este comentário foi escrito pelo nosso professor Flávio José da classe dos senhores
INTRODUÇÃO
Diz
o ditado se conselho fosse bom não se dava se vendia o ditado não se enquadra
na bíblia Sagrada. Sempre gostei de ler as cartas de
Paulo, elas são cheias de conselhos práticos como “regozijai-vos no Senhor”, que se destaca em
toda a epístola. Ele não acha penoso repetir “escrever-vos as mesmas coisas”
essa verdade tão vital e pratica, sabendo que ela oferece “segurança” contra os
erros. As advertências são contra a insistente propaganda dos mestres
judaizantes, que pregavam que a simples fé na obra consumada de Jesus, no
CALVÁRIO, não era suficiente e precisava ser complementada pelas obras da lei,
isto é, a circuncisão, as festas cerimoniais, os jejuns etc. Nesta mensagem,
Paulo dá um golpe fatal na religião que se deixa determinar por exterioridades.
Ele classifica as pessoas que pervertem o Evangelho como “cães” e “maus
obreiros”, suas obras eram mais, tanto nos seus propósitos quanto nos
resultados debaixo do jugo da lei. Paulo
os identificava claramente com a circuncisão, considerada por ele como prática
inócua no que se refere a graça. A palavra grega empregada para circuncisão é
peritomê “fazer incisão em volta”. O objetivo de Paulo é explicar que a
cerimônia da circuncisão não passava duma “incisão” na carne como qualquer
outra. Não que a circuncisão em si não fosse honrosa, mas só enquanto vigorava
o pacto que lhe deu origem. Vindo a Nova Aliança, porem, estabelecida por
Cristo e rejeitada pelos judeus, a “circuncisão”(carnal) deles acabou se
tornando um meio de privá-los da verdadeira circuncisão, a do Espírito. A
cerimônia tornou-se mera “incisão” na carne, sem efeito espiritual, enquanto a
verdadeira “circuncisão” atinge o coração, os lábios e os ouvidos do cristão
(Jr 4.4; 6.10; 9.25,26; 31.33)” Circuncidai-vos
ao SENHOR, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes
de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo
que não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras. “ A quem falarei e testemunharei,
para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e não podem ouvir;
eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa, e não gostam dela.”
“ Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que castigarei a todo o circuncidado
com o incircunciso. Ao
Egito, e a Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que
cortam os cantos do seu cabelo, que habitam no deserto; porque todas as nações
são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração. “ “ Mas esta é a aliança que
farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha
lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e
eles serão o meu povo. “
A verdadeira circuncisão é uma prática espiritual, significando um
serviço apresentado a Deus pelo Espírito Santo e que glorifica somente a
Cristo. O coração circuncidado não cede lugar ao egoísmo ou à vangloria.
O apostolo, em seguida, passa a citar algumas razões em que poderia
gloriar-se nas coisas naturais, se o quisesse. Ele se coloca na posição
vantajosa de ser judeu, a fim de reforçar seu argumento e expor o erro dos
judaizantes. Paulo gozava duma posição irrepreensível, segundo qualquer critério
judaico, quando à raça, nascimento e seita. Ele era “ultrajudeu” e “ultrafariseu”.
Contudo, tais honras só são por ele mencionadas para que possa colocálas no pó,
aos pés de Cristo, abandonando-as ali como coisas da mais total inutilidade
CONCLUSÃO
Paulo ensinou aos filipenses que a
confiança em Cristo nos garante alegria. Tal felicidade independe das
circunstâncias e faz-nos enfrentar todas as dificuldades comuns às demais
pessoas com uma diferença: temos esperança! Paulo também mostrou aos filipenses
que as leis do Antigo Testamento e seus ritos tinham sua importância, todavia,
a obediência a tais leis e ritos não garantiam a salvação de ninguém. O que
deve ser considerado pelo crente é o seu relacionamento com o Cristo
ressurreto.
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