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LIÇÃO 11ª- UMA VIDA CRISTÃ EQUILIBRADA




ESCRITO PELO PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES FLÁVIO JOSÉ 





INTRODUÇÃO

“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração de suplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” . O nosso equilíbrio depende da nossa fé?



Por uma fé equilibrada!



Muitos pregam uma fé somente de bênçãos, de vitórias, de prosperidade. Chegam até perto do absurdo de na prática (não no discurso direto) de compararem a Deus a uma espécie de "gênio da lâmpada" pronto e na obrigação de conceder todos os nossos desejos. Não é isso que ouvimos em quase todo o tempo em muitos púlpitos e na TV? Convites a "aceitar" a Jesus, pois fazendo isto, todos os nossos problemas automaticamente acabam, não ficamos mais doentes e passamos a enriquecer; e testemunhos do tipo "depois que aceitei Jesus passei a ser dono de meu próprio negócio, possuo três casas próprias e quatro carros na garagem". Vemos neste tipo de discurso uma hipervalorizarão do "eu" ao invés de Cristo, um evangelho egocêntrico e não "Cristocêntrico", ou seja, um "pseudoevangelho" que enfatiza que Jesus veio apenas para nos servir. Pergunto: Afinal quem é o Senhor, Jesus ou nós?


Por outro lado, no outro extremo, há aqueles que pregam e ensinam que para agradar a Deus e para sermos salvos, precisamos sofrer até a morte. Que a vida aqui nesta terra é apenas de provações e que somente seguindo o exemplo de abnegação e morte de Jesus, devemos viver aqui uma vida inteira sem prazer algum nem contentamento próprio, pois só assim conquistaríamos a vida eterna e conseguiríamos cumprir os propósitos de Deus em nós e para com os nossos semelhantes. Esta "Teologia do Sofrimento" está muito próxima àquela que prega o uso de penitências e coisas semelhantes para o merecimento do favor de Deus. Neste tipo de pensamento, a alegria só existe no céu, não aqui. Aqui seria somente o caminho árduo para um dia conquistarmos com nosso sacrifício, a salvação e a felicidade após a morte. Pergunto: Afinal quem é o Cristo, o Salvador, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jesus ou nós?



Apesar dos dois exemplos supracitados serem antagônicos na maneira de enxergar a fé, não só teoricamente, mas principalmente em sua forma prática, ambos tendem a desvalorizar a obra vicária e salvadora consumada na cruz do calvário pelo Senhor Jesus Cristo por nós. Ou seja, o primeiro caso "barateia" seu sacrifício e a seriedade com que devemos observar e obedecer a seus ensinamentos e mandamentos. Coloca-o em uma posição de servo e não de Senhor e minimiza nossa real necessidade de salvação apresentando uma fé imediatista, egoísta e preocupada apenas com as questões deste mundo. Por outro lado, na visão em que o sofrimento é hipervalorizado, há uma tendência à valorização exagerada da morte do nosso "eu", digo exagerada, pois acaba reprimindo até nossa própria personalidade, nossos sonhos lícitos para esta terra (não somente para eternidade), impondo-nos um fardo que Deus não colocou. Além disso, acaba desvirtuando o único caminho de salvação que é exclusivamente pela fé em Jesus Cristo, pois nossas próprias obras humanas são ineficientes para nos salvar.


Com estes tipos de pensamento fica muito difícil o equilíbrio moral e espiritual do povo de Deus. Por isso a fé deve sofrer manutenção diária, para que o crente não se confunda com ensinamentos heréticos. O homem tem a sua essência dentro da tricotomia ou seja ele tem corpo, alma e espirito, dentro deste pensamento o equilíbrio perfeito esta nas três essência. A causa de muitos suicídio esta na falta deste equilíbrio.  "Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,  com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz." (Ef. 4.1-3).



Uma vida cristã equilibrada vem de uma postura correta diante de Deus. Quando uma pessoa conhece realmente a Deus e procura andar de acordo com seus preceitos sua vida terá significado e também segurança. A exortação do apóstolo Paulo aos de Éfeso foi: “andar de modo digno”. Este andar enfatiza um viver cristão equilibrado. O apóstolo após falar sobre a nova sociedade criada em cristo avança para os padrões nos quais esta sociedade deve andar. O que então seria o contrário de uma vida equilibrada? Seria uma vida sem ética e cujas crenças são fragmentadas. Seria uma vida incoerente. As ações não corresponderiam as suas crenças. No entanto, entendemos que a nossa fé determina nossas experiências. Assim sendo, o que cremos deve fazer parte do nosso viver diário. Esta é a exortação de Paulo. A sua palavra era para que os cristãos de Éfeso vivem o evangelho cotidianamente. Aqui está o equilíbrio: uma vida onde a fé e a prática andam juntas.


CONCLUSÃO


Não podemos viver um dia a todo vapor e no outro ficarmos estáticos. O evangelho deve ser vivido com coerência, prudência e equilíbrio. Isto implica em ações bem refletidas à luz das Escrituras. Um cristão equilibrado saberá lidar com as questões diárias de sua vida mantendo-se firme nos alvos certos e  dosará sua força utilizando-a apenas nas  horas necessárias. Sua intenção é conhecer ao Senhor e crescer diante Dele. Sua vida crescerá em maturidade à medida que busca a Deus na oração e na Palavra. Não se desvia para outros caminhos pois entende que o mais importante é “buscar a Deus em primeiro lugar”.

Que Deus nos ajude!



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