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Lição 12 - Visões e Revelações do Senhor

Para essa décima segunda lição tive a honra de contar com o comentário do nosso irmão Manásseis Almeida. Aproveito para agradecê-lo pela maneira solícita com que atendeu esse blog. Desde já confesso também que foi uma grande alegria para mim quando Manásseis aceitou o convite de vir trabalhar conosco na Escola Dominical. Manásseis tem um grau de profundidade bíblica que poucas vezes vir na Assembléia de Deus em Jaboatão, além dele se expressar muitíssimo bem. Mas para que continuar o elogiando, se vocês mesmo podem testemunhar o que eu falei, lendo o comentário abaixo:





Escrito por Manásseis Almeida, professor da classe dos senhores



INTRODUÇÃO


VISÃO – Este termo é empregado tanto no A.T como no N.T no sentido duma manifestação, ou por um sonho, ou doutra maneira, pela qual vem ao homem uma mensagem divina, como aconteceu com Abraão (Gênesis 15.1) Jacó (Gênesis 28.12) Moisés (Êxodo 3.2) Balaão (Números 24.4 a 16) etc.

Aos profetas Deus falou de vários modos, revelando o maior número de vezes a sua verdade, pela realização daquele estado sobrenatural das faculdades sensitivas, intelectuais e morais, a que as escrituras chamam de visão.


1- A GLÓRIA PASSAGEIRA DE SUA BIOGRAFIA

Paulo tinha todas as armas necessárias para gloriar-se, pois a sua primeira revelação foi a caminho de Damasco quando ia prender alguns cristãos (Atos 9.1-30), o próprio Jesus apareceu numa visão: uma luz mais forte que o sol do meio dia! E Paulo caiu por terra, daí pra frente visões sempre foi uma constante na vida deste apóstolo.

Depois já em seu ministério, Paulo teve outra revelação: um homem da Macedônia o chamou para ajudar (Atos 16. 9-10) o evangelho pregado por ele que foi revelado por Jesus (Gálatas 1. 12) e outras tantas que o apóstolo teve, nesta portanto a que ele se refere na carta aos corintos é a mais forte para confrontar aqueles que se opunham ao seu ministério. Paulo é modesto, diz conhecer um homem que a quatorze anos teve uma visão, se no corpo ou não ele não sabia dizer de tão real que era! Foi arrebatado aos céus (terceiro céu) e ouviu coisas inefáveis (doces, amáveis) que não tem nem palavras para descrevê-las. Com isso, Paulo não pretende vangloriar-se, pois se considera um tesouro em vaso de barro (II Coríntios 4.7) e diz que tudo o que é o é pela graça de Deus (II Coríntios 15.10)

1.1 Uma glória passageira

Paulo diz que não tinha de que se gloriar a não ser no evangelho de cristo (I Coríntios 9.16), pois a verdadeira glória está na humildade, o próprio apóstolo se considerava o menor e que não era nem digno de ser chamado apóstolo (I Coríntios 15.9).

1.2 Uma glória permanente

Paulo sabia que a maior glória era aquela que o Senhor já havia preparado para todos os que o aceitassem (Romanos 8.18), no entanto o gosto e gozo de ver os frutos e todo seu trabalho e como o Senhor confirmava seu ministério, Paulo chama de insensata justificativa de sua obra como apóstolo de cristo Jesus (II Coríntios 11. 16-17)


2- AS GLÓRIAS DAS REVELAÇÕES E VISÕES ESPIRITUAIS

No tempo de Paulo e muito antes dele havia uma religião chamada gnosticismo que surgiu na Pérsia e que era muito forte no tempo dos apóstolos eis uma breve explicação sobre gnosticismo:

O gnosticismo acredita que há como que dois deuses; um deus bom e outro mau; e o mundo teria sido criado pelo deus mau, um deus menor, que eles chamam de demiurgo; este seria o nosso Deus da Bíblia, dai todas as tragédias contadas nela. Para esta crença, as almas dos homens já existiam em um universo de luz e paz (Plenoma); mas houve uma "tragédia" – algo como uma revolta – e assim esses espíritos foram castigados sendo aprisionados em corpos humanos, como em uma cadeia, pelo deus demiurgo, e que os impede de voltar ao estado inicial. A salvação dessas almas só seria possível mediante a libertação dessa cadeia que é o corpo, que é mau, e isto só seria possível através de um conhecimento (gnose em grego) secreto, junto com práticas mágicas (esotéricas) sobre Deus e a vida, revelados aos "iniciados", e que dariam condições a eles de se salvarem. Por isso os gnósticos não acreditam na salvação por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo; não acreditam no pecado, nos anjos, nos demônios, e nem no pecado original. Para eles o mal vem da matéria e do corpo humano, que são maus. A Igreja muitas vezes teve que se pronunciar contra isto e muitas vezes relembrou que "tudo o que Deus fez é bom".



Para o gnosticismo tudo que é material foi criado pelo deus mal e deve ser desprezado; assim, por exemplo, o casamento e tido como mau porque através dele o homem (corpo) se multiplica. São Paulo combateu isto em 1Timóteo 4, 1ss. Tudo o que é espiritual teria sido criado pelo deus bom.



Segundo ainda o gnosticismo "cristão", o Deus bom , Supremo, teria enviado ao mundo o seu mensageiro, Jesus Cristo, como redentor (um eon), um “Avatar”, portador da “gnósis”, a palavra revelada a alguns escolhidos e que leva à salvação (libertação do corpo). Jesus não teria tido um corpo de verdade, mas apenas um corpo aparente (docetismo); doceta em grego quer dizer aparente. Jesus teria então um corpo ilusório que não teria sido crucificado. S. João combateu isto em suas cartas (cf.1 Jo 18,-23)



O gnosticismo acredita também na reencarnação para a salvação da pessoa; vê-se então, que é radicalmente oposto ao Cristianismo. (Professor Felipe Aquino)



Portanto diante de “revelações” destas e outras religiões como os estóicos e epicureus (Atos 17.18) O apóstolo tinha sim de gloriar-se e narrar revelações que fizessem sentido, logicamente as que ele Teve reveladas pelo Espírito Santo para convencer as igrejas que aquelas seitas pregavam outro Evangelho.

2.1 Conteúdo das revelações

CÉU- Para os judeus havia pelo menos três céus:

1-a região nublada do ar onde voam os pássaros quePor isso são chamadas de aves dos céus (Jó 35.11)

2-o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o sol, a lua e as estrelas que se chama firmamento ou a expansão do céu (Gênesis 1.8)

3- E o terceiro Céu segundo os judeus achava-se simbolizado pelo santo dos santos, e era a casa de Deus e dos seus santos anjos. Foi para este mesmo céu onde Paulo foi arrebatado (II Coríntios 12.2). Paulo nesta revelação teve a sensação tão real que não sabia se estava no corpo ou no espírito! (II Coríntios 12.4) ouviu coisas que não tinha palavras nem no grego nem no hebraico nem no aramaico, pois elas são entendidas no coração pelo espírito (I Coríntios 2.15)



3- A GLÓRIA DOS SOFRIMENTOS POR CAUSA DE CRISTO

Espinho na carne – Esta expressão tem tido interpretações variadas. Essa aflição na carne, de que falou, era, decerto, qualquer sofrimento corporal, como se fossem murros com a mão fechada (II Coríntios 12.7) estando este flagelo relacionado com suas visões espirituais. Tem se julgado que seria epilepsia, ou qualquer afecção nervosa, aliada a essa doença; e outros sugerem que esse mal era a oftalmia (cegueira) (Atos 23.5; Gálatas 4.15; Gálatas 6.11). De qualquer forma Paulo explica que Esse sofrimento é para que ele não se glorie (II Coríntios 12.7)

3.1 As aflições a serviço do bem

II Coríntios 11 24-27 retrata bem a vida de um homem que viveu para o evangelho, e morreu por Amor ao evangelho de Cristo segundo a história foi decapitado. Mas sabia que a tribulação e as tristezas traziam lições futuras como um fruto pacífico de justiça (Hebreus 12.11) e se gloriava nas tribulações sabendo que essas produziam glórias excelentes (II Coríntios 4.17)

3.2 A fraqueza a seviço da força

“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias nas necessidades nas perseguições nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco aí estou forte” ALELUIA! Deus sempre Deixou claro que a glória é dele e Ele não divide com ninguém (Isaías 42.8) Pois a força vem do Senhor quanto menor somos maior o Senhor se manifesta em nossa vida (João 3.30)






1 comentário

Anônimo em 19 de março de 2010 às 21:14

otimo comentário, li e também fui edificado. [gilvan].