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7º lição - Paulo, um modelo de líder-servidor

Peço desculpas por ter publicado essas duas últimas postagens na sexta-feira e não até quarta, alguns contratempos me obrigaram atrasar essas postagens, mas consegui publicar antes do sábado, Deus seja louvado por isso. Quantos mais cedo publicar melhor, embora que acredite que sempre é bom trabalharmos bem as lições na mente e isso envolve tempo. Todavia, nessa oportunidade eu mesmo estou fazendo um comentário à sétima lição, espero que eu seja um canal de benção que provém de Cristo a todos que lerão esse comentário, Deus abençoe a todos.


 


“Antes como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo” (II Coríntios 6.4)



Como é bom termos para com Deus e para com os homens a consciência limpa! Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência (II Coríntios 1.12). Sempre tendo motivo para glorificar a Deus pelo testemunho que damos da obra de seu Santo Espírito em nossas vidas.

Por essa razão Paulo não deixava de insistir na pregação da reconciliação nossa para com Deus, pois somente por meio dessa reconciliação, e não nas obras, temos a salvação. Até porque pela graça somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus (Efésios 2.8), pois sabemos que em nós, isto é, na nossa carne, não habita bem nenhum, pois nós queremos fazer o bem, porém não o conseguimos realizar por nós mesmos (Romanos 7.18), no entanto se em nós está o Espírito de Cristo o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça (Romanos 8.10)

 
Paulo, então, exultava, pois Cristo o escolheu para pregação do evangelho, ele que antes era inimigo, agora se tornava útil para o Reino, até o ponto dele poder aconselhar os efésios a se despojarem do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, para se revestirem do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade (Efésios 4.22-24). Isto é, tendo em mente que Deus possui o poder regenerador de fazer novas todas as coisas, dando aos homens um novo coração, o indicador de uma nova criatura, o evangelho é, pois esperança. Esperança de fazer novo aquilo que pelo pecado estava destruído, pois Cristo veio para desfazer as obras do diabo. Aonde havia morte, há vida, aonde abundou o pecado, superabundou à graça. Porque na esperança somos salvos.


 
Contudo na Bíblia sempre tem o “se”. Como, por exemplo: Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós (Romanos 8.9); e: Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos... (Hebreus 3.14); e ainda: Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus (Efésios 4.20-21).

 
Paulo inicia o capítulo seis de II Coríntios nos lembrando que a salvação não é um processo automático, no sentido em que não seja necessário esforço humano para efetuá-la. Nesse ponto cabe um comentário, ainda que curto, para que não haja confusão: a Deus pertence à salvação e não ao homem (Jonas 2.9), mas se alguém não tem para com Ele Fé nem coração submisso e obediente, se esta pessoa não O ama de verdade, é impossível que tal pessoa tenha em si a salvação de Deus. A fé não é de todos (II Tessalonicenses 3.2)

 
Por isso, devemos ter cuidado para não receber a graça de Deus em vão (II Coríntios 6.1). O Senhor é Deus misericordioso, mais do que isso tem prazer em ser benigno e compassivo, porém em nome da Sua justiça não pode ter o culpado por inocente. E nesse sentido o escritor da epístola de Hebreus nos adverte: Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado (Hebreus 3.12-13).

Vemos que o escritor da epístola refere à advertência aos que chama de irmãos, indicando-nos que o alerta recai a igreja e que esta está sendo tentada constantemente a se desviar de Cristo pelo engano do pecado. Na nossa caminhada a Canaã espiritual, devemos tomar o exemplo de Israel que caminhava para o descanso terreno, pois se Deus foi rigoroso com eles que desprezaram aquele que clamava a respeito da terra (Moisés que falava por Deus ao povo) o que será se desprezarmos aquele que nos guia do céu (Jesus Cristo)?


Desse modo devemos olhar firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, não amanhã, mas agora, pois hoje sempre é o dia da salvação (II Coríntios 6.2), para que não nos enganemos com aqueles que honram ao Senhor apenas com os lábios, mas que possuem o coração longe de Deus, apegados com o mundo adeptos apenas das formalidades, como disse o profeta Isaías: Pois que este povo se aproxima de mim (...) mas (...) o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído (Isaías 29.13).


Tais nunca poderão dizer que são cooperadores de Cristo, pois não aprenderam dEle o entregar-se, como o pastor que dá a sua vida pela ovelhas (João 10. 11-13), nem possuem o mesmo sentimento que Jesus teve em que sendo Deus se fez servo encarnando-se (Filipenses 2.5-11), de fato não cooperam com Cristo, antes são seus inimigos, pois sendo orgulhosos, presunçosos de vil ganância, amantes do mundo, facciosos, hereges, blasfemadores e adoradores do próprio ventre, não atraem ninguém ao Reino, conduzem muitos infernos.


Os inimigos de Paulo pareciam com Diótrefes (leia III João). A respeito de Diótrefes ouvimos que este não buscava a glória de Deus, nem a salvação das almas, antes deseja ter o primado, ser o mais importante, ter o reconhecimento vão do mundo, Diótrefes não possuía fé alguma, a fé ele já a tinha perdido a muito tempo se é que teve algum dia fé em Deus, agora caído no engano do pecado, estava enlaçado pelo diabo, de modo que até mesmo resistia autoridade apostólica e difamava os santos de Deus com palavras maliciosas, e não contente com tamanha dissolução ainda expulsava os que desejavam adorar e servir ao Senhor.


Homens como Diótrefes desejam inconscientemente realizar as obras do diabo que é matar e destruir a fé dos chamados ao Reino. Devemos ter cuidado, como a apóstolo João nos adverte, a não imitar ou seguir o que é mal, mas o que é do bem, para que sejamos sempre cooperadores da verdade (III João).


Se nos comportamos prudentemente com temor ao Senhor e à Sua Lei, então estaremos nos recomendando à consciência de todos os homens (II Coríntios 6.4) e pregaremos o evangelho ainda que em silêncio pelo nosso santo proceder e piedade.


Nesse sentido Paulo se colocava a prova de todos, não mostrando ao mundo que era imune aos problemas dessa vida, ao contrário mostrando as angústias, os açoites, as prisões e os tumultos. Mas os sofrimentos a que Paulo suportava não os suportava por ser pecador, adúltero, ladrão ou homicida, mas porque tinha certeza que o fato de ser participante das aflições de Cristo, iria também revelar a glória de Cristo para o regozijo e alegria dele e dos seus ouvintes (I Pedro 4.13).


Dessa forma Paulo mostrava de quem havia aprendido: Jesus de Nazaré, a maneira como devemos se portar na presença de Deus. Que isso sirva de ensinamento aqueles que desejam o episcopado [que pode ser qualquer de liderança eclesiástica], os quais desejam excelente obra, que sejam irrepreensíveis, esposos de uma só mulher, temperantes, sóbrios, modestos, hospitaleiros, aptos para ensinar; enfim, que tenham bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo (I Timóteo 3.1-7)


Por último, que seja enfatizado que os homens de Deus, principalmente os líderes sejam humildes, não desejosos das coisas desse mundo e do poder terreno para que não possam viver a vida a invejar e matar espiritualmente aqueles a quem o Senhor comprou por ser sangue, e acima de tudo que sejam aptos para ensinar, e quem poderá ensinar sem antes ter aprendido por meio da perseverança, paciência e experiência das coisas de Deus? A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento (Tiago 3.17).



Não devemos, ainda, com isso ser orgulhosos. O verdadeiro testemunho que provém a nosso respeito vem da parte de Deus. Pois vêm da parte de Cristo tais palavras: Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste (Mateus 6.1).





(...) os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. (Salmo 1.5-6)



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