Jesus,
O Modelo Ideal De Humildade
Cristo, “sendo em
forma de Deus... aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6,7).
Assim, “Cristo... Deus bendito eternamente” (Rm 9.5), renunciou voluntariamente
à glória perfeita que possuía nos céus (cf. Jo 17.5) e a tudo aquilo que Ele na
sua glória divina podia gozar, para ser o Redentor da humanidade, sujeito às
limitações de um verdadeiro homem. Jesus viveu neste mundo não somente como
Deus verdadeiro, mas também como homem verdadeiro.
A passagem mais bela escritas no livro de João nos diz:
João 1.1-5,9-18
1- No princípio, era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2-Ele estava no princípio com Deus.
3-Todas as coisas foram feitas por ele, e sem
ele nada do que foi feito se fez.
4-Nele, estava a vida e a vida era a luz dos
homens;
5-e a luz resplandece nas trevas, e as trevas
não a compreenderam.
9-Ali estava a luz verdadeira, que alumia a
todo homem que vem ao mundo,
10-estava no mundo, e o mundo foi feito por
ele e o mundo não o conheceu.
11-Veio para o que era seu, e os seus não o
receberam.
12-Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus: aos que
creem no seu nome,
13-os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do varão, mas
de Deus.
14-E o Verbo se fez carne e habitou entre nós,
e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de
verdade.
15-João testificou dele e clamou, dizendo:
Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de
mim é antes de mim, porque foi
primeiro do que eu.
16-E todos nós recebemos também da sua
plenitude, com graça sobre graça.
17-Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e
a verdade vieram por Jesus Cristo.
18-Deus nunca foi visto por alguém. O Filho
unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
Essa passagem nos revela
Cristo como Deus, e temos conhecido que
todas as coisas por ele…
Faz- me lembra da passagem
triunfal de Cristo em Jerusalém sobre um jumentinho “Um Rei montando num
jumentinho… O Deus renunciando sua glória para anda num jumento entres os
homens para anunciar o reino dos céus, dando sua própria vida, para que um dia tenhamos vida nele mesmo. ”
(João 12.25-28)
25- Quem ama a sua vida não
terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará
para sempre a vida verdadeira.
26 - Quem quiser me servir
siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai
honrará todos os que me servem.
27 - Jesus continuou: — Agora
estou sentindo uma grande aflição. O que é que vou dizer? Será que vou dizer:
Pai, livra-me desta hora de sofrimento? Não! Pois foi para passar por esta hora
que eu vim.
28 - Pai, revela a tua
presença gloriosa! Então do céu veio uma voz, que dizia: — Eu já a revelei e a
revelarei de novo.
JESUS, O Deus Transcendente
O que é o Cristo
transcendente? É o Senhor Jesus Cristo revelado como a Segunda Pessoa da
Santíssima Trindade. E, como tal, possui Ele todos os atributos transcendentes
da Divindade: aseidade, eternidade, imensidão, infinitude. Vejamos, pois, como a Bíblia trata cada um destes atributos: Aseidade . "Porque, como o Pai tem a
vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo" (Jo
5.26).
Eternidade . "E tu, Belém Efrata,
posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em
Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade" (Mq 5.2).
Imensidão e infinitude . "Porque nos
convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores
e feito mais sublime do que os céus" (Hb 7.26). Imarcescibilidade . "Jesus Cristo é o
mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13.8). O que disto
concluímos? A divindade de Jesus pode ser amplamente comprovada. Ele era e é: Verdadeiro homem e
verdadeiro Deus.
A Bíblia chama Jesus “homem”
Quando Pedro falou de
Jesus, disse: “Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus” (At 2.22). Pilatos
disse a respeito de Jesus: “Eis aqui o homem” (Jo 19.5). Jesus disse, falando
de si mesmo: “Nem só de pão viverá o homem” (Mt 4.4). Ele também afirmou: “Mas,
agora, procurais matar-me a mim, homem que vos tem dito a verdade” (Jo 8.40).
Paulo escreveu que a graça (cf. Rm 5.15-18) e a ressurreição vieram por um
homem
(cf. 1 Co 15.21) e que há “um só
mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5). O nome “Filho
do homem”, freqüentemente usado por Ele mesmo (69 vezes nos evangelhos)
expressava tanto a sua humilhação e sofrimento como sua representação legal por
toda a humanidade (cf. Mt 8.20; 11.19; 20.28; Mc 8.31; Jo 8.28; 12.23,24 etc.),
como também a grande glória com que Ele há de se manifestar quando voltar para
julgar o mundo e para reinar (cf. Mt 16.27; 24.30; 26.64; Mc 13.26 etc.).
Jesus nasceu como qualquer outro
homem Embora Maria houvesse
concebido de modo sobrenatural pelo Espírito Santo (cf. Lc 1.35), Jesus nasceu
como todos os homens nascem (cf. Lc 2.7). Deus lhe preparou um corpo (cf. Hb
10.5), e Ele “veio em carne”(cf. 1 Jo 4.2), e se fez carne (cf. Jo 1.14), e
como outro homem
qualquer participou “da carne e do
sangue” (cf. Hb 2.14). Assim, Ele teve corpo (cf. Mt 26.12; Lc 24.39), alma
(cf. Mt 26.38) e espírito (cf. Jo 11.33). Ele estava sujeito ao crescimento e
ao amadurecimento naturais (cf. Lc 2.40,52), e aprendeu a obediência (cf. Hb
5.8).
Jesus teve, no seu nascimento, duas naturezas distintas
Pela concepção
sobrenatural de Maria, Jesus herdou do seu Pai, pela operação do Espírito Santo
(cf. Lc 1.35), a natureza divina com todas as suas características. De Maria
Ele recebeu a natureza humana. As suas naturezas divina e a humana se uniram na
constituição de sua pessoa de modo perfeito. As duas naturezas não se misturam,
isto é, Jesus não ficou com a sua divindade “humanizada” ou com a sua natureza
humana “divinizada”. Em Caná, quando Jesus transformou a água em vinho, a água deixou
de ser água e passou a ser integralmente vinho (cf. Jo 2.8-10). Quando, porém,
Jesus se fez homem, continuou sendo Deus verdadeiro, mesmo estando sob a forma
de homem verdadeiro . As duas naturezas operavam assim simultânea e
separadamente na sua pessoa. Jamais houve conflito entre as duas naturezas,
porque Jesus, como homem, seja nas suas determinações ou
autoconsciência, sempre conforme a direção do Espírito Santo, sujeitava-se à
vontade de Deus, de acordo com a sua natureza divina (cf. Jo 4.34; 5.30; 6.38;
Sl 40.8; Mt 26.39). Assim Jesus possuía duas naturezas em uma só personalidade,
as quais operavam de modo harmonioso e perfeito, em uma união indissolúvel e
eterna.
Essa realidade tem um símbolo maravilhoso na arca do
tabernáculo. A arca era feita de madeira de cetim, coberta
com ouro (cf. Êx 25.10-22). A
tampa da arca, chamada de propiciatório, era o lugar onde o sangue da expiação
era aspergido. A arca é um
símbolo de Jesus como “o nosso Mediador”, que revestido de glória
está no santuário do céu, onde entrou com o sangue da expiação (cf. Hb
9.5-7,11,12,24). Assim como a madeira da arca (símbolo da humanidade de Cristo)
não se misturava com o ouro (símbolo da divindade de Cristo), assim também as
duas naturezas de Jesus permanecem juntas, formando a nossa arca perfeita.
Glória a Jesus!
As duas naturezas operavam lado a lado na vida de Jesus
Essa operação prova
sempre que Ele era homem verdadeiro e também Deus verdadeiro. Vejamos aqui alguns exemplos:
·Jesus nasceu em toda a
humildade (cf. Lc 1.12; 2 Co 8.9, natureza humana), mas o seu nascimento foi
honrado por uma multidão de anjos, que o exaltaram como Messias (cf. Lc 2.9-14,
natureza divina).
· Jesus foi batizado como
outros seres humanos, sujeitando-se à justiça divina (cf. Mt 3.15, natureza
humana), porém Deus falou naquela ocasião: “Este é o meu Filho” (Mt 3.17,
natureza divina).
· Jesus foi tentado, como
todos os demais homens (cf. Lc 4.1-13; Hb 4.15, natureza humana), mas, tendo
Ele vencido, os anjos o serviram (cf. Mt 4.11, natureza divina).
· Jesus dormiu de cansaço
no barco, apesar da grande tempestade (cf. Mt 8.24, natureza humana), mas
depois levantou-se e repreendeu o vento e as ondas (cf. Mt 8.26, natureza
divina). Se Ele tivesse sido só Deus, jamais ficaria cansado (cf. Sl 121.4,5).
· Jesus cansado de andar,
assentou-se junto à fonte para descansar (cf. Jo 4.6, natureza humana), porém
ali Ele descobriu a situação espiritual da mulher, e lhe revelou o caminho da
salvação (cf. Jo 4.7-29, natureza divina).
· Diante da morte do seu
amigo Lázaro, Jesus chorou (cf. Jo 11.33-35, natureza humana), mas ali orou ao
seu Pai, e mandou Lázaro sair da sepultura (cf. Jo 11.32-43, natureza divina).
· No jardim Jesus foi
preso por homens ímpios (cf. Jo 18.1-3,12,13, natureza humana). Porém, quando
Ele disse: “Sou eu”, todos os soldados caíram por terra (cf. Jo 18.6, natureza
divina), e curou a orelha do servo do sumo sacerdote, que Pedro havia cortado
(cf. Lc 22.51, natureza divina).
Jesus, às vezes, deixou voluntariamente de fazer uso das virtudes da natureza divina
Para fazer a vontade
de seu Pai e cumprir as Escrituras (cf. Mt 26.54), Jesus se sujeitou à
limitação humana, que havia aceitado. Por exemplo, não quis chamar 12 legiões
de anjos para o livrar (cf. Mt 26.53).
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