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Lição 9ª - A Conversão de Paulo

Mais uma vez temos a enorme satisfação de contar com um comentário do nosso irmão Carlos. Espero que o seu comentário seja instrumento de bençãos nas nossas vidas.



Escrito por Carlos Antonio de Souza, professor da classe dos jovens 



Introdução:



A vida do apóstolo Paulo é um grande exemplo do poder de Deus e da sua soberania. Na nossa visão humana e terrena seria impossível a salvação e conversão de um homem cujo propósito foi durante muito tempo a destruição e perseguição da igreja do Senhor, porém o mesmo Jesus que apareceu a Saulo no caminho de Damasco nos abre os olhos espirituais para ver que “As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus (Lucas 18:27)".


Saulo nasceu em Tarso, capital da Cilícia, parte oriental da Ásia Menor, residência do governo da província, que notabilizou-se pelas suas escolas superiores as quais rivalizavam com as de Atenas e Alexandria. Seu nome judaico era Saulo, e daí porque nasceu em Tarso e de uma família judaica da dispersão, era conhecido como Saulo de Tarso.



A formação cultural de Paulo: Tinha uma filosofia de vida pessoal que o tornava maior que os filósofos de sua época (Atos 17.18 e vs). Foi instruído aos pés de um dos maiores mestres de sua época: Gamaliel (Atos 22.3), Saulo pertencia ao partido religioso mais conceituado do judaísmo: os fariseus (Filipenses 3.5).


Não obstante toda a sua formação cultural a sua conversão foi um verdadeiro milagre, foi uma transformação grandiosa e maravilhosa (!!!), uma mudança tão radical, que ele passou de principal dos pecadores (I Timóteo 1.15), ao maior expoente do cristianismo depois de Cristo.


O encontro com Jesus mudou completamente a sua maneira de pensar e de agir, a partir dali ele não seria mais perseguidor da Igreja mais passaria a ser perseguido por amor ao evangelho. Era difícil até mesmo para os discípulos acreditar na sua conversão (Atos 9.21), mas ela foi real.


Uma definição mais simples do que é conversão é: abandonar o pecado e aproximar-se de Deus, e foi isto o que Paulo fez (Atos 3.19). A partir dali sua vida foi dedicada totalmente a Deus: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2.20)”.


Na sua carta aos romanos vemos que a sua vocação não foi humana e sim divina (Romanos 1.1), vemos quando o próprio Cristo revela a sua vontade na vida do apóstolo “Disse-lhe, porém, o Senhor: vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel”.


As últimas palavras de Paulo são a prova do seu amor, da sua abnegação, da sua lealdade e o sentimento de que durante todo o seu ministério ele entregou-se totalmente a causa de seu mestre, e agora não seria diferente.


Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda (II Timóteo 4.7-8)”.   






P.S.: Quer ver os outros comentários do irmão Carlos para esse blog? Acesse:






http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/10/o-comentarista-dessa-segunda-licao-e-o.html [A Oração no Antigo Testamento]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/09/licao-11-o-dom-ministerial-e-dom-de.html [O Dom Ministerial e o Dom de Profecia]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/08/licao-7-os-falsos-profetas.html[Os Falsos Profetas]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/06/licao-12-opcao-pelo-povo-de-deus.html [A Opção pelo Povo de Deus]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/05/licao-5-o-poder-da-intercessao.html [O poder da Intercessão]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/02/6-licao-o-ministerio-da-reconciliacao.html [O Ministério da Reconciliação]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/03/licao-11-caracteristicas-de-um.html [Características de um Autêntico Líder]

Lição 8ª - Quando a Igreja de Cristo é Perseguida


O comentarista dessa oitava lição é um expert no assunto "perseguição à Igreja de Cristo". O nosso irmão Flávio. Espero que todos os leitores desse blog sejam abençoados e impactados com tão poderoso assunto.

Escrito por Flávio José Pereira, professor da classe dos senhores


INTRODUÇÃO
         
        Este período da Igreja, nos [seus] primeiros anos de vida, teve momentos muito difíceis. Embora não tenha sido o momento de intensa perseguição, pois o período da igreja apostólica não fora reconhecido como um período de perseguição, mas vemos sinais de muita violência, e nosso irmão Estêvão fora o primeiro a sofrer com está violência, e daí em diante muitos sofreram com esta violência, e até o período  da Reforma vemos um número de martirizados que não consigo numerar. Falar deste assunto é triste e ao mesmo tempo vemos exemplo de muita fé, vamos comentar sobre estes homens de Deus que fizeram parte desta historia.


OS PERSEGUIDOS

       Em destaque por ser o primeiro mártir, Estêvão não somente era um homem prático, hábil em lidar com a administração da igreja e a obra social, mas também interessado na pregação do Evangelho aos outros. Sua mensagem era acompanhada de maravilhosas demonstrações do poder de Deus que lhe davam condições de operar “prodígios e grande sinais entre o povo” (Atos 6.8).

Isso dava a sua palavra uma notável credibilidade, mas também suscitava a oposição dos Judeus conservadores, preocupados com o novo movimento cristão, e invejosos por causa da evidente de Estevão e de seu carisma. A despeito da oposição, seus inimigos não “podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava” (Atos 6.10). Determinados a atacar e enfraquecer seu trabalho instigaram uma campanha sub-reptícia, ao fazer graves acusações contra Estevão e alegar que blasfemava “contra Moisés e contra Deus” (Atos 6.11).

Ao mobilizar as multidões contra ele e usar as alegações de falsas testemunhas, asseguraram que fosse preso, a fim de anular seu radiante testemunho de Cristo e transformá-lo em algo sinistro e hostil à Lei mosaica (Atos 6.14). O fato inegável, entretanto, é que Estevão manteve sua compostura diante do Sinédrio, e seus inimigos reconheceram sua santidade.

Entre aqueles que ouviam a defesa de Estêvão e que se encolerizaram com suas palavras sinceras, mas incompatíveis com a mentalidade Judaica daqueles dias, estava um jovem de Tarso, cidade da costa da Ásia Menor, chamado Saulo. Esse jovem havia sido educado sob a orientação do famoso mestre Gamaliel, sendo, além disso, conhecido e respeitado intérprete da lei judaica. Saulo participou do apedrejamento de Estêvão e, logo a seguir, fez-se chefe de terrível e obstinada perseguição contra os discípulos de Cristo, prendendo e açoitando homens e mulheres.

A igreja em Jerusalém dissolveu-se nessa ocasião, e seus membros dispersaram-se por vários lugares. Entretanto, onde quer que [eles] chegassem, à Samaria ou a Damasco, ou mesmo à longínqua Antioquia da Síria, eles se constituíam em pregadores do evangelho e organizavam igrejas, essa fora a consequência da morte do homem de Deus.

Dessa forma, o ódio feroz de Saulo era um fator favorável à propagação do evangelho e da igreja. Os outros foram mortos da seguinte maneira: Paulo foi decapitado em Roma por ordem de Nero, Matias, [que] ficou no lugar de Judas, foi martirizado na Etiópia, Simão, o Zelote, foi crucificado, Judas Tadeu morreu como mártir pregando o evangelho na Síria e Pérsia, Tiago o mais jovem pregou [na] Palestina e no Egito, sendo ali crucificado, Tiago o mais velho pregou em Jerusalém e Judéia, foi decapitado por Herodes, Mateus morreu como mártir na Etiópia.

 Tomé pregou na Pérsia e Índia, sendo morto perto de Madras no monte São Tomé, Bartolomeu serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte, Felipe pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis, André pregou na Grécia e  Ásia menor, foi crucificado, Simão Pedro pregou entre os Judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma onde foi crucificado de cabeça para baixo e Paulo não poderia ficar de fora o perseguidor agora perseguido e morto decapitado. Muitos anônimos que morreram pela mão dos judeus e da igreja e se formaram outros discípulos em todas as regiões que passaram estes homens de Deus.


A PERSEGUIÇÃO
         
       A  primeira perseguição começou pelos sacerdotes e escribas depois pelos imperadores. A última geração do século I, a que vai do ano 68 a100, chamamos de “Era Sombria”, em razão de as trevas da perseguição estar sobre a Igreja e também porque, de todos os períodos da historia, é o que menos conhecemos. Para iluminar os acontecimentos desse período, já não temos a luz do livro de Atos.

Por volta do ano 90, o cruel imperador Domiciano iniciou a segunda perseguição imperial aos cristãos. Nessa época, milhares de cristãos foram mortos, especialmente em Roma e em toda a Itália. Entretanto, essa perseguição, como a de Nero, foi esporádica, local e não se estendeu a todo o império. Neste período foram escritos os as epistolas de Hebreus, segunda epistola de Pedro, Judas, o evangelho de João  e o Apocalipse.

Durante os séculos II e III, e muito especialmente nos primeiros anos do século IV, até o ano 313, a religião cristã era proibida. Houve, contudo, alguns períodos de cura ou de longa duração quando a Igreja foi alvo de feroz perseguição. As perseguições do século I efetuadas por Nero e por Domiciano foram, não há dúvida, explosões de delírios e ódio, sem outro motivo a não ser a ira de tiranos a fim de esmagar a fé “SEMPRE CRESCENTE”.

Glória a Deus nas alturas, [isto] acende a minha fé no Deus grande e poderoso que Ele É, fico emocionado com a atitude dos crentes que cometeram atos de muita fé poderia falar de muitos outros imperadores mais vamos falar de um homem que também fez historia , que está citado na nossa lição o irmão e pastor Richard Wurmbrand.

Eu li o seu livro “Torturados por amor a Cristo” e não tem como não se emocionar com as historias passadas pelos seus personagens, ele foi o fundador da instituição “a Voz dos Mártires”, que passou a ajudar os irmãos nos países onde a igreja é perseguida e criou o site: www.vozdosmarteres.com.br

Depois que a Igreja foi “fundada” pelo imperador Constantino a perseguição passou a ser da própria igreja, igreja que perseguiu a igreja. É a historia da inquisição onde muitos morreram como hereges. Livros como “As Catacumbas de Roma” e a “Historia da Inquisição”, são livros que retratam a historia deste período.

A inquisição da igreja Católica Romana foi a maior desgraça que ocorreu na historia da humanidade. Em nome de Jesus Cristo, sacerdotes católicos montaram uns esquemas gigantescos para matar todos os hereges na Europa. A heresia era definida da forma como Roma quisesse definir, isso abrangia desde pessoas que discordavam da política oficial, aos filósofos herméticos, judeus, bruxas, e os reformadores protestantes, e isto foram durante 1200 anos.

Muitas historias como de um português chamado “João Henrique”, [que] foi um homem muito influente na sociedade portuguesa que se converteu ao cristianismo e passou a defender a causa da igreja, foi preso e torturado, cedeu a tortura e assinou a carta inquisitória, se arrependeu e novamente voltou a defender a causa cristã e novamente preso foi condenado a fogueira, no momento da execução com sua mão em chamas, ele exclamou “maldita a minha mão direita que assinou tal documento”,  com tanta perseguição se podia ver o poder de Deus se manifestar nos crentes.

Hoje a perseguição continua no mundo árabe, chamada janela dez [por] quarenta, e nos países comunistas, mas os crentes destes países exclamam: “aqui o Senhor esta curando os enfermos, libertando os cativos de Satanás e ressuscitando os mortos!” O poder de Deus é derramado sobre os crentes e muitos crêem no evangelho de Jesus Cristo, só na China há 3.000.000 [de] crentes fiéis.


CONCLUSÃO

       Meus irmãos decidir parar de escrever este comentário. Se continuar vou escrever um livro com este assunto. Precisamos aprender com o sofrimento para abrimos os olhos da evangelização. Será que temos de esperar uma perseguição para despertamos com o ide de Jesus? Creio eu que como esta igreja começou irá terminar: com uma grande perseguição.
A Classificação de países por perseguição é uma lista na qual os países são classificados segundo o grau de intolerância para com o cristianismo. Seu objetivo é informar a reação dos países ao evangelho e acompanhar aqueles em que a perseguição está se tornando mais intensa.
Oremos pelos nossos irmãos nesses países: Coréia do Norte, Irã, Arábia Saudita, Somália, Maldívia, Afeganistão, Iêmen, Mauritânia, Laos e Uzbequistão. São [estes] os países que estão no topo da lista de perseguição aos crentes. Bem, está escrito nas escrituras: Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (II Coríntios 4.8,9).
Palavras de quem sabe muito bem o que é ser perseguido. Mais o nosso Mestre nos alertou: Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (João 16.33). Certamente venceremos em Cristo também.
Enfrentemos a perseguição com muita fé e oração. E disse Jesus: Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16.18). 
Vamos orar por nos e pelos irmãos que estão sofrendo a perseguição neste momento, estamos sendo assombrados por ela. Que Deus continue a nos ajudar com sua obra na terra, amém!


Quer ver outros comentários do nossoirmão Flávio? Acesse: 


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/12/licao-1-atos-acao-do-espirito-santo.html [
Atos - A Ação do Espírito Santo Através da Igreja]

Lição 7ª - Assistência Social, Um Importante Negócio - PARTE 1

Pelo seu tamanho esse comentário foi escrito em duas partes. Essa é a primeira. A segunda está abaixo.


Quem observou o cronograma com a lista de comentaristas viu que o nome de Aguinaldo Barbosa, vice-dirigente da Escola Dominical, estava riscado e tinha escrito que ele seria substituído nessa lição por mim. Quero esclarecer que foi a pedido dele que estou fazendo esse comentário.

Aguinaldo disse que por falta de tempo hábil estaria impossibilitado de fazer esse comentário e solicitou-me que lhe substituísse. O que eu aceitei prontamente. Esperamos ansiosos para que na próximo trimestre ele volte a comentar, pois sou testemunha que ele sempre foi solícito em relação a esse blog. Vocês também. Mas vamos ao comentário!



Escrito por Ezequiel Carvalho, professor da classe dos jovens 


Não existe igreja sem problemas, sem crises, pois Deus nos salva, mas não retira-nos imediatamente do mundo e em quanto estivermos aqui estaremos sempre em combate. Em guerra contra nós mesmos, contra nossa natureza carnal que quer suplantar a espiritual, diariamente, pois bem diria Lutero: “[...] o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna” (As 95 Teses, 4ª Tese).


E também em guerra contra as forças do mal que influenciam o mundo a hostilizar tudo que provém de Deus, pois disse Jesus: Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa (João 15.19-20).


Por essa razão, Paulo realiza uma analogia extremamente feliz e oportuna: Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. E insiste na comparação: Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou. Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas (II Timóteo 2.3-5). Um soldado de Cristo não perde o foco porque (1) entende que está em guerra, (2) tem um objetivo e (3) semelhante a um atleta tem compromisso com sua ação. A Igreja nascente precisaria dessa maturidade para enfrentar as suas primeiras dificuldades.


As dificuldades estavam presentes em dois níveis, próximo do que falei acima, havia problemas de ordem interna, com alguns agindo conforme as inclinações da carne e não segundo a justiça no cuidado das viúvas, além do grave problema anterior de Ananias e Safira que influenciados pelo Mal, mentiram ao Senhor. Por fora as autoridades religiosas judaicas estavam insurgindo em forte perseguição aos cristãos com o objetivo de enfraquecer a fé de alguns, parecendo não entender que o sangue dos mártires cristãos é a semente do cristianismo, como dizia Tertuliano.


A respeito da perseguição e da morte de Estevão, o primeiro mártir, teremos tempo apropriado para discutir isso na próxima lição (Quando a Igreja de Cristo é Perseguida). Por momento trataremos acerca da contenda que houve entre “helenistas” e “hebreus”.


Os hebreus que falavam a língua aramaica tinham preconceito étnico contra os hebreus de cultura helênica (grega), as viúvas destes eram preteridas por aqueles na hora do recebimento diário de donativos, em outras palavras, os novos convertidos hebreus de fala aramaica “esqueciam” das viúvas dos outros hebreus que falavam grego, o que causou um sério desentendimento entre as duas partes, pois não ocorria o que era justo.


Poderia ser que a barreira lingüística fosse a causadora desse fato constrangedor, mas tudo leva crer que estava ocorrendo discriminação e formação de grupinhos, onde o grupo maior oprimia o grupo menor, o qual estava em rápida ascensão desde o Pentecostes.  De qualquer forma, o caso foi levado aos apóstolos para que estes tomassem algum tipo de providência urgente.


Problemas toda igreja tem, como foi dito anteriormente. Todavia a diferença reside nas atitudes tomadas pelos líderes locais que necessitam ter toda maturidade e espiritualidade possível para que a dificuldade seja sanada, a fim de que não se torne uma bola de neve, que no desfiladeiro começa pequena até se tornar uma avalanche na descida.


O ensinamento que aprendemos com os apóstolos é que eles não desprezaram a questão levantada, antes tomaram para si a responsabilidade e encararam de frente o problema.


E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio (Atos 6.2-3, ARC).


Eles poderiam dizer simplesmente: estamos pregando a Palavra do Senhor, que nos importa o vosso problema interno, as viúvas são de vocês, que vocês próprios as sustentem. Mas não era isso que eles aprenderam com as Sagradas Escrituras do Antigo Testamento e o que o próprio Cristo ensinara.


Ao contrário, a Lei de que o Senhor deu a Moisés dizia:


Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as mãos a teu irmão pobre; antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. [...] Livremente, lhe darás, e não seja maligno o teu coração, quando lho deres; pois, por isso, te abençoará o SENHOR, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes. Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra (Deuteronômio 15.7-8,10-11).


Cuidar dos necessitados não é uma escolha fruto de um coração generoso somente, é uma ordem expressa de Deus: eu te ordeno. Nos livros poéticos e nos profetas essa ordenança também era destacada.


Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o SENHOR o livrará no dia do mal. O SENHOR o livrará, e o conservará em vida; será abençoado na terra [...] (Salmos 41.1-2)


Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. (Salmos 82.3-4).


O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido (Provérbios 21.13).
   

Ouvi isto, vós que tendes gana contra o necessitado e destruís os miseráveis da terra, dizendo: Quando passará a Festa da Lua Nova, para vendermos os cereais? E o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças enganadoras, para comprarmos os pobres por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias e vendermos o refugo do trigo? Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras, para sempre! Converterei as vossas festas em luto e todos os vossos cânticos em lamentações; porei pano de saco sobre todos os lombos e calva sobre toda cabeça; e farei que isso seja como luto por filho único, luto cujo fim será como dia de amarguras (Amós 8.4-7,10).


Julgou a causa do aflito e do necessitado; por isso, tudo lhe ia bem. Porventura, não é isso conhecer-me? - diz o SENHOR (Jeremias 22.16).


Por tudo isso e pela experiência traumática do cativeiro, os judeus se extremamente zelosos em cumprir suas obrigações sociais. O Dr. Lawrence Richards (em seu livro Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, CPAD, p.262) descreve que o sistema judeu de ajuda aos necessitados consistia em dois programas, o tamhuy, também chamado de “a tigela dos pobres”, que eram refeições dadas diariamente aos desabrigados e desassistidos, e quppah, também conhecido como a “cesta dos pobres”, que era a distribuição realizada semanalmente de comidas e roupas para as famílias pobres.


Lição 7ª - Assistência Social, Um Importante Negócio - PARTE 2

Toda essa tradição religiosa herdada do judaísmo foi exercitada e estimulada nos apóstolos com os ensinamentos de Cristo que sempre demonstrou sensibilidade com os mais carentes, tanto no sentido espiritual como material.


Recorrentemente ouvimos na Bíblia que Jesus se moveu de íntima compaixão para com as pessoas que se aproximavam dele. E foi para isso que mesmo que o Filho do Homem se manifestou, para que revestido de corpo humano, fosse ele perfeito mediador entre os homens e Deus, conforme está escrito:


Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados (Hebreus 2.14-18).


Nós não temos um Deus distante, que de tão transcendental não pode socorrer ao corpo, mas apenas o espírito. Ao contrário, o próprio Deus em Cristo conhece o que é a fome, o que é a dor, o que é a sede, o cansaço, a tristeza, o que é ser tentando, conhece o que significa ser pobre materialmente, por isso, disse Isaías que Ele veio consolar todos os que choram, a curar os quebrantados de coração (Isaías 61.1).


Jesus preocupava-se com as necessidades físicas das pessoas. Quando da segunda multiplicação dos pães, Jesus falou: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que comer. Se eu os despedir para suas casas, em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe (Marcos 8.2-3).




Evidentemente a maior obra que uma pessoa pode fazer para o Reino dos Céus é apregoar o Evangelho de Deus, visto que o que adiantaria ao homem ser farto de tudo e não possuir necessidade material alguma e não ter a salvação de sua alma (Marcos 8.36)?  


Por isso os apóstolos disseram aos discípulos reunidos: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Não seria proveitoso de forma alguma fechar uma igreja para abrir em lugar dela uma casa de assistência social, até porque não seria necessário, visto que uma comunidade religiosa pode trabalhar com os dois sistemas ao mesmo tempo, como os apóstolos fizeram e como hoje se faz em algumas igrejas, como a Assembléia de Deus de Recife.


Os apóstolos então democraticamente propuseram a escolha de sete homens de “boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria” (Atos 6.3) para fazer parte desse serviço.


Perceba que com essas qualificações esses homens poderiam ter cargos de liderança, mas eles foram chamados para diakonia, isto é, para servir. Em nenhum momento é utilizado em Atos o termo diakonos para designar um cargo eclesiástico, não que isso seja antibiblico, diácono, já aparece como título em I Timóteo (3.8-13).


Mas é bom voltarmos ao início e aprendermos com o que a História nos tem para ensinar a fim de entendermos que Deus nos chamou para termos  responsabilidade no serviço eclesiástico, mas que esse não pode nem deve ser considerado estranho ou contradizente com o serviço social, todavia o primeiro requer o segundo.


Devemos parar de nos iludir pensando em pregar somente o céu e deixar que as pessoas morram de fome ao nosso redor, pensando agradar a Deus com uma fé morta. Isso apenas nos afasta da sociedade civil e vem reforçar a má fama de alienados que muitas comunidades cristãs possuem e com razão. Sem deixar de falar que muitos fazem realmente acepção de pessoas. Como diz o apóstolo Tiago: cristãos que honram àqueles que possuem trajes luxuosos e anéis de ouro no dedo e desprezam o pobre, sendo tomados por perversos pensamentos.


Ora, não são os próprios ricos que na sua maioria nos oprimem e nos desconsideram? Mas se fazemos acepção de pessoas somos não apenas ignorantes dignos de pesar, mas transgressores da Lei, como os homicidas e adúlteros, porque aquele que erra em um só ponto da Lei é transgressor dela em sua totalidade (Tiago 2.1-13).


Contudo, se nós evangélicos ainda não desenvolvemos uma doutrina social clara e que seja pregada freqüentemente na nossa comunidade, não é culpa da Bíblia, pois ela nos conclama a assumir a nossa responsabilidade social, não como ato meritório, mas como ato de justiça. Não devemos esquecer-nos do importante negócio é que proteger o necessitado, pois quem assim o faz o faz como se para o próprio Cristo (Mateus 25.34-40). Pois também está escrito:


E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão; recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência (Gálatas 2.9-10).


Que fique também a recomendação de Paulo, sobre as prioridades da contribuição:


Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé (Gálatas 6.10).


Deus não nos manda amar a nós mesmos. A verdadeira religião é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como amamos a nós mesmos. Amar a si mesmo é algo que naturalmente fazemos sem maiores esforços, mas se quisermos ser chamados filhos de Deus devemos entender que:


A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo (Tiago 1.27)


Lição 6ª - A Importância da disciplina na Igreja

Novamente com muita alegria estaremos contado com o comentário do dirigente de nossa Escola Dominical em Pereira Carneiro 1, o nosso diácono Gilvan Gomes. Espero que Deus use o seu comentário para nos ensinar a Sua Palavra e nos abençoar por ela.



 Escrito por Gilvan Gomes, dirigente da Escola Dominical em Pereira Carneiro 1  


Eu desejo saudar  a todos com a paz do Senhor Jesus Cristo, e dizer-lhes que para mim  constitui-se um grande privilégio comentar esta maravilhosa lição, que por sinal, é de suma importância para a igreja contemporânea.





INTRODUÇÃO

Amados, não é muito fácil falar sobre o tema "A importância da disciplina na igreja", pois é doloroso tanto para quem aplica a disciplina quanto para quem é disciplinado (corrigido) (Hebreus. 12.11). Conheci pessoas que adoeciam quando aplicavam uma correção nos filhos, ora a própria Bíblia nos dá  suporte para tal, desde que seja com amor (Provérbios 29.15; 23. 12-14).






Na presente lição estaremos estudando acerca do valor da disciplina na igreja que traz a memória alguns personagens bíblicos que foram disciplinados pelo próprio Deus: Ananias e Safira, Acã, mas afinal o que é a Disciplina?



A palavra Disciplina vem do original grego e quer dizer: “Uma mente sã”. Assim disciplina quer dizer concertar os pensamentos da pessoa que não esta  pensando certo, de forma a corrigir a sua atitude e coloca-la no caminho certo.


Queridos Deus quer que seus filhos pensem e ajam de acordo com sua palavra, devemos deixar bem claro que o elemento principal na disciplina não é o castigo. Geralmente este processo traz tristeza e dor, porém‚ depois que a lição é entendida traz alegria e frutos pacíficos (Hebreus 12.11).




Encontramos desde Gênesis ao Apocalipse o nosso Deus como  um Deus de ordem, e ele não permite que nada fuja do que ele pré-estabeleceu pelo seu glorioso poder, a Bíblia descreve pelo menos três tipos de disciplina:

* Disciplina Divina, onde Deus mesmo corrige os seus filhos pessoalmente (Atos 5.1-11);


* Disciplina Própria, onde nós mesmos corrigimos as nossas atitudes erradas (I Coríntios 11.31);


* Disciplina no lar, onde os pais corrigem seus filhos ( Efésios 6.4).




Por que a disciplina na igreja é necessária? Há  três razões principais:

(a) Infelizmente nem sempre usamos a disciplina própria nas nossas vidas. Às vezes, por falta de conhecimento da palavra de Deus, ou por falta de cuidado em obedecer ao que temos aprendido caímos em pecado. Assim a disciplina da igreja chama a atenção do pecador ao seu caminho errado e o ajuda a deixar o pecado e ser restaurado à ordem de Deus.


(b) Se o pecador não for corrigido com certeza outros também vão cair no mesmo erro: “não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda”? ( I Coríntios 5.6: Gálatas 5.9). A disciplina é necessária para ensinar aos outros sobre a necessidade de santidade na igreja (Atos 5.11).

(c) Deus não pode abençoar seu povo coletivamente quando há  pecado no meio [dele]. Acã causou prejuízo para todo o povo de Israel quando pecou (veja Josué 7). A disciplina purifica a igreja na presença de Deus.




Gostaria muito de poder continuar comentando um pouco mais  sobre este abençoado tema. [O qual] ainda traz:




Quem aplica a disciplina na igreja?


Resposta:


Eu repreendo [Jesus Cristo] e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (Apocalipse 3.19).

Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo (I Coríntios 11.32).




Quando deve ser aplicada a disciplina?


R- quando houver certeza dos fatos?


Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça (João 7.24).

Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam (I Timóteo 5.19-20)




Quais são os casos que precisam de uma disciplina mais rigorosa? (separação da comunhão [, por exemplo.]).

R: pelo menos três são [os casos] considerados gravíssimos.



( I ) Recusar e reconhecer os erros de ofensa a outro irmão (Mateus 18.15-17);



(II) Quando houver prova de atos cometidos.


Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais (I Coríntios 5.11).


(III) Blasfêmia


E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem (I Timóteo 1.20).

Obs.: a expressão entregue a satanás quer dizer desligar da comunhão com a igreja.



Que o Senhor continue nos abençoando em nome de Jesus.  



Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Apocalipse 3.11).


P.S.: O irmão Gilvan já comentou lição em nosso blog anteriormente, veja: