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LIÇÃO 5ª - OBADIAS, O PROFETA DA RETRIBUIÇÃO



ESCRITO PELO NOSSO DIRIGENTE DA EBD O IRMÃO GILVAN GOMES





Amados, a paz do senhor! É com alegria que voltamos a comentar mais uma importante lição da EBD.
Desta feita com o tema:


OBADIAS, O PROFETA DA RETRIBUIÇÃO


INTRODUÇÃO:


Sobre Obadias, com apenas 21 versículos, o livro de Obadias é o mais curto entre os profetas menores, nenhuma outra fonte menciona Obadias, muito embora este nome fosse comum no A.T. Seu nome significa “Servo de YAHWEH”, e reflete a fé de seus pais e as ambições espirituais que tinham para seu filho.



Quanto ao título “Visão de Obadias “ chama a nossa atenção para o autor divino, sendo (visão) um termo técnico para uma revelação profética recebida de Deus. Obadias tinha palavras amargas e iradas para Edom, uma nação que não mais existe na nossa época porque Deus inspiraria um profeta a escrever, ainda que um livro curto, com o tema  principal sobre uma nação tão obscura? Obadias estava enfurecido por causa de uma ocasião em que os edomitas deveriam ter vindo em socorro de Judá como seus aliados, em ataques estrangeiros, mas  em vez disto, aproveitaram-se da situação.
Quando Edom traiu o povo de Jerusalém(vv.13,14)? Há duas possibilidades:



I - Uma primeira possibilidade é a de que em meados do século IX a.C., Edom revelou-se contra Judá (2 Rs 8. 20,21; 2 Cr 21.8-10). Posteriormente, os filisteus e os árabes invadiram Judá e  levaram toda a fazenda que se achou na casa do rei, como também a seus filhos e suas filhas e suas mulheres ; de modo que  não lhe deixaram filho, senão a Joacaz, o mais moço de seus filhos (2 Cr 21.17). Todavia, apesar deste ataque , Joacaz(acazias) tornou-se rei depois da morte de seu pai, e Judá permaneceu independente. O texto dos livros de Crônicas nada diz sobre um papel que Edom tenha desempenhado neste ataque.          
Uma segunda possibilidade de a invasão dos babilônios, liderados por Nabucodonosor, em 587 a.C. Neste evento catastrófico, os babilônios tomaram Jerusalém e incendiaram o templo. Por conseguinte, este parece ser o mais provável cenário para o livro de Obadias. Os edomitas deviam ter sido aliados de Judá (Jr 27.1-11), mas aliaram-se aos babilônios  (Sl 137.7; Ez 25.12; 35.15).     




II –Quanto ao primeiro ponto da lição o assunto comentado é soberania de Deus e livre arbítrio humano temas que para alguns estudiosos da Bíblia é de difícil compreensão, porém            veja o que as escrituras nos diz:
A perspectiva bíblica envolve uma forte noção da soberania divina acima das questões do mundo e dos homens, uma vez que pressupõe a liberdade e a responsabilidade humana(confira as narrativas da morte de Saul, em I Sm 31.1-6 e I Cr 10.8-12). Uma doutrina adequada da providência divina requer a conciliação destas duas correntes de ensinamento bíblico sem comprometer nenhuma. 



Isto provou ser extraordinariamente difícil. Por um lado, a perspectiva de Agostinho e Calvino interpreta a providência divina em termos de predeterminação, Deus decidindo de antemão o que irá acontecer. É difícil ver como esta interpretação pode preservar a liberdade humana ou evitar fazer de Deus  autor do pecado, uma vez que (por exemplo) teria sido ele, então , que motivou Judas a trair Cristo. Por outro lado , os que defendem as visões revisionistas(por exemplo, o teísmo declarado)admitem livremente que, como consequência da negação do conhecimento de Deus sobre eventos contingentes futuros, uma doutrina forte da providência torna-se  impossível. Ironicamente, para explicar as profecias bíblicas de eventos futuros, os revisionistas são muitas vezes reduzidos a apelar para as mesmas explicações deterministas que oferecem os adeptos de Agostinho e Calvino.




O Molinismo apresenta uma solução atraente. Luis Molinas(1535-1600) definiu a providência como a organização que Deus faz das coisas para os seus fins, diretamente ou indiretamente, por meio de causas secundárias. Para explicar como Deus pode ordenar as coisas  por meio de causas secundárias que são por si só, agentes livres, Molina apelou para a sua doutrina do conhecimento divino médio.
Molina analisou o conhecimento de Deus em termos de três estágios lógicos. Tudo o que  Deus conhece, ele conhece eternamente , de modo que não há sucessão temporal para o conhecimento de Deus ; apesar disto, existe um tipo de ordem lógico conhecimento de Deus, no sentido  de que o seu conhecimento de certas verdades é condicionalmente ou explanatoriamente anterior ao seu conhecimento de  outras  verdades.




No primeiro estágio, o Senhor conhece todas as possibilidades, não somente todas as criaturas que Ele poderia criar, mas também todas as ordens de criaturas que são possíveis . Por meio desse conhecimento, chamado natural, o Senhor em o conhecimento de cada estado contingente de coisas que poderia possivelmente acontecer, e o que cada criatura livre poderia decidir fazer, livremente, diante de tal estado de coisas.
No segundo estágio, Deus possui o conhecimento de todas as proposições contrárias aos fatos (declarações na forma “Se  X fosse o caso , então Y seria o caso)”, incluindo declarações contrárias sobre o que as criaturas fariam livremente, em várias circunstâncias. Enquanto, no seu conhecimento natural, Deus sabe o que cada criatura livre poderia fazer em qualquer conjunto de circunstâncias, neste segundo estágio Deus sabe o que cada criatura livre faria livremente , em qualquer conjunto de circunstância.




III – O principio da retribuição:
Ao falarmos neste princípio que até mesmo a natureza no seu curso habitual nos traz algumas lições , por exemplo: se certo tipo de animal apenas recebesse vida e se recusasse a dá-la, sua espécie logo seria extinta. Tanto o mar da Galiléia quanto o mar Morto recebem suas águas das montanhas do Líbano, o primeiro está repleto de seres viventes, pois a água é  fresca e flui constantemente para o rio Jordão, ele recebe e dá o que o torna uma fonte de abundância, o mar morto contudo faz jus ao seu nome recebe águas decorrente das montanhas mas não tem saída que dê curso as suas águas tornando um grande lago infértil, como isso vemos que na  própria natureza também exista a lei da retribuição; e as escrituras está repleta de textos mostrando a justiça de Deus, medite comigo:




Deus se encarrega de julgar nossas falhas, com certeza, mas isso não deve servir de motivo para que aproveitemos da desgraça alheia e nos regozijemos de nossos desafetos quando eles estiverem sendo julgados. Como já foi dito, os israelitas estavam sendo  julgados por Deus, por causa de seus pecados. Até aí, Edom não tinha qualquer ingerência a ponto de receber uma dura palavra da parte do Senhor. Mas quando Edom se propôs a atacar os israelitas e maltratá-los, e entregá-los aos inimigos, então Edom caiu e exterminados, e suas terras, dadas aos que antes tinham atacado. Deus não espera que venhamos a dar uma “forcinha” na forma com que ele decide exercer seus juízo para com as pessoas. A ira do homem não opera a justiça de Deus. Por isso  deixemos que Ele ajuste as contas  com os que nos perseguem, pois os tratará com um grau de justiça diferente do nosso.


CONCLUSÃO


Como um Deus tão bondoso e amável pode ser também tão severo e até para ”alguns” rigoroso? Pois bem veja o que diz Paulo aos Romanos: “Não vos vigueis a vós mesmos , amados , mas daí lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança: eu recompensarei, diz o Senhor”.(Rm 12.19). Essa palavra é tão válida para nós quanto o foi para os romanos. Precisamos sempre  tomar cuidado com a possibilidade de “ tirar uma casquinha” de nossos inimigos no dia em que o Senhor os julgar. O escritor aos hebreus traz essa mesma ideia, mas com um acréscimo: “Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo “(Hb 10.30). O acréscimo vem na parte final: “O Senhor julgará os seu povo”. Isso deve nos fazer andar em temor, pois não estaremos isentos do julgamento de Deus também.
“Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus, e se primeiro começa por nós , qual será  o fim daqueles  que  são desobedientes ao evangelho de Deus?” (I Pe 4.17). Essa é uma amostra do padrão  de justiça divina. Com Deus  não tem  coerência o ditado corrente  entre estudantes de Direito que diz ”Aos amigos, a lei; aos inimigos, os rigores que não  sejamos surpreendidos por tal evento, andemos em conformidade não apenas no relacionamento com Deus, mas também com nosso próximo e também até com nossos adversários.
Amém!
 



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