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LIÇÃO 5ª - AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO





ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO IRMÃO FLÁVIO JOSÉ. A VEZ DESTE COMENTÁRIO ERA DE NOSSO PROFESSOR AUGUSTO, NÃO SENDO POSSÍVEL A ELE ESCREVER O COMENTÁRIO POR MOTIVO DE TRABALHO.




INTRODUÇÃO

Virtude- "são perfeições habituais e estáveis da inteligência e de vontade humana, que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina” pense em um crente que poderia tirar virtude de Cristo (Lu 8.46) “E disse Jesus: Alguém me tocou, por que bem conheci que de mim saiu virtude”. Virtude é uma qualidade moral particular.  Virtude é a disposição de um indivíduo de praticar o bem; e não é apenas uma característica, trata-se de uma verdadeira inclinação, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o caminho do bem. Há diferentes usos do termo relacionado à força, a coragem, o poder de agir, a eficácia de um ou a integridade da mente. Há virtudes intelectuais, que são ligadas à inteligência e as virtudes morais, que são relacionadas com o bem. A virtude intelectual consiste na capacidade de aprender com o diálogo e a reflexão em busca do verdadeiro conhecimento. Podemos dizer que a mulher do fluxo de sangue passou a ter todas as virtudes de Jesus. Desafio os crentes a buscarem a virtude de Cristo pela fé.


O cristão é cheio de virtudes. Não faltam virtudes em uma pessoa que segue a Jesus Cristo. Entretanto, há 3 virtudes que se destacam como virtudes indispensáveis. Com efeito, não pode haver cristão sincero sem estas 3 qualidades. As 3 virtudes de que estamos falando se encontram em (Rm 12.12) "Regozijai-vos na esperança; sede pacientes na tribulação; na oração, perseverantes." . Nós cristãos temos esperança. Agnósticos não tem esperança; materialistas não tem esperança; os ateus não tem esperança. Os incrédulos não tem esperança. Mas os cristãos estão cheios de esperança. E por isso podem se alegrar e se regozijar. Podem revelar a sua grande alegria na esperança da vida eterna. A esperança da Volta de Cristo é a suprema esperança, que encerra todas as esperanças cristãs. Sabemos que Ele virá. Esperamos a Cristo nas nuvens dos céus, com poder e grande glória. E esta é a nossa maior esperança. Muitos  dos personagens da Bíblia Sagrada mostraram esta esperança e como hoje vemos que a história da igreja muitos como eles.



Policarpo (70-160), foi um dos mártires da igreja primitiva, bispo da igreja de Esmirna, no século II. Aos 87 anos, o governador foi convencê-lo a mudar a sua ideia. A resposta veio pronta: "Como poderia eu renunciar ao meu Salvador que nunca me fez mal nenhum?" "Mas você vai perder as suas propriedades!" "Minhas propriedades estão lá na cidade celestial, onde Deus me preparou um lugar no Paraíso!" "Mas você vai perder a sua família!" "Minha família é toda a cristandade espalhada pelo mundo inteiro!" "Mas você vai perder a vida!" "Minha vida está escondida por Deus em Cristo Jesus!" Irado, o governador se levantou e lhe disse: "Eu vou matá-lo!" "Ninguém pode me matar, porque Deus me deu a vida eterna!" Policarpo foi condenado no estádio da cidade a morrer queimado; ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".

A EXALTAÇÃO DE CRISTO


Da mesma forma que a humilhação, a exaltação tem como sujeito a pessoa de Cristo. Apesar de que, a exaltação se realiza na natureza humana, seus efeitos se manifestam na pessoa de Cristo, o Verbo de Deus, que personaliza sua natureza humana. Pela exaltação, Cristo ficou livre da sujeição e da maldição da lei, entrou em posse das bênçãos que conquistou e foi glorificado junto ao Pai com a mesma glória que teve antes da fundação do mundo. (Fl 2,9-11) “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”.  O estado de exaltação é uma consequência judicial do estado de humilhação, é possível definir quatro estágios na exaltação de Cristo:

Os estágios da exaltação de Cristo


1- Ressurreição:
(1 Co 15.17) “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”. A ressurreição de Cristo não consiste apenas em que ele retornou da morte, mas que a sua natureza humana foi restaurada a um patamar superior à glória do homem antes da queda, completamente espiritual e revestida de novas qualidades adaptadas à vida celestial, embora ainda não completas antes da ascensão. A ressurreição é também uma declaração de que a morte havia sido vencida e uma demonstração do que irá acontecer com os eleitos no dia do juízo final.

(1 Co 15.42-44) “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na corrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual”. A ressurreição está em conexão direta com a segunda volta de Cristo, por ela Deus fez ver a todos que Cristo é o Filho de Deus, e pela ressurreição foi exaltado acima de toda a potestade e todo poder foi dado a ele, que desta forma foi acreditado e destinado eternamente a vencer o poder da morte, levantando da mesma forma, pela ressurreição dos mortos, todos os homens e mulheres para o julgamento final.

(At 17.31) “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. A ressurreição de Cristo é um evento inalienável no plano de redenção, pelo qual ele completa e sela sua obra redentora vencendo o poder da morte e do diabo, pelo que o apóstolo diz com certeza e até em certo tom de desafio. (1 Co 15.55) “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” Pela sua morte Cristo venceu o poder do pecado, conseguindo o perdão de seu povo que lhe foi dado por Deus e pela ressurreição conseguiu a justificação  deste mesmo povo diante de Deus, completando assim o seu trabalho.

Calvino: “De que natureza seja isto, melhor se exprime nas palavras de Paulo, pois diz que ele morreu por causa de nossos pecados e ressuscitou por causa de nossa justificação [Rm 4.25], como se estivesse a dizer que o pecado foi removido por sua morte, a justiça restaurada e restabelecida por sua ressurreição. Ora, como, em morrendo, nos podia ele livrar da morte, se ele próprio à morte fosse sucumbido? Como nos haveria adquirido a vitória, se houvesse fracassado na luta? Pelo que, assim dividimos a matéria de nossa salvação entre a morte e a ressurreição de Cristo, que, mediante aquela (morte), o pecado foi aniquilado e extinta a morte; através desta. (ressurreição) a justiça foi restaurada e a vida, restabelecida; por isso aquela (morte) exibe sua força e eficácia para conosco em virtude desta (ressurreição)”.

(Rm 4.25) “O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”. Mais uma vez, seguindo Calvino, é preciso dizer que todas as vezes que se faz menção de sua morte, compreende-se, ao mesmo tempo, o que é próprio da ressurreição, da mesma forma, quando se faz menção de sua ressurreição compreende-se ao mesmo tempo, o que é próprio de sua morte.

2- Ascensão:

Pode-se dizer que a ascensão é a consumação da ressurreição, é a transição da presença da natureza humana de Jesus na terra e sua ida para o céu. A ascensão representa mais uma mudança na natureza humana de Cristo tornando-se adaptada de forma definitiva para a vida no céu. As doutrinas da salvação e da vida eterna não teriam sustentação sem a ressurreição e ascensão de Cristo, através da elevação aos céus o Senhor Jesus abriu os portais celestiais, antes fechados aos homens, para receber o seu povo que lhe foi dado por Deus na eternidade. (Sl 24.7) “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória”.É preciso lembrar aqui, que a pessoa de Jesus é o Verbo de Deus, desta forma todo o seu trabalho é válido em todos os tempos, os portões celestiais estão abertos em Cristo eternamente, todos os eleitos de Deus em todos os tempos do mundo receberam a salvação em Cristo. Esta garantia de que a vida após a morte e a ressurreição do corpo irão acontecer, trazem segurança e tranquilidade para os crentes, pois o apóstolo diz que se os cristãos esperam apenas nesta vida, são os mais infelizes dos homens.


(1 Co 15.19) “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”. Agostinho: “Por sua morte Cristo haveria de ir para a destra de Deus, donde haveria de vir para julgar vivos e mortos em presença corpórea segundo a sã doutrina e a regra de fé, pois, em presença espiritual, com eles haveria de vir após sua ascensão.” (Mt 28.20) “Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. Estar assentado à destra de Deus: Este fato significa que Cristo recebeu o governo da igreja em acréscimo ao governo do universo como rei eterno e supremo, significa também que o seu ofício de mediador e sacerdote é exercido de maneira plenamente eficaz, em igualdade e exatamente conforme a vontade de Deus. Esta autoridade significa, ainda, que Cristo envia o Espírito para continuar e completar sua obra de redenção junto a seu povo na terra.

(Ef 1.20-22) “O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja”.

3-O juízo final:


Pela sua exaltação, Cristo adquiriu o poder do julgamento definitivo, sua volta em glória no dia do juízo é a realização suprema da exaltação. Já vimos acima, que, pela ressurreição Cristo foi exaltado acima de toda a potestade, todo poder e todo domínio, para que desta forma, tenha em si o poder e o nome que está sobre todo o nome, pois o julgamento requer autoridade, e a autoridade de Cristo vem de sua exaltação, que é acima de todas as coisas.

CONCLUSÃO


(Mt 16.27) “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”. Pela exaltação de Cristo, pode-se dizer que o cristianismo não é uma religião baseada em um homem piedoso que morreu para salvar a humanidade, não é uma religião baseada em um grande mestre que serve de exemplo para a salvação dos homens, não é uma religião de um homem altamente espiritualizado através de muitas reencarnações, mas sim, uma religião baseada em um Deus Todo-Poderoso e Redentor, um Deus vivo e eternamente presente ao lado de seus filhos.

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