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LIÇÃO 2º - O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS

       ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO POR NOSSO DIRIGENTE DA ESCOLA DOMINICAL, O IRMÃO GILVAN GOMES
  
INTRODUÇÃO:

Os dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente para o serviço. Seu exercício é fundamental, tanto na adoração como na edificação da igreja. Eles podem ser classificados em três grupos:  I- dons de revelação;(palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos).  II-dons de poder; (fé, dons de cura e operação de milagres). III-dons de inspiração; (profecia, variedades de línguas e interpretação de línguas). Rm.12 vrs8-10.                                                        

 VAMOS RECAPITULAR:


Definição teológica: A palavra 'dom' vem do vocábulo grego Charisma e significa ''graça'', ''favor'', ''dom especial da graça divina '', ''donativo de caráter imaterial, dado de graça'' por meio do Espírito Santo. O plural do ''Charisma'' é ''Charismata'', vocábulo largamente empregado pelos cristãos pentecostais em todo o mundo.  Por sua vez ''Charisma'' deriva de ''charis'' que quer dizer graça, encanto, beleza, favor, benevolência Os dons, portanto, são dotações ou concessões especiais e sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar a Igreja, e de capacitá-la para a realização de obra de Deus.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS

 Não confundir os dons espirituais com naturais, estes são congênitos, surgem com a pessoa. Eles, devidamente canalizados para certos trabalhos na obra de Deus, tornam-se úteis. Mas não os confundamos com os "dons espirituais". A Bíblia destaca homens e mulheres que possuíam os "dons naturais", para cantarem, tocarem instrumentos musicais e outras atividades.


                        OS DONS NÃO SÃO ATESTADOS PESSOAIS DE SANTIDADE


“ Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória. II Corintios  3.  18
É uma falsa ideia imaginar que o possuidor do dom espiritual seja mais santo ou espiritual que os outros. A santidade ou espiritualidade de um cristão não se mede pela manifestação de um dom. O Espírito Santo não depende do mérito da santidade de ninguém. Quando Jesus, por intermédio de Pedro e João, libertou o coxo de nascença, na Porta Formosa, o povo se maravilhou e de certo modo, atribuiu o milagre aos dois apóstolos. Mas Pedro rejeitou esta glória, ao dizer: "Homens israelitas, por que maravilhais disto? Ou por que olhais tanto para nós, como se por nosso próprio poder ou santidade fizéssemos andar a esse homem." Eram pessoas problemáticas que, ao mesmo tempo, almejavam a vitória em Cristo. Os dons não são dados para a vaidade particular de ninguém.

FERVOR E ESPIRITUALIDADE


Os crentes de Corinto tinham dons espirituais (1.7), mas muitos eram imaturos, insubmissos, ignorantes da doutrina reveladora dos dons, além de carnais. Em uma igreja é possível haver crentes fervorosos, que gostam de movimento e agitação sem, contudo, haver espiritualidade real, advinda do Espírito Santo. Às vezes o que parece fervor espiritual é mais emociona lismo, resultante de motivações e mecanismos externos. Tal fervor é passageiro, ao passo que a verdadeira espiritualidade está intimamente relacionada ao exercício da piedade e da vida cristã consagrada (Ef 4.17-32).
O crente experiente na fé pode ser “fervoroso no espírito” (Rm 12.1,2,11). Todavia, é preciso compreender que essa maturidade cristã não vem primeiramente pelo exercício dos dons ou pelo tempo de conversão.
2. Dons espirituais sem o fruto do Espírito (Gl 5.22; Ef 5.9). Havia abundância de dons na igreja de Corinto (1 Co 1.7), todavia não eram utilizados de forma equilibrada, visando o progresso da obra do Senhor. Os crentes exerciam os dons para demonstrar níveis de maturidade e de santificação, tornando-se assim, carnais (1 Co 3.1), ignorantes (1 Co 12.1) e meninos (1 Co 14.20).
Não são os atos miraculosos realizados e os diversos dons espirituais (ver Mt 7.22) exercidos que identificam os autênticos servos de Deus, mas os seus frutos. É o fruto que revela a natureza da árvore. O que atesta a autenticidade de um cristão não é primeiramente o que ele faz, mas o que ele é ante a Palavra de Deus (Mt 5.13-16). Os dons têm a ver com o que fazemos para Deus. O caráter cristão com o que somos para Ele.
3. O culto e a utilização dos dons na igreja. Os dons não se destinam a realização individual ou manipulação seja do que for, mas servem para o desenvolvimento, crescimento, amadurecimento e edificação do corpo de Cristo (1 Co 14.3-5,12,26). Os principais elementos de um culto espiritual encontram-se em 1 Coríntios 14.26.
 O fervor religioso e a espiritualidade cristã, resumem-se no equilíbrio entre os dons e o fruto do Espírito. É o fruto e não os dons, que autentica a verdadeira espiritualidade cristã.

OS DONS ESPIRITUAIS CAPACITAM O CRISTÃO A FAZER A OBRA DE DEUS COM GRAÇA E EFICIÊNCIA (I CORÍNTIOS 12. 4.7)

   
Os dons pertencem ao Espírito Santo. Eles não devem ser manipulados por ninguém, e não se pode atribuir a terceira pessoa da Trindade algo que ele não inspirou, e nem autorizou a dizer ou fazer. O Espírito Santo manifesta-se no coração humilde e respeitoso. Somos para ele apenas os instrumentos para a realização de sua obra.

 A ANÁLISE DOS DONS ESPIRITUAIS

O conjunto dos dons Espirituais.
Há dois catálogos de dons espirituais: o de I Coríntios 12.8, e o de I Coríntios 12.28. O primeiro são os dons espirituais propriamente ditos, concedidos à igreja de forma geral. O segundo são os dons de ministério, concedidos apenas aos ministros (comparar com Efésios 4.11). Além desses dons há também os dons de serviço (Romanos 12.6-8).
CONCLUSÃO:

Queridos: Sem dúvida alguma, concordamos que o batismo com Espírito Santo é a porta de entrada  para os demais dons espirituais do qual usamos a expressão "viver na plenitude do Espírito". Porém  é de fundamental importância atentarmos para o que está escrito no  cap. 13 de I Coríntios. O amor que aparece neste texto citado como "caridade", que no seu sentido contextual aponta principalmente para Cristo, que provou não apenas com belos discursos, como faziam os fariseus e escribas, mas, principalmente com atitudes (Romanos 5.8), curando os enfermos, libertando os aprisionados pelo diabo, dando vista aos cegos e acima de tudo isso entregando sua própria vida para salvar a todos quanto a ele se chegam. Sem desprezar os demais dons, uma vez que todos provêm de uma única fonte o Espírito Santo, do qual já aprendemos em lições anteriores é a terceira pessoa da Trindade. Portanto, irmãos, busquemos essas dádivas por meio de oração, jejuns e súplicas, uma vez que não recebemos por méritos próprios e sim pela graça de Deus. Quanto à classificação dos dons e sua operação na igreja aprenderemos nas lições seguintes.
Que Deus continue nos abençoando.  

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