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LIÇÃO 1ª - PAULO E A IGREJA EM FILIPOS



ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES O IRMÃO FLÁVIO JOSÉ





INTRODUÇÃO


Durante os próximos três meses estaremos conversando e analisando vários aspectos relacionados com o livro de Filipenses. Ao lado de informações sobre o contexto histórico e informações teológicas associadas, buscaremos enfatizar os aspectos práticos da vida que podem ser melhorados com a aplicação dos princípios encontrados na carta.


É fato bem conhecido que Paulo escreveu quatro de suas epístolas quando esteva em Roma, por ocasião de seu primeiro aprisionamento- Filemon, Colossenses, Efésios e filipenses. As referencias cruzadas entre elas já que fazem menção entre si, indicam que as três primeiras pertencem ao mesmo grupo, escritas na mesma ocasião, bem como enviadas ao mesmo tempo, por Tíquico e Onésimo. A história da fundação da igreja em Filipos é bem conhecida por todos nós em (At 16) Paulo chegando de navio a Neápolis, Paulo e seus companheiros, Silas, Timóteo e Lucas, seguiram pela via Inácia até Filipos, onde havia provavelmente poucos judeus, devido ao caráter militar e colonial do lugar. Não encontrando nenhuma sinagoga onde pudesse entregar sua mensagem, Paulo buscou a companhia  dum pequeno grupo que se reunia nas margens do Gangite, fora da cidade.



Não avia necessidade de Paulo, como nas cartas aos Gálatas e aos Coríntios, defender sua autoridade apostólica, pois os Filipenses eram leais a ele e também a “ que uma vez foi dada aos santos”(Jd 3)”. Também a afeição que tinham por ele era extraordinária e mais de uma vez o haviam ajudado em suas necessidades (Fl 4.10-18). Nesta passagem Paulo dispensa o título de “apostolo”. Nenhum erro doutrinário dividia a igreja, e nesse aspecto difere das epístolas aos Gálatas, Coríntios e Colossenses, enviadas da mesma prisão. Contudo, no capitulo três, Paulo adverte contra o judaísmo e uma possível forma de antinomianismo. Antinomianismo, que significa ser "antilei", é um nome aplicável a diversas opiniões que têm negado que a lei de Deus, na Escritura, deve controlar diretamente a vida do cristão. O antinomianismo dualístico aparece nos gnósticos he­réticos, contra os quais Judas e Pedro escreveram (Jd 4-19; 2 Pe 2). Esta corrente considera que a salvação é somente da alma, e o comportamento do corpo é irrelevante, seja no inte­resse de Deus ou da saúde da alma, de modo que podemos agir dissolutamente sem qualquer implicação negativa. Mas não há razão para crer que estes erros estavam realmente presentes na igreja. O desejo de Paulo era preveni-los contra tais ensinos antes que efetivamente surgissem.



Era com prazer e gratidão que Paulo orava pelos Filipenses sempre que se lembra deles (Fl 1.3-5). Ele louva a Deus pela comunhão que mantenham com ele no evangelho. Não podia negar que sentia reais saudades. Embora o seu desejo pessoal fosse partir desta vida para estar com Cristo, ele de bom grado abriria mão disso, se Deus o permitisse, a fim de lhes falar mais sobre as coisas espirituais. O profundo amor de Paulo por eles se expressa na forma como se dispôs a permitir o regresso de Epafrodito. Também estava disposto a abrir mão da presença de Timóteo para que fosse cuidar deles, sua dádiva haviam-lhe trazido gozo e alegria à alma, sabendo que eram expressões sinceras de corações cheios de genuína afeição.

CONCLUSÃO


A atitude de Jesus é oposta a de Adão, que pretendeu ser mais do que devia. Jesus é o novo Adão, a raiz da nova criação. É o homem que não cai. Ele agrada a Deus em tudo, inclusive com sua kênosis, que leva Deus a exaltá-lo. Este é o ensino teológico.
Do ponto de vista espiritual, numa mensagem devocional, o que Paulo está dizendo é isto: se alguém quer ser grande, que seja pequeno. No cristianismo, grande não é quem domina. Grande é quem serve: Lucas 22.24-27. A glória do cristão não é o domínio, mas o serviço. Deus não recompensa o mando, mas o trabalho. E o maior exemplo é do próprio Filho, que se tornou servo. Isto requer humildade, que nada mais é que um espírito serviçal. Humildade não é subserviência. Jesus não foi subserviente. Humildade é serviço, é utilidade, é vontade de fazer alguma coisa por Deus e pelos outros, em vez de apenas receber. Há muitos membros de igreja que apenas recebem. São alimentados espiritualmente, pedem orações, querem e reclamam cuidados (e como o fazem quando acham que os demais não estão se preocupando com eles!), mas não querem servir. Este não é espírito de humildade, pois não é o espírito de Cristo. A fé só tem poder na humildade.





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