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Lição 10ª – O ministério da Intercessão

Novamente temos a honra e a alegria de contar com o comentário do nosso vice-dirigente, o irmão Aguinaldo Barbosa. No entanto, não é a primeira vez que ele comenta no blog
 Aguinaldo já postou outras vezes nesse blog. Veja:






http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/05/licao-6-soberania-e-autoridade-de-deus.html (A Soberania e a autoridade de Deus)


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/02/8-licao-exortacao-santificacao.html (Exortação à santificação)


Escrito por Aguinaldo Barbosa, vice-dirigente da Escola Dominical em Pereira Carneiro 1

Congratulações! Paz do Senhor para todos. Venho mais uma vez trazer meu simples comentário para as Lições Bíblicas da Escola Dominical, dessa vez a lição de número 10, intitulada:

O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO

 A intercessão é ato ou efeito de se interceder em favor de outrem (Isaías 59.16). A intercessão  é um dos sinais que mostra  que aquela pessoa que outrora não se preocupava com o bem estar dos outros agora sente o dever, a necessidade, de sentir e compartilhar dos problemas e anseios do seu próximo independentemente do grau de amizade e/ou parentesco.

Abraão intercedeu por toda cidade de Sodoma e Gomorra tendo lá um único parente. "E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio? Se, porventura, houver cinqüenta justos na cidade, destruí-los-ás também e não pouparás o lugar por causa dos cinqüenta justos que estão dentro dela?” (Gênesis 18. 23,24).

Para poder interceder a favor de alguém para Deus é preciso andar na presença de Deus (Gênesis 17.1; Romanos 8.3,4). Mesmo com as autoridades constituídas no poder, podemos estar prontos  a interceder pela nossa família, pela nossa cidades, estado ou mesmo nosso país (Ester 4.15-17). Foi assim com Ester quando precisou interceder pelos judeus e também por ela mesma (Ester 15.14).

Nunca devemos pensar só em nós mesmos, temos de orar pelos nossos amigos (Jó 42.10), pois eles fazem parte de nossa vida (Provérbios 18.24). O próprio Jesus, contrário a muitos Judeus, escribas, fariseus e saduceus ensinava que todos deviam amar seus inimigos (Mateus 5.44; Lucas 6.27), mas esse amor não pode ser fingido, tem que haver sinceridade, por isso temos que interceder por nossos inimigos, ainda que pra isso haja a intervenção do Espírito Santo em nossa vida (Isaías 53.12).

Pode-se perguntar onde iremos buscar forças para isso. Na Bíblia Sagrada, no exemplo da obediência de Jesus Cristo, o qual foi cuspido, chicoteado, zombado e crucificado (Lucas 23.34). Quando vemos este exemplo de Jesus fazemos uma reflexão em nossa alma para sabemos se Cristo verdadeiramente estar no comando da nossa vida ou simplesmente estamos vivendo uma vida social tranqüila no meio do povo de Deus, pois nossos gestos, ações e motivações são notadas pelo mundo.

Mesmo quando estamos passando por momentos de aflições e tribulação e não conseguimos nem expressar nossos sofrimentos e angústia, o Espírito Santo, o Consolador, intercede por nós a Deus traduzindo cada lágrima em palavras de súplicas e ansiedade perante Deus (João 16.7; Romanos 8.26).

Jesus é sacerdote eterno que intercede por nós diante de Deus, por nossas falhas, culpa e pecados, quando o Espírito nos convence do pecado (João 16.8). Quando  somos convencidos do pecado e aceitamos a Jesus e nos entregamos de corpo e alma na aprendizagem da palavra de Deus e fazemos propósito em seguir os caminhos de Cristo, na fé no amor na caridade, nas ações. Também aprendemos a rogar a pedir e interceder (Hb 7.23-25).
Que possamos investir nisto: no ato de se alegrar com os alegres e chorar com os que choram (Romanos 12.15), compartilhar das aflições dos outros, precisamos ter uma palavra de animo de consolo da parte de Deus (Atos 16.34). Assim espero em Cristo que encarecidamente interceda a Deus por mim [por nós], Amém!

Lição 9ª - A Oração e a Vontade de Deus

O comentarista dessa quinta lição é o nosso irmão Flávio.

Por coincidência, essa também é a nona vez que o irmão Flávio comenta uma lição nesse blog. Quer ver os outros oito comentários? Então acesse:


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/10/licao-5-orando-como-jesus-ensinou.html [Orando Como Jesus Ensinou]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/09/licao-13-missao-profetica-da-igreja.html [A Missão Profética da Igreja"]



http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/08/licao-9-jesus-o-cumprimento-profetico.html ["O Cumprimento Profético do Antigo Pacto"]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/07/licao-5-autenticidade-da-profecia.html ["A Autencidade da Profecia]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/06/licao-10-o-valor-da-temperanca.html ["O valor da Temperança"]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/03/licao-10-defesa-da-autoridade.html ["A Defesa da Autoridade Apostólica de Paulo"]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/01/4-licao-gloria-das-duas-aliancas.html ["A Glória das Duas Alianças"]



http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/04/2-licao-os-perigos-do-desvio-espiritual.html ["Os perigos do desvio espiritual"]





Escrito por Flávio José Pereira, professor da classe dos senhores



INTRODUÇÃO



Ter vida intima com Deus me parece que não é para todos. Muitos estão quebrando a cara por não conhecer a vontade de Deus em suas vidas. Sabemos a vontade de Deus na vida da igreja, a palavra de Deus mostra o futuro dela, mas em particular a minha vida, o que Deus quer de mim, vemos nas Escrituras que Jeremias estava sendo preparado para o sacerdócio, porém Deus o chamou para profeta, agora vou fazer uma pergunta: O que Deus quer de você que não está escrito na Bíblia?



Para pedirmos algo a Deus precisamos conhecê-lo:


Deus, Ele é um Deus pessoal, tem sentimentos e quer se relacionar conosco, então devemos conhecê-lo como ele é. Em Oséias 6.3 fala que devemos prosseguir em conhecer o Senhor. E isto nos levará a adorá-lo como o Deus pessoal que estendeu uma “ponte” sobre o abismo que separava a sua essência infinita e ilimitada, da nossa, finita e limitada.


“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, cujo nome é Santo: Em um alto e Santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57.15).

 
E o que Ele pede é que possamos guardar os seus mandamentos e seus preceitos, desta forma estaremos em contato com o Rei da Gloria mantendo um relacionamento mais íntimo. Você só pede algo muito importante a alguém se conhecê-lo intimamente, além disso, um crente fiel que busca agradar ao Senhor através de uma vida santa e dedicada ao seu Reino, naturalmente desfrutará da vontade de Deus, pois é impossível que alguém possa ser tão íntimo dEle e estar fora da sua vontade.



Passamos a conhecê-lo, o que podemos pedir e como pedir?


Passamos a conhecer o Senhor agora vamos ver como devemos pedir.


A palavra diz que não sabemos pedir como convém “e da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; por que não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26). O problema de algumas pessoas são as orações egoístas, só pensam em si mesmo e esquecem que nós devemos orar pelos nossos irmãos em todas as situações: os enfermos, os desempregados, os perseguidos, os angustiados e aqueles que estão nas redes de Satanás, nas drogas, prostituição, na violência, nos hospitais psiquiátricos.


Não podemos esquecer-nos do próximo, para cumprimos a lei do Senhor. Diz o apóstolo em Romanos 13.8: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei”.


Outros estão mais preocupados por posição sociais, com interesse em honras, dinheiro, fama, em uma posição social elevada. Nisso satisfazem os seus desejos pecaminosos. “E todo aquele que luta de tudo abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível” (I Coríntios 9.25).


E os hipócritas que mostram a aparência de piedade.


Vemos três tipos de pessoas que em suas orações esperam ter retorno de Deus, não sabem, porém, que Deus repugna tais atitudes, estas pessoas tem que mudar de atitude ou talvez nascer de novo para que Deus atenda suas orações. Muitas delas deixam a igreja por orações que não foram atendidas, dizem: “Deus não me ouve”. Em vez de se auto-avaliar, e não percebem que estão agindo errado. Com certeza o erro não é de Deus. Deus não erra, Ele é perfeito. Com o coração sincero, reconhecendo o Deus criador de todas as coisas, com certeza Ele nos ouvirar, como ouviu o povo no Egito, e outros personagens da Bíblia.



Deus atende as orações


Muitos homens de Deus suplicaram a sua atenção. Davi quando estava sendo perseguido pelo próprio filho Absalão (II Samuel 15.13) suplicou a Deus em oração pelo seu perdão e teve a resposta de Deus e o perdão (Salmos 51.1-4).


A oração que podemos dizer, foi a única oração sabia anunciada na Bíblia, foi do rei Salomão que pediu pelo seu povo e não para si mesmo e com isso teve de Deus a resposta (I Reis 4.29).


A oração de glorificação a Deus fez o profeta Elias, que glorificou a Deus diante de seu povo, e mostrando as nações o poder do Deus de Israel destruído os profetas de Baal, o desejo de Elias era que o nome do Senhor fosse reconhecido e aclamado. Se o povo de Deus andar em seus caminhos, com certeza Ele atenderá as suas orações, está escrito:


“Eis que eu envio um anjo di ante de ti, para que te guarde neste caminho e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o provoques à ira; porque não perdoará a vossa rebelião; porque o meu nome está nele. Mas, se diligentemente ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, então, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários” (Êxodo 23.20-22).

 

Se tudo for feito com sinceridade de um coração contrito com o Deus vivo, Ele não nos desamparará: “E servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades. Não haverá alguma que aborte, nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei” (Êxodo 23.25-26). Então, vale apena suplicar a este Deus tremendo.



Conclusão


O segredo para uma oração eficaz esta nas tuas mãos. Você pode manter uma vida de santidade diante de Deus. Você pode consagrar a sua vida a Ele. Você pode ser sincero com Deus e cultivar um relacionamento íntimo e sincero com o Senhor. Pois bem, você terá as suas orações respondidas se os teus pedidos estiverem no coração de Deus “E esta é a confiança que temos nele; que, se pedimos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançaremos as petições que fizemos” (João 5.14-15). Então estais esperando o quê crente? Pedi.

Lição 8ª - A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo - PARTE 3

Atenção essa é a terceira parte do comentário da oitava lição. As duas primeiras partes estão em baixo.

III.                   Jesus ora por todos os crentes

Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo (João 17.20-24)

Talvez o mais tocante de toda essa oração é a preocupação que Cristo tem conosco aqui e agora. Que o próprio e o glorioso Deus, cuja majestade nem como expressar verbalmente de magnífica, sim esse mesmo Deus Todo Poderoso escuta a oração de um simples mortal e não somente faz isso, como intercede por nós e intercede por nós porque nos ama.

 
Como D.A. Carson [foto ao lado] (PIPER, Jonh e TAYLOR, Justin (orgs.). A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-moderno. RJ: CPAD, 2007)  diz, Deus amar Jesus e Jesus amar a Deus é perfeitamente concebível, visto que os dois são perfeitos, no entanto, João nos fala que Deus intercedeu por todos os quanto um dia estarão reunidos com Cristo, mesmo quanto ainda não éramos de Cristo.


O quanto é impactante aquilo que dizemos em nossas pregações sem mesmo entendermos o significado profundo das palavras:


Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5.6-8)


Jesus ora pela unidade, contudo não a unidade organizacional de uma comunidade cristã em determinado local, é claro que isso bom e agradável, mas Jesus deseja nessa  oração a união espiritual dos cristãos com Deus.


Aí é retomado o Sermão da Ultima Ceia, devemos nos observar como um ramo e Deus a videira e essa união é fundamental, não adianta freqüentarmos a congregação todos os dias e sermos um manual teológico ambulante, se não tivermos uma união perfeita com Deus não estaremos a salvo, enganaríamos a nós mesmo.


Essa preocupação de Jesus deve ser a nossa também, sob o risco de se não estivermos nEle e Ele em nós acontecer aquilo que diz o Evangelho:


Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam (João 15.6).


Todavia,


Se permanecerdes em mim [disse Cristo], e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor (João 15.7-9).

Lição 8ª - A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo - PARTE 2

II.                   Jesus ora pelos seus discípulos


“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17.17)


Aqui propriamente, quando Jesus cita os seus discípulos, nos é apresentado, como fala o Dr. Lawrence Richards (Op. Cit.), três conceitos teológicos importantes: – esse livro (o evangelho) de João, parece mais um tratado teológico do que um livro bibliográfico – “verdade”, “santificação” e “palavra”.


A igreja é estabelecida no fundamento da revelação de Deus que é Cristo. Jesus é a verdade que liberta e isso não é simplesmente uma assertiva dogmática, é a realidade mais límpida que existe, fora de Jesus Cristo não há a salvação, nem a Vida Eterna. E somente essa verdade produz genuína santificação.


E santificação nesse texto significa consagrar, Cristo não queria tirar os discípulos do mundo, mas protegê-los dele. Mesmo Jesus concedendo a salvação a todos, o mundo caminha em uma direção contrária aos propósitos divinos e esse caminho é sem volta, pois o sistema mundano resiste a vontade santa de Deus, vivendo como se não houvesse nada além deles mesmos nesse planeta, dessa forma Jesus disse: não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus (João 17.9). Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. (I João 4.4)


Por estarmos com Cristo o mundo não nos tolera, porque não compartilhamos das obras infrutíferas da carne, e a nossa própria vida testemunha contra as atitudes incorretas e vazias que as outras pessoas praticam. Mais furioso fica ainda o diabo ao ver que estamos chegando cada vez mais ao Reino de Deus, lugar onde ele nunca estará, pois já se encontra condenado. Agora isso porque estamos resguardados na Palavra divina. Do contrário, estamos perdidos.


Por essa razão Jesus Cristo também se santificou, ou seja, doou a sua vida a Deus. Jesus não precisava se libertar do pecado, ele se entregou a Deus por amor de nós, para que:


(...) ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito (...) (I Pedro 3.14-18).
 
Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. (II Coríntios 5.14).
 

Lição 8ª - A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo - PARTE 1

A Oração Sacerdotal de Cristo


Jesus está prestes a morrer. O evangelista João relata-nos o último sermão de Cristo aos seus discípulos, o Sermão da Última Ceia, narrado do capítulo 13 ao 16 (de João). Eis que de maneira quase instantânea, João interrompe a descrição do sermão e expõe aquela que será a maior oração do Novo Testamento. Um relato importante sobre os anseios íntimos de Cristo em relação a Ele mesmo e todos os seus filhos. É a respeito dessa oração que traçarei agora um breve comentário.


Para fins didáticos me utilizarei da organização da Bíblia Nova Versão Internacional (NVI), organização essa também advogada pelas Lições Bíblicas (IV Trimestre, 2010, versão “Mestre”, p.56), a saber: I. Jesus ora por si mesmo (João 17.1-5); II. Jesus ora por seus discípulos (João 17.6-19); Jesus ora por todos os crentes (João 17.20-26).



I.                   Jesus ora por si mesmo


Alguns termos e expressões são muito comuns nos livros escritos por João. A oração de Cristo começa dizendo:


Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti (...) (João 17.1).


A palavra Pai, que também inicia a oração do “Pai Nosso” em Mateus, é repetida em João 122 vezes (Bíblia de Estudo NVI, Editora Vida, p. 1827).


Jesus sabia exatamente que a hora era chegada. A inveja das autoridades judaicas e o ódio que o mundo tinha dele, fariam com que levassem Cristo ao madeiro. Porém a realidade total, a verdade pura, não era essa.


Pedro após a cura de um paralítico, em Atos diz:  


E agora, irmãos, eu sei que o que fizeste por ignorância, como também as vossas autoridades; mas Deus assim cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas (...) (Atos 3.17-18, negrito não presente no original).

Jesus também disse:


Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai. (João 17-18, negrito não presente no original).


Jesus não seria assassinado, mas se deixaria morrer, mesmo que essa morte lhe causasse muito sofrimento, por que Ele tinha um propósito. E esse propósito pode ser resumido em dois termos também muito usados por João: glorificação e amor.


Glorificar aqui não pode ser entendido no uso do termo pelos gregos contemporâneos do NT, os gregos usavam o termo doxa para descrever a opinião das pessoas sobre um determinado indivíduo, com base em atos ou realizações dele, isto é, a fama. Mas assim como Paulo faz, João estabelece relação entre a glória de Cristo com a glória da revelação do AT, então o termo glória está mais próximo do hebraico kabod. (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008. p.241)


Embora, a Bíblia NVI intitule essa primeira parte com Jesus ora por si mesmo, na verdade Cristo estava orando pela glorificação sua e do Pai.  A cruz era o sinônimo da ignomínia, não havia doxa na crucificação, mas Jesus veio ao mundo para revelar kabod da divindade, o shekiná (a presença da misericordiosa da glória de Deus). A glória do Tabernáculo se repete: a presença de Deus e o sacrifício salvífico.


A glória de Deus não é algo mundano, não advém do orgulho ou da prepotência, mas é humilde e puro. A cruz não é um espetáculo vazio, é antes uma demonstração de como o poder de Deus foi usado para a salvação. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16, negrito não presente no original),


A glória de Deus foi revelada cabalmente na vida de Cristo e no seu sacrifício, por essa razão a cruz para Cristo foi a glorificação perfeita de Deus e dele próprio, pois revelou a essência de Deus. Deus é amor (I João 4.8). E essa glória provém não somente do fato do sacrifício de Jesus, mas do resultado causado por esse sacrifício de Deus. Nessa hora nos calamos e cedemos às palavras divinamente inspiradas de Paulo:

Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.
Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8.31-39)

Lição 7ª - A Oração na Vida da Igreja Antiga

Nessa oportunidade estaremos novamente tendo a honra de receber um comentário à 8ª lição do dirigente da Escola Dominical de Pereira Carneiro 1, o nosso irmão e diácono Gilvan Gomes:


P.S.: O irmão Gilvan já comentou lição em nosso blog anteriormente, veja:





Escrito por Gilvan Gomes, dirigente da Escola Dominical em Pereira Carneiro 1 




Introdução:

Aquela não seria simplesmente mais uma festa das colheitas ou pentecostes, pois havia um grupo  de pessoas regando esta festa com muita oração e suplicas obedecendo a ordem do seu Senhor (Atos 1.4). E teve como protagonista deste grande acontecimento a pessoa do Espírito Santo.


I- Como e quando se originou a Igreja?

    O povo de Deus nunca deixará de avançar para alcançar seus objetivos, mesmo diante de intensas perseguições como a do século I da nossa era. Pois foi desta forma que surgiu a Igreja de Cristo no dia de Pentecostes (Atos 2.12).

    Podemos então perceber que, do ponto de vista visível, a  igreja surgiu no dia de Pentecostes. Porém em uma visão espiritual ela surgiu no eterno passado no coração de Deus.


II-    O trabalho do Espírito Santo e o crescimento da Igreja

Se quisermos conhecer o modelo de uma verdadeira igreja cristã, é só olharmos para a igreja que teve inicio no dia de Pentecostes; pois o seu fundamento estava edificado sobre a rocha (Mateus 16.18) e essa rocha é cristo, que Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, tratou logo de declarar a todos os presentes, que ao ouvir o barulho das línguas repartidas, julgaram que os discípulos estavam embriagados; porém, foi naquele momento que foi registrado um dos maiores sermões do Novo Testamento, do qual resultou na conversão de aproximadamente três mil almas rendidas aos pés de cristo (Atos 2.41).

Este sim, é modelo de igreja que devemos tomar como exemplo para os nossos dias.    

                                                                                                                               
 CONCLUSÃO:

Não importa se vivemos no século XXI ou qualquer que seja o período, se vivermos uma vida de comunhão com Deus e com os irmãos servidos de oração e caridade, o Senhor Jesus que não nos deixou órfãos (João 14.16-17) estará sempre atento às nossas orações e confirmando o trabalho da igreja na Terra pela presença do espírito santo (Mateus 28.20; Marcos 16.17-18).


Lição 6ª - A Importância da oração na vida do crente

O comentarista desta sexta lição é novamente o nosso irmão Carlos.


P.S. Quer ver os outros comentários do irmão Carlos para esse blog? Acesse:


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/10/o-comentarista-dessa-segunda-licao-e-o.html [A Oração no Antigo Testamento]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/09/licao-11-o-dom-ministerial-e-dom-de.html [O Dom Ministerial e o Dom de Profecia]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/08/licao-7-os-falsos-profetas.html[Os Falsos Profetas]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/06/licao-12-opcao-pelo-povo-de-deus.html [A Opção pelo Povo de Deus]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/05/licao-5-o-poder-da-intercessao.html [O poder da Intercessão]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/02/6-licao-o-ministerio-da-reconciliacao.html [O Ministério da Reconciliação]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/03/licao-11-caracteristicas-de-um.html [Características de um Autêntico Líder]




Escrito por Carlos Antonio de Souza, professor da classe dos jovens



Introdução:



Todo cristão verdadeiramente nascido de novo, deve buscar para sua nova vida um crescimento espiritual.


Salomão diz em Provérbios que “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Provérbios 4.18). Isto indica crescimento, avanço, prosperidade, e até mesmo aperfeiçoamento na nossa nova jornada em direção aos céus.



Como novas criaturas, não podemos deixar de reconhecer o valor e a importância das coisas espirituais em nossa vida, pois a busca por estas coisas caracterizam e evidenciam uma nova vida com Cristo; vejamos o que Paulo diz aos colossenses: “Portanto, se já ressuscitastes com cristo, buscai as coisas que são de cima, onde cristo está assentado à destra de Deus” (Colossenses.3.1).


Para se obter as coisas do alto, é preciso ter uma vida de estreita comunhão com Deus, e um dos meios mais usados pelos servos de Deus na Bíblia, para se obter esta comunhão é através da oração. O próprio Deus diz por intermédio do profeta Jeremias: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29.13).

Como é maravilhoso contemplar uma tão grande promessa da parte de Deus para nós, todavia, aprendemos uma coisa nesta passagem bíblica: nós não podemos chegar diante de Deus de toda maneira, mas nós devemos chegar diante de Deus com toda reverência, porque somente ele é digno de toda glória, de toda honra e de todo poder! (Apocalipse 4.11).


Devemos também chegar diante dele com honestidade porque ele “sabe todas as coisas (Mateus 6.8), e não podemos deixar de nos aproximar diante de Deus com confiança (Hebreus 4.16). Sobretudo devemos buscá-lo e amá-lo de “todo o nosso coração, e de toda a nossa alma, e de todo o nosso entendimento, e de toda as nossas forças” (Marcos 12:30).


Por causa das nossas fraquezas e debilidades, somos tentados muitas vezes a abandonar a oportunidade real de comunicação com Deus através da oração, porém não estamos sozinhos nesta luta, contamos com a ajuda e intercessão do próprio Cristo ressurreto, (Romanos 834); e também com a ajuda consoladora do Espírito Santo, que intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Nós nunca estamos sozinhos nos dias de angústias e de dor, mas sempre contamos com a ajuda e presença do Espírito Santo, que habita dentro de nós, e nos ajuda em nossas fraquezas nos guiando sempre pelo caminho de paz. Muitas podem ser as aflições dos justos, momentos em que podem até mesmo nos faltar as palavras para nos dirigir à Deus em oração, mas saibamos que quantas vezes for necessário, Ele estará sempre conosco traduzindo diante de Deus todos os nossos desejos, anseios, frustrações e todas as nossas dificuldades, que estamos sujeitos neste mundo.


Por tudo isto Jesus, antes de ascender aos céus, demonstrou com a sua própria vida, o valor e a importância que tem a oração, tendo ele mesmo dado o maior exemplo de uma vida íntima e de comunhão com Deus através da oração. Ele nos deixou o exemplo de uma das orações mais recitadas até hoje por todos os cristãos; a oração do “Pai Nosso” (Mateus 6.9), embora não devamos orar de uma forma mecânica, devemos observar que, através desta oração, Jesus nos ensinou a adorar, a agradecer, a pedir, a interceder e a confessarmos os nossos pecados, portanto uma oração modelo.

Que Deus nos ajude, e nos faça viver na prática, o que estamos estudando durante este trimestre, e que possamos compartilhar das mesmas aspirações e desejos dos salmistas “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Salmos42:2)