ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO IRMÃO CARLOS ANTONIO DE SOUZA, PROFESSOR DA CLASSE DAS SENHORAS.

Introdução:
Cultura é uma palavra muito usada no nosso vocabulário moderno, constantemente ouvimos a expressão: fulano ou beltrano tem pouca cultura. Porém devemos concordar com uma coisa: todos nós possuimos algum nível de cultura, porque todos nós fomos criados à imagem de Deus. "E vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou'' (Colossenses.3:10).
Mas o que é cultura, e qual é a influência que ela exerce sobre nós? Segundo, o antropologista Edward Tylor: cultura é "aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade.'' Biblicamente vemos o exemplo de homens que infelizmente usaram a cultura para fins nocivos. Jubal, filho de Lameque destacou-se como o inventor de instrumentos musicais. Por isso, ficou também conhecido como o "pai dos músicos" (Gênesis 4:21).
Outro filho dele chamado Tubal-Caim foi o iniciador da metalurgia, ao descobrir e trabalhar com metais (Gênesis 4:22). Estas duas coisas em si não são pecado, pelo contrário até contribuem para o bem estar social e cultural das pessoas em geral, porém após a queda do homem tudo mudou, inclusive suas influências culturais. Hoje, muitas músicas tem letras altamente perniciosas e profanas, crimes homicídios e outros pecados são cometidos por armas chamadas de "armas brancas", como facas cuja matéria principal é o metal.
O livro de Gênesis descreve como o afastamento de Deus pode provocar o uso indevido de coisas que em si mesmo são boas. "A terra, porém, estava corrompida diante de Deus, e cheia de violência" (Gênesis 6:11). Mas como diz as Escrituras, Jesus Cristo é a nossa esperança (l Timóteo 1.1c). Nem tudo está perdido! A igreja deve agora, sem demora, apresentar ao mundo caído valores completamente opostos aos da cultura predominante, ou seja, uma contracultura.
Alguns exemplos bíblicos em suas gerações, servem de modelo e influência até hoje: "Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala" (Hebreus 11: 4). Que diferença do rei Jeorão cujo registro bíblico diz: "morreu sem deixar saudades" (II Crônicas 21:20).
Assim como Paulo, como Daniel, Enoque, Noé, e o próprio Jesus, devemos viver de acordo com os princípios da palavra de Deus em relação a cultura na qual estamos inseridos. Há muitas situações quando a cultura vivenciada pela igreja de Cristo será totalmente diferente daquela que a sociedade moderna segue (II Coríntios 11:16). Devemos examinar tudo e reter o bem (l Tessalonicenses 5:21).
CONCLUSÃO: O evangelho de Cristo deve ser pregado de uma forma transcultural, mas nós devemos respeitar as culturas locais, regionais, desde que estas não vão de encontro à palavra de Deus.
Paulo nunca cedeu a princípios nem doutrinas (Gálatas 2:5), mas soube conduzir-se sabiamente no meio de judeus e gentios evitando assim conflitos desnecessários por causa de costumes e hábitos que em nada ia influenciar na sua salvação (Atos 16. 1-3).
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