Este comentário foi escrito pela jovem Sara, professora da sala dos adolescentes.
Em 539 a.C, Ciro, rei
da Pérsia, autorizou os judeus exilados a volta da Babilônia para Jerusalém,
para que pudessem reconstruir o templo de Salomão. Esta autorização de Ciro
pode ser confirmada até por fontes extrabiblicas, como por exemplo, o cilindro
de Ciro que atualmente se encontra no Museu Britânico.
Muitos judeus
voltaram para Jerusalém com o intuito de reconstruir o templo. Contudo, por
causa da oposição dos samaritanos o trabalho foi parado (536 a.C) Passado um
tempo, em 520 a.C, um novo rei, Dario I, permitiu que fosse retomada a
reconstrução de Jerusalém. E é aí que o profeta Ageu entra em cena, encorajando
o povo.
O povo parecia ter se
acomodado com sua situação e não se preocupavam muito com as obras para o
templo e sua ornamentação, preferiam decorar suas casas enquanto a do Senhor
estava destruída. Quanto a isso o profeta adverte:
“Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas
forradas, enquanto esta casa fica deserta?”
Ageu 1:4”
Podemos perceber
também que como castigo pela ingratidão daquele povo houve uma crise econômica,
apesar de a semeadura ser abundante produzia muito pouco:
“Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos
fartais; bebeis, porém não vos saciais; vesti-vos, porém ninguém se aquece; e o
que recebe salário, recebe-o num saco furado.
Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai os
vossos caminhos.
Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a
casa; e dela me agradarei, e serei glorificado, diz o SENHOR.
Esperastes o muito, mas eis que veio a ser
pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro.
Por que causa? disse o SENHOR dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está
deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa”.
Ageu 1:6-9.
Porém sabemos que o
Senhor não permite que o seu povo permaneça no erro. Por isso, Deus enviou o
profeta Ageu que fez com que os judeus refletissem. Eles precisavam da
segurança de que ainda eram do Senhor e de que sua aliança com Ele continuava
firme. Ageu ofereceu, nas suas profecias, esperança para o futuro confirmando a
aliança e a escolha de Deus de Jerusalém como o lugar onde o seu nome
permaneceria para sempre e onde o trono de Davi seria eterno.
Então, houve um
desejo em Zorobabel, governador de Judá, e de Josué, sumo sacerdote, em
construir um novo templo. O povo mudou de atitude, reconheceu que havia uma
responsabilidade em suas mãos e que a obra de Deus deve estar sempre em
primeiro plano. Ocorreu um verdadeiro
avivamento entre eles e isto acontece toda vez que escolhemos fazer a vontade
de Deus.
Até o rei, Dario
Histaspes, ajudou com contribuições para não faltar nada na obra e ainda pediu
orações, reconhecendo que o Deus de Israel é poderoso e se importa com o seu
povo.
Embora o livro de
Ageu seja pequeno, está repleto de lições e promessas. Devemos aprender a administrar o nosso tempo e dá valor ao que
realmente importa. Somos o povo de Deus e temos uma aliança com Ele, portanto,
precisamos sempre estar dispostos a ouví-lo e obedecê-lo.
É necessário
disposição e coragem para fazer a obra de Deus. Não se acomodar com a situação
em que nos encontramos para que assim o nome do Senhor seja glorificado e que
todos possam ver em nossas vidas suas promessas se cumprindo.
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