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LIÇÃO 11ª- DEUS ESCOLHE ARÃO E SEUS FILHOS PARA O SACERDÓCIO

ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO VICE-DIRIGENTE O IRMÃO FLÁVIO JOSÉ
 
NTRODUÇÃO

 
Quem tem chamada nem sempre habita nos palácios, as vezes vai cuidar de ovelhas no deserto... Quem tem chamada as vezes malha trigo no lagar procura amigos em não tem ninguém por perto.... Quem tem chamada as vezes enfrenta gigantes, e não adiante tomar as armas emprestadas... Muitas vezes o que resta e um funda e uma pedra...e a confiança em um deus que nunca falha.... Quem tem chamada as vezes enfrenta o Carmelo, promove desafios pra ver descer fogo do céu... Quem tem chamada as vezes vai morar junto do ribeiro para sentir de perto o cuidado de um deus fiel.... Quem tem chamada não recua mesmo quando os muros são altos.... Ele crê que com mais uma volta o muro cairá... Quanto mais florescer a vara de Arão para mostrar que Deus seleciona um escolhido seu, Qual será a regra de Deus para essa escolha? A rebelião, promovida por Coré, havia despertado grande desconfiança entre o povo sobre a autenticidade e a exclusividade do sacerdócio de Arão. Mesmo com a morte de Coré, dos principais envolvidos e outros subversivos, somando ao todo cerca de quinze mil pessoas, havia ainda dúvidas.

O SENHOR portanto determinou que a sua escolha de Arão fosse prova visível e definitivamente, mediante um sinal sobrenatural.  Deus escolheu a Arão de maneira que não trouce-se duvidas ao povo, fazendo com que a vara dele floresce “E será que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim, farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós”. (Nm 17.5).

O nome de Arão sobre a vara de Levi, vindica a escolha, por Deus, da tribo de Levi para promover ministros, e de Arão como sumo sacerdote. O Senhor operou um milagre para evidenciar a sua escolha quanto à liderança. Sob o novo concerto, líderes colocados por Deus, que proclamam fielmente a palavra de Deus devem ser reconhecidos e obedecidos.

 

Assim como a prova de que Arão fora chamado estava na "ressurreição" da sua vara, o Senhor Jesus ressurgiu da morte para se tornar nosso Sumo Sacerdote. O Seu sacerdócio é muito superior (Hebreus 7), pois:

É segundo a ordem de Melquisedeque (Salmo 110:4), portanto superior à ordem levítica, pois Abraão, bisavô de Levi pagou dízimos a Melquisedeque e foi abençoado por ele: o superior abençoa o inferior.

É constituído, não segundo uma ordem carnal (a lei que foi dada através de Moisés) revogada por causa da sua fraqueza e inutilidade, mas conforme a nova aliança da regeneração eterna, pela qual nós chegamos a Deus.

É fiador desta nova aliança, superior à anterior, podendo salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

É sacerdote perpétuo, imutável, já que vive para sempre, enquanto que Arão morreu, passando o sacerdócio para seu sucessor, e assim sucessivamente.

É santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus, não necessitando oferecer todos os dias sacrifícios por seus próprios pecados.

Ofereceu-se a si mesmo uma vez por todas, não precisando oferecer sacrifícios pelo povo diariamente, como o anterior.

Constituído por juramento pelo SENHOR (Sl 110.4) e não pela lei, que constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza.

O pouco tempo decorrido foi prova adicional da natureza milagrosa do florescimento. Moisés trouxe as varas todas de dentro do tabernáculo para serem vistas pelo povo, e eles viram e tomaram cada um a sua vara. O SENHOR ordenou que a vara de Arão fosse colocada dentro da arca (com as tábuas da lei (Dt 10.5) e o pote de maná (Êx 16.33), para sinal aos rebeldes. Quem voltasse a murmurar, morreria. Contudo, o povo ainda estava se condoendo, temendo morrer se por acaso se aproximassem do tabernáculo do SENHOR. E todos descendentes de Arão seriam sacerdote por ordenança de Deus.

 

Antes de considerar os vários aspectos bíblicos do sacerdote, é necessário mostrar quais são as características essenciais do sacerdócio. Que devia o sacerdote fazer, na sua qualidade de sacerdote, que nenhum outro pudesse realizar sob quaisquer circunstâncias? A mais exata definição de sacerdote acha-se em Hb 5.1. O sacerdote era ”constituído nas coisas concernentes a Deus a favor dos homens”. Quer isto dizer que ele apresentava ao Senhor coisas, dons e sacrifícios, ofertas do homem a Deus; e o seu trabalho era realmente oposto ao do profeta, que devia revelar Deus ao homem. Nesta consideração, a idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus. O sacerdote apresenta-se entre o homem e Deus, como na verdade aparece o profeta entre Deus e o homem.
Quando o sacerdote efetuava qualquer outro trabalho, já não era como sacerdote que exercia essa missão, mas somente como executante das funções de outros homens. Este ato do sacerdote, na sua obra para Deus, é sempre acentuado nas Sagradas Escrituras (Ex 28.1; Ez 44.16; Hb 7.25). Nos tempos patriarcais, o chefe da família, ou da tribo, operava como sacerdote, representando a sua família diante de Deus. Foram assim considerados Noé, Abraão, Isaque e Jacó.
Na época do Êxodo havia israelitas que possuíam este direito de sacerdócio, e o exerciam; mas tornou-se necessário designar uma ordem especial para desempenhar os deveres sacerdotais, sendo a tribo de Levi a escolhida para esse fim. Desta tribo saíram os sacerdotes arônicos, que eram os mediadores entre o homem e Deus. Os filhos de Arão eram sacerdotes, a não ser que tivessem sido excluídos por qualquer incapacidade legal. Esta disposição continuou no reino do Sul por todas sua história. E o fato de ter Jeroboão instituído o seu próprio sacerdócio mostra a essencial necessidade de uma mediação. Desta maneira o sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus, e por conseqüência a necessidade de certas condições, para que o pecador pudesse aproximar-se da Divindade.
O homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício, e estar perto de Deus pela intercessão. Quando Esdras voltou do cativeiro, reconstituiu as determinações leviticas, assim continuando tudo na sua substância até à destruição de Jerusalém.

No Novo Testamento, as poucas passagens nos evangelhos em que ocorre a palavra sacerdote referem-se apenas ao sacerdócio judaico. Em relação com o Cristianismo, o termo “sacerdote” nunca é aplicado senão a Jesus Cristo. As funções sacerdotais, relacionadas com o sacrifício e a intercessão, acham-se, freqüentemente, no Novo Testamento em conexão com Jesus Cristo (Mt 20.28; Rm 8.34; Ap 1.5); mas somente na epístola aos Hebreus, é que estas funções lhe são atribuídas como sacerdote. O sacerdócio de Cristo é a nota tônica da epístola aos Hebreus, e emprega-se para mostrar a diferença entre a imaturidade e a maturidade espiritual.
Aqueles que conhecem Jesus Cristo como Salvador têm um conhecimento elementar do mesmo Jesus como Redentor; mas os que o conhecem como Sacerdote são considerados como possuidores de maior conhecimento e experiência. A redenção é, em grande parte, negativa, implicando livramento do pecado; mas o sacerdócio é inteiramente positivo, envolvendo o acesso a Deus.
Os cristãos hebreus conheciam Cristo como Redentor, mas deviam também conhecê-Lo como Sacerdote, oferecendo-se então a oportunidade de um livre e corajoso acesso a Deus em todos os tempos. Este sacerdócio de Cristo acha-se associado com o de Melquisedeque, um sacerdócio misterioso, que vem mencionado em Gn 14, e recordado em tempos posteriores no Salmo 110. O argumento da epistola aos Hebreus é que o fato de ter sido mencionado naquele Salmo um sacerdócio diferente do de Arão, era uma prova de que alguma coisa superior ao sacerdócio de Arão era necessária. O sacerdócio de Melquisedeque é referido para explicar a pessoa Divina do sacerdote, sendo a sua obra ilustrada com o sacerdócio arônico, visto como não havia uma obra sacerdotal em conexão com Melquisedeque.
O sacerdócio de Cristo é considerado como estável e eterno, não sendo jamais delegado a qualquer outra pessoa (Hb 7.24). E este caráter do sacerdócio é devido ao fato de que o sacrifício de Jesus Cristo é superior aos sacrifícios do Antigo Testamento, pois é completo, espiritual e eficaz para a redenção (Hb 9.12 a 14; 10.11 a 14). Deste modo o sacerdócio de Cristo nos ensina aquela grande verdade de que o Cristianismo é a “religião do acesso ; e revela-se isso na exortação “aproximai-vos”.

 

CONCLUSÃO

Em Cristo todos os crentes são considerados como sacerdotes; mas o ministro do Evangelho, distinto na verdade do leigo, nunca no Novo Testamento é mencionado como sacerdote. Ele é o presbítero ou o ancião, palavras que têm uma idéia inteiramente diferente. Mesmo o sacerdócio, na referência aos crentes, nunca está associado com os cristãos individuais, mas tem-se em vista a sua capacidade de corporação: “sacerdócio santo” (1Pe 2.5). A verdade fundamental a respeito do sacerdócio no Novo Testamento  é esta: O Servo é um sacerdote!.

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