conseqüentemente, nos atenda. A pré-condição é sermos capazes de perdoar os que estão em débito conosco também (aos que tenham nos ofendido), de modo a alcançarmos o perdão de Deus e recebermos aquilo que desejamos (Mt 6.12).


10. “E não nos induzas à tentação, mas nos livra-nos do mal” Aqui, Jesus Cristo comenta que o mal e as tentações existem de verdade. A melhor maneira de nos proteger é seguir os ensinamentos de Deus pedindo a Ele freqüentemente que nos proteja e nos salve do "predador" da humanidade (mais conhecido como diabo ou satanás).


         Neste modelo de oração Jesus ensina todos os aspectos que devemos considerar para nos relacionar corretamente com Deus. As pessoas que encaminham suas rezas e orações a personalidades históricas, ainda que próximas de Deus, normalmente não obtêm os resultados desejados. Grande parte das pessoas do Norte e Nordeste, por exemplo, apesar de muito rezar não tem alcançado os objetivos desejados. Infelizmente, a dor e a miséria continuam predominando nestes lugares. 


        Portanto, os cristãos mais esclarecidos da sociedade brasileira precisam ajudar estas pessoas, que já tem fé, a entender tais coisas e usá-la de forma eficiente e com mais sabedoria. Como no deserto Deus falou a Moises “tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores” (Ex 3.7), e vemos que falar corretamente com Deus é necessário para obtermos sucesso na nossas vidas. Orando desta forma a Igreja avançou e alcançará o mundo, porque o nosso Senhor esta ouvido o clamor da sua Igreja.

Lição 4ª - A Oração em o Novo Testamento

A oração de Cristo, dos apóstolos e da Igreja


Estudar a Bíblia dividindo-a em dois Testamentos e tentando explorar mensagens distintas, mesmo que complementares, neles, não é algo novo, tem pelo menos 200 anos. Mas nesses últimos tempos, conforme eu comentei em outras lições, está muito em moda as “teologias” do Novo Testamento e Antigo Testamento que entraram com tudo no mercado editorial. Mas, voltando especificamente ao tema, será que existe um tipo de oração no Antigo Testamento que difere do Novo, e se sim, de que tipo são essas diferenças?

Para início de conversa é preciso dizer que a nossa revista trata o tema “a oração no Novo Testamento” referindo tanto ao Novo Testamento canônico como ao Novo Testamento enquanto pacto feito por Cristo na cruz com relação a todos os crentes, o que envolve, obviamente, a igreja de Cristo na história. Porém, para fins didáticos, prefiro dividir essas duas abordagens.

A Oração no Novo Testamento Canônico

Chamo de Novo Testamento Canônico o período de tempo em que foram escrito os 27 livros do Novo Testamento e de formação daquilo que chamamos de igreja primitiva. Penso que é importante que se destaque esse período para se fazer distinção entre o Antigo e Novo Pacto, o qual Cristo constituiu.

De certo Cristo não veio desfazer a Lei de Moisés, nem mesmo o ensino dos profetas, antes veio para fazer cumprir tudo aquilo que estava escrito, pois diz: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra (Mateus 5.18). Então Cristo estava tentando mostrar que a Lei deveria entrar no coração das pessoas e não apenas as revestir de uma falsa piedade. A religião que nasce das obras não produz nada mais do que auto-indulgências e falsa devoção, contudo, a religião que nasce na fé genuína em Deus é frutífera, sabe suas limitações e confia no poder de Deus.


Porém mesmo próximo da Lei de Moisés Jesus mostrava que essa lei já estava inadequada e algo novo estava surgindo. Já o tens ouvido; olha para tudo isto; porventura, não o admites? Desde agora te faço ouvir coisas novas e ocultas, que não conhecias (Isaías 48.6).


Não que a lei mosaica fosse ela propriamente má. O problema não está na lei, mas em nós, que não somos capazes de cumprir à lei. Pois com muita propriedade o apóstolo Paulo diz:



Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom. Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado (Romanos 7.12-14).

  

Por essa razão, Jesus não questionava o fato dos fariseus, representantes máximos do judaísmo, enquanto religião, seguirem a lei, mas questionava-los no uso puramente ritualista e cerimonial da lei, aonde se desprezava o sentido espiritual dos mandamentos, fazendo da religião judaica apenas regras obedecidas mecanicamente, construindo-se uma prática alienante e vazia, em detrimento de uma prática verdadeira de adoração e fé a Deus. Contudo próprio Moisés já entendia a Lei diferente :

Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma [...] (Deuteronômio 10.12).

Então cheguemos ao Sermão da Montanha, aonde Cristo, para muito estudiosos lança a Constituição do seu Reino, e que faz nitidamente um contraponto entre aquilo que foi ensinado pelos “antigos” e o que agora ele, o edificador da casa espiritual, que somos nós, nos ensina sobre tudo aquilo que agrada a Deus. Verdadeiramente Cristo lança um ataque frontal aos ensinos dos líderes espirituais da sua época, denunciando toda a hipocrisia dos fariseus.

No capítulo 6 de Mateus, Cristo desmonta concepções equivocadas que eram valiosas para os fariseus em relação à alguns temas, dentre esses temas se encontram o dar esmolas, o jejum e a oração. Fiquemos com o que Jesus falou a respeito da oração, nosso tema de estudo:


E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos (Mateus 4.5-7).

O que Cristo nos recomenda é um relacionamento com Deus  longe dos formalismos, um relacionamento pessoal e estreito. A oração nos possibilita isso. Quando nós oramos, ainda que acompanhados, é como se só existisse Deus e o que ora, ninguém mais, uma comunhão perfeita.


Mas a religião é altamente ineficaz para produzir qualquer tipo de modificação interior, servindo em alguns casos, quando concebida erroneamente, apenas para dar disfarces aos praticantes. E muitos falsos religiosos acreditam mesmo que estão enganando a Deus, no entanto, o máximo que eles conseguem é se iludirem com as “recompensas” e os elogios do mundo.

  
Por outro lado, como já afirmei em outras oportunidades, temas como esse da lição atual são muito perigosos, porque levam, em alguns casos, as pessoas a, em primeiro caso, ficar comparando-se com outras, dizendo: eu oro mais que fulano, ou, fulano ora mais do que eu, e em outros casos, tenta-se descobrir fórmulas mágicas para que as orações sejam atendidas, dentro de concepções teóricas "profundas".


E é realmente isso que Cristo recrimina. O que importa não é o quanto você ora, nem as palavras que você usa (como o uso repetido de algumas palavras ou a utilização de palavras eloqüentes), mas o propósito da oração. Quando você ora para se mostrar a comunidade sua oração não é dirigida a Deus, é uma oração inútil. E oração sem fé é esquizofrenia.


Muitas vezes no Novo Testamento a oração simples foi atendida, invés da oração sofisticada, se nós pudermos chamar assim. Como na oração do publicano que apenas continha uma frase:



Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! E disse Jesus: Digo-vos que este [o publicano] desceu justificado para sua casa, e não aquele [o fariseu]; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado (Lucas 18.14).

Nesse caso o Novo Testamento traz novidades a respeito da oração no Antigo Testamento. Então, Jesus fala de oração, sobre, pelo menos 4 distintos aspectos da realizada no Antigo Testamento:


  1. Uma oração que mais do que fazer parte da liturgia, seja uma oração que preze pelo relacionamento próximo e pessoal com Deus, que na oração assume o papel de Pai Nosso; 
  2. Uma oração que tenha como argumento a nossa filiação com Deus, que não precisa da repetição de palavras, mas de fé e perseverança, tendo a certeza que Deus nos ouve e vela por nós;
  3. Uma oração que nos faça refletir sobre a nossa prática de fé: perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores (Mateus 6.12)
  4. Uma oração que invoca o nome de Cristo (João 16.23)

Os apóstolos basearam seu ministério na oração. O livro de Atos dos Apóstolos está repleto de orações. Foi por meio de oração que os apóstolos acolheram Matias, pois o autor de Atos diz: E, orando, disseram [os apóstolos]: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido [...] (Atos 1.24) e que acontece? E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos (Atos 1.26).

 Mais na frente vemos os apóstolos orando para os samaritanos recebessem o Espírito Santo: os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo [...] (Atos 8.15) e: recebiam estes o Espírito Santo (Atos 8.17).

 Os apóstolos tiveram a experiência de orar e serem atendidos. O caso da prisão de Pedro e do milagre que aconteceu com ele é um fantástico argumento em prol da fé e da oração.

Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele. [...] Eis, porém, que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz iluminou a prisão; e, tocando ele o lado de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! Então, as cadeias caíram-lhe das mãos.
Por isso que o apóstolo Pedro com muita propriedade diz em uma de suas epístolas: Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas [...] (I Pedro 3.12)

Paulo também era um homem de oração. Em praticamente todas as epístolas Paulo diz que está orando por algo ou alguém. Somente para citar alguns exemplos:
[...] fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações, [...] (Filipenses 1.4);

Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós em todas as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos (Romanos 1.9-10);

Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar (I Tessalonicenses 1.2);

Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual (Colossenses 1.9).

Por isso que o apóstolo poderia dizer como aquele que pratica o que ensina: “regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” (Romanos 12.12). Os apóstolos lograram êxito orando e são exemplos para a igreja atual.

  
O Novo Testamento e a Igreja pós-apostólica

  
Falo de Igreja pós-apostólica não querendo dizer uma igreja que superou a doutrina apostólica e sim apenas a igreja cristã depois do período.

E vemos que todos os grandes nomes da igreja de Cristo, aqueles que tiveram ministérios realmente abençoados.
  
O pastor Claudionior de Andrade escreveu:


Depois da era apostólica, os pais da igreja, além de suas lides teológicas, consagravam-se à oração. Ignácio, Tertuliano, Ambrósio e Agostinho. O bispo de Hipona escreveu acerca de seu ministério de oração e intercessão: “Eis que dizeis: ‘Venha a nós o vosso reino. E Deus grita: Já vou’ Não tendes medo?”

E os reformadores? Martinho Lutero foi um grande paradigma na intercessão em favor da Igreja de Cristo naqueles períodos da Reforma Protestante. Mais tarde chegaram os avivalistas. John Wesley levantava-se de madrugada para falar com o Pai celeste. E o irmão Finney? Era um gigante na oração. Com o Movimento Pentecostal a Igreja de Cristo desfez-se em orações e súplicas por aqueles que, sem ter esperança de ver Deus, caminhavam para o inferno. Em suas anotações pessoais, Daniel Berg e Gunnar Vingren descrevem suas ricas experiências oriundas de uma vida de profunda oração. (ANDRADE, Claudionor. As disciplinas da vida Cristã: como alcançar a verdadeira espiritualidade. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 36, APUD http://www.cpad.com.br/escoladominical/view-subsidios.php?s=38&i=461)

Não devemos, porém, cair no erro dos fariseus, o povo de Deus erra por não conhecer que pode ter comunhão com Deus, seja por meio das Escrituras, seja por meio da oração e da fé, que indissociáveis. A oração não deve ser entendida apenas como algo que tem parte na liturgia, as igrejas devem se voltar à oração para receber o avivamento prometido por Deus.

Lição 3ª - A Oração Sábia

Nessa terceira lição estaremos contando com o comentário da nossa professora Josefa.


A irmã Josefa já comentou anteriormente algumas vezes nesse blog, veja:






Escrito pela irmã Josefa, professora da classe das senhoras


O lar de Salomão foi marcado por problemas difíceis, por motivo de brigas entre dois irmãos. Evidencia o cumprimento do propósito de Deus, suscitando o mal contra Davi. O primeiro resultado dos pecados de Davi (concupiscência, adultério e homicídio).

Nós, crentes, temos que permanecer fieis, com inteireza de fé, como houve tantos homens de Deus que não aceitaram fazer o que não agradava a Deus, mas pela fé, eles não se submeteram ao mundo e tiveram vitória.

Salomão era bondoso e cheio de grandeza para com o povo. Salomão mostra o que Deus pode fazer  através da oração.

Em sua oração, Salomão mostrou que o Senhor é o único Deus e os demais deuses são falsos. Salomão, quando em sonho Deus lhe perguntou o que queria, respondeu: sabedoria.

Que nós crentes sejamos como Salomão pedindo sabedoria, crendo e adorando ao Senhor Deus, o verdadeiro e o único, a quem devemos exaltar e glorificar. Que sigamos o exemplo de Salomão.

Hoje intercedemos por aqueles que precisam: os necessitados


Lição 2º - A Oração no Antigo Testamento

O comentarista dessa segunda lição é o nosso irmão Carlos. 


P.S. Quer ver os outros comentários do irmão Carlos para esse blog? Acesse:



http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/09/licao-11-o-dom-ministerial-e-dom-de.html [O Dom Ministerial e o Dom de Profecia]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/08/licao-7-os-falsos-profetas.html[Os Falsos Profetas]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/06/licao-12-opcao-pelo-povo-de-deus.html [A Opção pelo Povo de Deus]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/05/licao-5-o-poder-da-intercessao.html [O poder da Intercessão]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/02/6-licao-o-ministerio-da-reconciliacao.html [O Ministério da Reconciliação]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/03/licao-11-caracteristicas-de-um.html [Características de um Autêntico Líder]







Escrito por Carlos Antonio de Souza, professor da classe dos jovens




A Oração no Antigo Testamento


Introdução: O Antigo Testamento foi a Bíblia usada por Jesus e também pelos seus apóstolos, nela encontramos o exemplo de grandes homens e mulheres de Deus que demonstraram profunda intimidade e comunhão com Deus através da oração. No Pentateuco (nome dado aos cinco primeiros livros da bíblia), vemos o registro de homens piedosos como Sete, Enoque, Abraão, Moisés, Noé, e outros que não abriram mão de uma vida íntima com Deus através da oração. Em um desses momentos após Moisés ter passado quarenta dias e quarenta noites no monte Sinai em adoração e oração a Deus, ele é avisado estando ainda no monte por Deus acerca de todo pecado e transgressão de Israel lá embaixo.


“Então, disse o senhor a Moisés: vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, e depressa se tem desviado do caminho que eu lhes tinha ordenado; fizeram para se um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e sacrificaram-lhe, e disseram: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.” (Êxodo 32.7-8).


É neste contexto que surge uma das orações “intercessórias” mais notáveis da bíblia no Antigo Testamento, devemos levar em consideração que o pecado descrito acima era grave e Deus resolve destruir, de um só golpe, toda aquela numerosa nação (Êxodo 32.10). E Deus se propõe a começar tudo de novo, para formar uma grande nação a partir de Moisés.


Diante do abominável pecado do povo, começa a intercessão de Moisés. Ele derrama o seu coração em favor daquela nação obstinada. Ser patriarca de uma grande nação seria um privilégio inestimável. Mas Moisés não o queria às custas do sacrifício daquela multidão. É o que vamos acompanhar em Êxodo 31.11-13:


a) Moisés suplica. Não apenas uma oração, mas uma ardente petição;
b) Moisés pede a Deus que abrande sua ira;
c) Moisés lembra que o Senhor, com mão forte, Ele tirou aquele povo da escravidão egípcia. Foi um milagre assombroso. E que não passou de um começo. Como Deus iria interromper esse curso de milagres e vitórias?


Moisés, à semelhança do que fez Abraão, no caso de Sodoma e Gomorra (Gênesis. 18.23-33), argumenta com Deus (Êxodo 32.12). Pede que se lembre do seu grande nome, do seu grande poder. E que diriam os povos ao redor de Israel? “Naturalmente,o Senhor não pôde levar avante a obra que começou com o seu povo, por isso o destruiu”. E, no v.13, Moisés vai fundo na fidelidade de Deus e pede que ele se lembre das promessas feitas a Abraão, a Isaque e a Jacó, de dar Canaã a Israel e multiplicar o povo escolhido.


Moisés reúne suas forças espirituais e derrama o seu coração diante do Senhor, em favor de um povo rebelde, mas escolhido para abençoar as nações da terra. É por este motivo que Davi no período da monarquia nos admoesta no lindo livro poético dos salmos “Orai pela paz de Jerusalém! prosperarão aqueles que te amam”(Salmos 122.6). Moisés vai longe na sua intercessão e ora a Deus como quem fala com Deus face a face e diz “ Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste” (Êxodo 32.32). E a oração de Moisés foi atendida:


a) Deus envia Moisés de volta para conduzir o povo;
b) Deus promete enviar o seu Anjo para guiar, guardar e defender o povo no perigoso deserto;
c) finalmente, Deus promete castigar o povo, no tempo certo (Êxodo 32.34). 


O castigo sobre os rebeldes aconteceu. Mas o povo todo não foi destruído.


No período profético dois homens se destacaram como homens de fé, coragem e zelo pela obra de Deus, são eles Elias e Eliseu, ambos combateram a idolatria em Israel e desafiaram os profetas de Baal, Elias em especial desafiou no monte Carmelo os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e protagonizou uma das orações mais destemidas e fervorosas desse período; tendo é claro, como resposta o fogo consumidor de Deus sobre o holocausto e mais uma vez o nome do Senhor foi glorificado! (I Reis 18.36-39).  

O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus - Lição 1ª - O que é Oração [?]

Para essa primeira lição tivemos a honra de contar com o comentário do nosso vice-dirigente, o irmão Aguinaldo Barbosa. Espero que todos vocês possam ser abençoados com o comentário dele. Bom trimestre.


P.S.: Aguinaldo já postou outras vezes nesse blog. Veja:



http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/05/licao-6-soberania-e-autoridade-de-deus.html (A Soberania e a autoridade de Deus)


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/02/8-licao-exortacao-santificacao.html (Exortação à santificação)



Escrito por Aguinaldo Barbosa, vice-dirigente da Escola Dominical em Pereira Carneiro 1
 
 
A graça e a paz do Senhor Jesus Cristo seja com todos. Alegrei-me muito no espírito em poder compartilhar com os queridos irmãos em Cristo essa série de lições equivalentes ao 4º trimestre no qual vamos estudar, aprender e nos aprofundar nesse tema que é de essencial importância na vida do crente fiel.



ORAÇÃO


Oração: Definição do latim orationem ou um meio pelo qual o homem expressa suas necessidades, alegrias, súplicas e lamentações a Deus (Juízes 6.13; Lucas 2.28,29; Gêneses 28.28,21 e João 11.21) em qualquer que seja a circunstância que o crente esteja passando a oração com súplicas a Deus surte seus efeitos desde que seja sincera e verdadeira.



A quem devemos orar e quando orar?

Desde que descobrimos o mundo como pessoas, sempre nos apegamos a alguma coisa, por isso, somos apegados com nossos pais, irmãos, parentes e amigos para nos valer nas situações adversas da vida (II Crônicas 15.4; Neemias 1.9). Com isso entendemos que devemos orar somente a Deus (Salmos 121.1,2) porque só Ele é nosso socorro.



Orando em todo tempo, quando tudo parece estar bem.

O ato de orar deve estar presente no dia-a-dia do salvo, pois ele deve estar prepreparados para enfrentar as circunstâncias da vida do salvo (Colossenses 4.2)



... na angustia e adversidade.

Neste mundo devemos ser sóbrios, pois o fato de aceitarmos a Jesus não nos impede de passarmos por lutas e tribulações, pois enquanto estivermos no mundo estamos sujeitos as aflições da vida cotidiana (Isaías 32.17; João 17.14), pois os próprios discípulos bem sabiam dessa realidade (Atos 5.41).



Como devemos orar?

Desde que o homem foi criado por Deus lá no Édem, Deus sempre se preocupou em se comunicar com as sua criaturas (Gênesis 3.8,9; 6.13; 9.1). Após a queda do homem Deus de certa forma se afastou do homem, mas não o abandonou. No Velho Testamento vemos muitos personagens orarem a Deus de uma maneira diferente (Gênesis 28.20,21; II Samuel 15.8).

Para que sejamos ouvidos e termos respostas as nossas orações devemos orar com fé, confiança, objetivo, reverência e perseverança crendo que Deus nos dará resposta quando clamamos com fé e reverencia Ele se agrada (II Samuel 7.3)



Fé e humildade

Dois atos que movem a vontade de deus porque a fé um firme fundamento (Hebreus 1.1). Assim como a humildade faz mover o braço de Deus (II Crônicas 7.14). Nisso vemos que as duas ações andam juntas e nisto somos beneficiados (Efésios 1.15-17; I Timóteo 2.8). Podemos perceber que quando o homem se humilha ele consegue confessar todo seu pecado e culpa diante de Deus (I Pedro 2.5)



Onde e quando orar?

Devemos ter em nosso lar um lugar separado e especifico para orar a Deus com fervor e devoção (II Reis 4.33) e nisso o homem é privilegiado (Provérbios 12.2). Quando tivermos no templo para orar devemos mostrar que somos sóbrios e sábios diante de Deus para que Ele nos justifique (Lucas 18.13), é preciso saber que o templo no qual nos reunirmos foi edificado para oração e adoração a Deus e não casa de comércio e negócios que ema nada nos edifica (Lucas19. 46).


CONCLUSÃO

Antes de contarmos ou pregarmos devemos orar, pois este é um elo que liga o céu à Terra (Mateus 16.18,19). Com oração há libertação (Atos 12.5-9), na oração há milagre (atos 11.41-43), por isso, devemos sempre orar sem esquecer de vigiar para não entrarmos em tentação.


Sobre a escolha do tema: O Poder e o Ministério da Oração, o relacionamento do cristão com Deus.



Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer (Lucas 18.1)

Talvez algumas das expressões mais utilizadas desses últimos 15 anos tenham sido comunicação e interatividade. Nesse sentido a lição atual avança ao tratar da comunicação e interatividade em relação ao homem e Deus e de certa forma complementa o tema da revista passada. Deus não somente deseja conversar conosco, mas se interessa em nos ouvir. Assim aquele que se mantem lendo a Bíblia e orando constantemente, muito provavelmente possui uma comunicação melhor com Deus do que ele que só faz uma dessas coisas ou nenhuma.



A Bíblia sempre deu muito valor à oração (veja cinco textos marcantes):


1.      (...) se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (II Crônicas 7.14)

2.      Quando o teu povo de Israel, por ter pecado contra ti, for ferido diante do inimigo, e se converter a ti, e confessar o teu nome, e orar, e suplicar a ti, nesta casa, ouve tu nos céus, e perdoa o pecado do teu povo de Israel, e faze-o voltar à terra que deste a seus pais. (II Reis 8.33-34)

3.      (...) regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes (Romanos 12.12)

4.      (...) Está escrito: A minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores. (Lucas 19.46)

5.      E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tiago 5.15)

O próprio Cristo orava sem cessar (oito exemplos):

1.      E, tendo-os despedido, subiu ao monte para orar. (Marcos 6.46)

2.      Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. (Mateus 26.44)

3.      E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. (Lucas 22.44)

4.      De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar (...) (Lucas 11.1).

5.      Cerca de oito dias depois de proferidas estas palavras, tomando consigo a Pedro, João e Tiago, subiu ao monte com o propósito de orar. (Lucas 9.28)

6.      Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava. (Lucas 5.16)

7.      E aconteceu que, ao ser todo o povo batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu (...) (Lucas 3.21).

8.      Estando ele orando à parte, achavam-se presentes os discípulos, a quem perguntou: Quem dizem as multidões que sou eu? (Lucas 9.18)


Ninguém em toda Bíblia se diz que orou tantas vezes quanto Jesus. E porque ele orou se ele era o próprio Deus, isto é, uma pessoa distinta em relação ao Pai, mas possuidor da mesma substância (essência) divina, como gostam de falar os teólogos? Pelo mesmo motivo que Cristo se batizou no batismo de João (Mateus 3.14-15): para nos dar exemplo de que toda justiça de Deus deve ser cumprida.

Por essas razões as Lições Bíblicas acertaram mais uma vez no tema, até porque em mais de 40 anos esse tema importantíssimo nunca foi estufado especificamente. E quando mais próximos estamos do dia de encontrarmos a Cristo, muito mais devemos no focar na leitura e estudo das Sagradas Escrituras, da oração e do serviço à fé cristã e a obra de Deus.

E resta-nos aceitar o convite divino: aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé (...) (Hebreus 10.22)




Lista dos comentaristas das Lições Bíblicas do 4º Trimestre

PROGRAMAÇÃO PARA OS COMENTÁRIOS DA REVISTA “O PODER E O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO”



Lição 1 – O que é Oração – Aguinaldo
Lição 2 – A Oração no Antigo Testamento - Carlos
Lição 3 – A Oração sábia – Irª Zefinha
Lição 4 – A Oração em o Novo Testamento – Ezeqeuiel
Lição 5 – Orando como Jesus ensinou – Flávio José
Lição 6 – A Importância da Oração na Vida do Crente - Carlos
Lição 7 – A Oração na Igreja e vontade do Espírito Santo - Gilvan
Lição 8 – A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo – Ezequiel
Lição 9 – A Oração e a Vontade de Deus – Flávio José
Lição 10 – O ministério da Intercessão – Aguinaldo
Lição 11 – A Oração que conduz ao Perdão – Irª Zefinha
Lição 12 – Quando o crente não ora – Manassés Almeida
Lição 13 – Se o Meu Povo Orar – Flávio José