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Lição 7º - O Cuidado com as Ovelhas

A irmã Geitjane não pôde por motivos pessoais e de saúde escrever para esse blog. Por essa razão eu estou em substituição dela propondo um comentário a esta sétima lição.


A lidernça cristã: a imagem de Cristo em contraponto a Narciso



Narciso, segundo a mitologia greco-romana era um jovem de extrema beleza, tanta beleza que o fez recusar o amor da ninfa Eco e os deuses [não acredito na história, até porque é só um mito] por vingança fizeram com que, ele apaixonado pela sua própria beleza, se vendo a imagem refletida na água de  um lago morresse afogado querendo encontrar-se com a aquela imagem. Narciso representa muito líderes atuais que alegres com a sua própria autoridade se destroem em arrogância e insensibilidade, como os fariseus que não enxergaram o Cristo.

O poder pode ser muito perigoso principalmente para aqueles que não foram preparados para exercê-lo ou para os que o exercem de maneira ilegítima. A autoridade exige responsabilidade, cuidado e amor de quem a possui.

Das várias formas de liderança, ao que parece, a Bíblia familiariza muito com a figura do pastor, mencionada pelo rei Davi e por Jesus Cristo dentre seus sermões maravilhosos: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10.11).

Contudo em contrariedade as palavras de Jesus, vários líderes não se comportaram como bons pastores, antes se tornaram peritos mercenários, ladrões e salteadores. E quando um líder se comporta de maneira inconveniente tem ele a capacidade de influenciar negativamente os liderados.

Dessa forma como antes já havia comentado (http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/04/licoes-biblicas-jeremias-esperanca-em_03.html), Manassés foi capaz de contaminar definitivamente todo um país, pois dele ouvimos: Manassés (...) a Judá fez pecar com os ídolos dele (II Reis 21.11) e também ouvimos a respeito dos tempos dos juízes, quando faltava liderança:

Quando o SENHOR lhes suscitava juízes, o SENHOR era com o juiz e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz; porquanto o SENHOR se compadecia deles ante os seus gemidos, por causa dos que os apertavam e oprimiam. Sucedia, porém, que, falecendo o juiz, reincidiam e se tornavam piores do que seus pais, seguindo após outros deuses, servindo-os e adorando-os eles; nada deixavam das suas obras, nem da obstinação dos seus caminhos.

Os líderes servem então para ensinar ao povo as palavras do Senhor, visto que novas gerações estão sempre sucedendo outras, os líderes devem trazer sempre o povo ao conhecimento da verdade, não com má vontade, mas com desprendimento e amor sincero como teve em todo tempo Moisés em quando liderava um povo rebelde e obstinado.

No Antigo Testamento Deus levantou patriarcas, juízes, reis, sacerdotes e profetas, por muitas vezes operou livramento ao seu povo pelas mãos deles, mas na maioria das vezes tais pessoas se desviaram e fizeram errar o povo escolhido por Deus.

O Jeremias então devidamente instruído pelo Senhor vai associar a iminente queda de Jerusalém ao desvio espiritual dos pastores de seu povo:

Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! -diz o SENHOR. Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o SENHOR. (Jeremias 23.1-2)

O grande desafio das lideranças eclesiásticas de hoje é não cair no conformismo e no trabalho feito com má vontade e a contragosto, assim como também não esmagar as ovelhas debaixo da tirania, trabalhando apenas pela ganância, como se fosse dono de lago que não lhe pertence: as ovelhas de Cristo.

Deus talvez não nos tenha dado o dom ministerial de governar o seu rebanho, mas deu a todos, dons ministeriais úteis para edificação da igreja. Devemos então parar de sermos arrogantes e pensarmos que somos donos a casa de Deus [há pessoas que pensam ser grandes líderes não tendo nem a autoridade local, os grandes homens de Deus são, sem exceção, humildes].

Devemos seguir as palavras de S. Pedro: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho (I Pedro 5.1-2)

Lembrando sempre o exemplo do sumo pastor das nossas almas: Cristo que nos ensinou a humildade, a obediência e o verdadeiro espírito liderança, que sempre foi o contraponto dos pensamentos do diabo que pereceu por sua inveja, arrogância e sentimento faccioso. Mas imitemos a Cristo no trato e na autoridade humana, lembrando que um dia prestaremos conta a ele por aquilo que nos confiou.






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