Pesquisa

LIÇÃO 5ª - DONS DE ELOCUÇÃO

ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO POR NOSSA PROFESSORA DA CLASSE DOS JOVENS, CHARLENE.


 Graça e paz a todos os leitores deste Blog, que Deus em Cristo vos abençoe em toda sua vida, que compreendas o poder de Deus que opera na vida dos seus filhos, através de Jesus Cristo seu filho.

Primeiramente, Paulo apresenta algumas idéias gerais, depois mostra que todos os dons vêm do mesmo Espírito e, finalmente, menciona uma relação de dons específicos.
Os coríntios haviam perdido seu senso de valores em relação aos vários dons do Espírito Santo. Eles começaram a considerar as manifestações de êxtase como sendo os melhores dons espirituais, e tiveram a tendência de minimizar outros ministérios do Espírito. No capítulo 12 Paulo declara duas verdades simples. Em primeiro lugar, todos os dons vêm do mesmo Espírito Santo e não podem se opor uns aos outros. Depois o apóstolo dá exemplos da importância de todos os dons comparando os membros da Igreja à estrutura do corpo humano.

1. Os Dons Espirituais de Forma Geral (12.1-7)


As palavras acerca dos dons espirituais indicam que Paulo está prestes a introduzir outro assunto que os coríntios haviam mencionado na carta que lhe escreveram.
Existe uma debatida questão sobre se a palavra dons deveria ser incluída.

 A palavra espirituais (pneumatika) é geralmente aceita como uma referência a “coisas espirituais”1 ou aos dons espirituais. O termo comum do NT para “dons” é charisma. Essa palavra não ocorre no texto, porém como todo o conteúdo trata desse assunto, entendemos que seria correto interpretar o termo pneumatika com o significado de dons espirituais.

Em Corinto o conceito que as pessoas tinham sobre os dons do Espírito havia se degenerado. Como consequência natural, “os dons eram muito reverenciados, não aqueles que eram os mais úteis, mas os que eram aparentemente mais impressionantes. Entre eles o dom de línguas era o mais proeminente por ser o mais expressivo da nova vida espiritual”.

 A maioria dos dons relacionados por Paulo no capítulo 12 foi ignorada e aquele que mais se distinguia dos outros era o dom de falar em línguas. Parece que o interesse estava centralizado em adquirir o poder de fazer coisas milagrosas e de provocar admiração na mente dos descrentes. O Espírito Santo foi explorado com a finalidade de se obter resultados sensacionais. “Parece que a sua função santificadora na vida dos cristãos havia sido relegada a um segundo plano, e Ele era considerado o autor, não da graça... mas dos [dons] charismas, e no vocabulário da época a palavra ‘espiritual’ era um atributo imputado aos efeitos do espírito de poder, e não aos efeitos de um espírito de santidade”.














Dessa maneira, o Espírito Santo passou a significar, na mente das pessoas comuns, não o poder de crer, de esperar, de amar ou de ser puro, mas o poder de falar admiravelmente, em êxtase, e de realizar feitos sensacionais.

A popularidade do dom, tanto na Igreja Primitiva como em alguns círculos hoje, é compreensível. Quando um homem é tirado de um êxtase, ele sente seu espírito banhado com o Espírito divino, por isso ele está intensamente ciente de contar com o apoio de Deus e na mais restrita comunhão com ele.

Fonte: Enciclopédia da Bíblia, VOLUME DOIS » DG da Editora Cultura Cristã

O Espírito Santo opera a favor de um único propósito    (12.7-“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil”.).


Os dons, ministérios e resultados produzidos por toda a obra têm um único propósito - beneficiar a igreja toda, e glorificar a Deus. Dessa forma, os dons não devem alimentar a rivalidade ou gerar a inveja.
Os dons espirituais são concedidos para o que for útil, isto é, para beneficiar os outros. Eles são destinados ao bem comum.

No Antigo Testamento, as profecias continham tanto as previsões de fatos que viriam a ocorrer, quanto à proclamação de alguma mensagem de Deus. Para muitas pessoas, o elemento da previsão superava o da proclamação. Outras preferiam minimizar o elemento da previsão e consideravam a profecia como apenas uma declaração da mensagem de Deus para a época em que viviam. Ambos os elementos sempre estiveram presentes, embora a ênfase mais importante da profecia, mesmo no AT, fosse a direta apresentação da mensagem de Deus às pessoas da época em que o profeta vivia. No NT, a profecia podia ser ocasional (At 19.6) ou uma função permanente (1 Co 12.28).

No Novo Testamento, a palavra profecia “é aquele dom especial que exorta e capacita certas pessoas a transmitir revelações de Deus à sua igreja”. Um outro estudioso interpreta a profecia como “uma inspirada transmissão de exortações, instruções ou advertências”.
Whedon nos dá uma abrangente definição: “Uma inspirada pregação; predizendo o futuro, expondo misteriosas verdades, ou pesquisando os segredos do coração e do caráter dos homens”. Paulo tem uma elevada opinião sobre a função dos profetas, como indica a comparação que fez no capítulo 14 entre profetizar e falar em línguas.

Discernimento de Espíritos (12.10c- “e a outro, o dom de discernir os espíritos”)


Todo cristão deve ter, em certo grau, a capacidade de “provar os espíritos” (1 Jo 4.1). Pois, de outra forma, ele se tornará uma vítima de falsas impressões exteriores ou de impressões destruidoras interiores.
 Aqui, o texto original fala sobre o discernimento, querendo dizer que o cristão deve estar continuamente alerta quanto à orientação do Espírito Santo.
 Mas, aparentemente, alguns têm o dom de uma visão especial interior, e o conhecimento e a habilidade de distinguir entre as expressões proféticas a fim de saber se elas procedem de espíritos falsos ou do genuíno Espírito de Deus.
Paulo acreditava que existiam espíritos malignos operando nas igrejas dos gentios e entre os cristãos gentios (1 Ts 2.2).
 Em algumas ocasiões, estes espíritos se manifestavam não só através de falsas profecias, mas também da realização de milagres (At 19.13-16).
“Em geral, havia uma imitação demoníaca dos charismata e da obra de Cristo”.
Uma excelente descrição do dom de discernir os espíritos é: “O poder de detectar o hipócrita, como Pedro fez com Ananias; de distinguir os dons verdadeiros dos falsos; e de reconhecer a genuína inspiração”.






O falar em línguas (12.10d –“e a outro, a variedade de línguas”)


A excessiva preocupação pelo dom de variedade de línguas representava o âmago do problema dessa seção.
A palavra línguas (glosson) aparece sob várias interpretações: a língua falada ou a língua em ação; com palavras raras, provinciais, poéticas ou arcaicas; a linguagem espiritual, desconhecida pelo homem e pronunciada em um estado de êxtase; e a linguagem conhecida ou dialeto.
Entre os comentaristas mais antigos era costume interpretar tanto as línguas do Pentecostes, como as línguas de Corinto, como línguas conhecidas. Escritores como Lange, Calvino, Adam Clarke e Matthew Henry têm esta opinião.
 Escritores mais recentes preferem fazer uma distinção entre os dois tipos de línguas.
Um estudioso que aceita as línguas do Pentecostes como sendo as línguas faladas na ocasião, escreve sobre as línguas de Corinto: “Outros possuíam um estranho dom chamado dom de línguas. Não sabemos exatamente do que se tratava, mas parece ter sido uma espécie de exclamação inconsciente através da qual o orador exprimia uma rapsódia apaixonada onde seus sentimentos religiosos recebiam expressão e exaltação”.
 Já um escritor contemporâneo afirma que “a falta de qualquer necessidade de interpretação [no Pentecostes] torna difícil identificar a situação com a'qual Paulo está procurando regulamentar a igreja de Corinto”.
Parece, pela discussão de Paulo sobre a situação dos coríntios, que o problema era a exclamação em êxtase. A solução de Paulo considerava que esse dom certamente não deveria ser admitido como parte do trabalho evangelístico da igreja, nem entendido como extremamente significativo quando comparado com os outros dons.
Embora toda essa questão seja bastante delicada, a opinião do autor é que havia um dom válido de falar em línguas na Igreja Primitiva, e que Paulo tinha consciência do verdadeiro dom pentecostal de falar línguas conhecidas.
Porém as línguas faladas em Corinto podem não ter sido deste tipo. E bastante possível que o verdadeiro dom de variedade de línguas, relacionado com o Pentecostes, pudesse ter degenerado em expressões ininteligíveis na vida dos instáveis cristãos de Corinto.

A Interpretação das Línguas (12.10e-“e a outro, a interpretação das línguas”.)

Existem duas explicações para o dom especial de interpretar as línguas. Uma delas é que “este é um dom pelo qual Deus torna inteligível aquilo que está oculto em todas as afirmações proferidas em êxtase”.
Outra explicação foi sugerida por Adam Clarke: “Era necessário que, enquanto alguém estivesse falando sobre as profundas coisas de Deus em um grupo onde vários dos que estavam presentes não compreendiam - embora a maioria compreendesse - que uma das pessoas conseguisse interpretar imediatamente o que estava sendo dito àquela parte da congregação que não entendia a língua”.

O versículo 11 insiste novamente no ponto principal de toda a discussão, isto é, que todos os dons vêm do Espírito. O verbo opera está no presente, e “implica que o Espírito concede esses dons continuamente”.
 A unidade e a consistência do propósito divino estão reveladas na expressão um só e o mesmo Espírito.
Diferentes dons não indicam diferentes propósitos divinos. Deus não está se contradizendo, nem causa qualquer atrito, na forma como distribui esses dons. 
A frase: repartindo particularmente a cada um indica que Deus lida com o homem em uma base pessoal e individual. Como quer indica que o soberano Deus concede os dons em harmonia com o seu propósito.
 É Deus, e não o homem, quem escolhe o dom a ser concedido. Portanto, o homem não deve impor qual dom deveria ser escolhido, embora Paulo nos advirta dizendo: “Procurai com zelo os melhores dons” (12.31).

Certamente nenhum dom deveria ser considerado uma prova de espiritualidade superior, e nenhum deles deveria ser escolhido como uma exclusiva manifestação do Espírito Santo, pois isso seria fazer uma distorção da obra do Espírito e romperia a unidade divina.

A Profecia é Superior ao Falar em Línguas (14.1-40)



No capítulo 12, Paulo apresentou uma discussão geral sobre os dons espirituais. Ele não insistiu no problema que a capacidade de falar em línguas representava para a igreja de Corinto. Ele acompanhou a discussão geral sobre os dons espirituais com o hino de amor encontrado no capítulo 13.
O amor, como foi apresentado por Paulo, é o maior de todos os valores espirituais. Agora, para que ninguém perdesse sua linha de pensamento, Paulo volta ao problema introduzido em 12.1. Ele escolhe a profecia, que também é um dom relacionado à fala, para mostrar que o falar em línguas, não importando o quanto sejam entendidas, ocupa uma posição inferior. Baseando-se neste raciocínio, alguns entendem que o falar em línguas nunca pode ser considerado a evidência incontestável ou indispensável do batismo no ou com o Espírito Santo.

1.     Limitações do Falar em Línguas (14.1-25 “Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”.)


1 coríntios 1 4 .1-5

a.     A profecia é o dom mais importante (14.1). Em suas palavras iniciais, Paulo usa dois verbos que são significativos: Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais. O verbo seguir (literalmente, perseguir) “indica uma ação interminável, enquanto ‘procurai com zelo’ realça a intensidade e não a continuidade da ação”.75 O amor deve ser buscado com persistência, mas também é correto desejar os dons. Desses dons, Paulo coloca em primeiro lugar a profecia, que está intimamente ligada à pregação. O elemento essencial é a transmissão de uma mensagem diretamente inspirada por Deus. Várias comparações entre falar em línguas e profetizar vêm a seguir, e indicam as fraquezas e as limitações da glossolalia da maneira como era praticada em Corinto.

b.     A Profecia é Entendida (14.2-3). Paulo tem a intenção de exaltar a profecia, mas procura fazê-lo apontando antes as limitações dos “sons estranhos” (TEV).

      I.        Ninguém entende o homem que fala em línguas (14.2). Uma razão pela qual falar em línguas é inferior a profetizar diz respeito ao fato de que as línguas não são compreendidas pelos outros. Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus. A palavra estranha está em itálico em algumas versões, sugerindo que ela não pertence ao texto original.
 Entretanto, os tradutores da versão KJV em inglês captaram corretamente o significado das palavras de Paulo; portanto seu uso não distorce o significado da sentença.
A frase porque ninguém o entende sugere que o dom discutido aqui não é o mesmo que o falar em outras línguas que ocorreu no dia de Pentecostes (At 2.4). O homem que pratica esse dom não está falando aos homens, mas está envolvido em uma expressão pessoal de louvor a Deus.
Em Espírito significa provavelmente o espírito da própria pessoa, tomado de exaltação e de emoção.76 Nessas condições, a pessoa fala de mistérios que nem ela, nem qualquer outra pessoa entendem, exceto alguém que possa interpretar. Como aquilo que é dito por meio do falar em línguas é desconhecido dos homens, esta expressão também é inferior à profecia.

     II.        A profecia é compreendida pelos homens (14.3). Em contraste com a natureza desconhecida das expressões proferidas em êxtase, a profecia serve ao propósito de edificar, exortar e consolar. A palavra edificar (oikodomen) significa “construir como um processo, uma edificação”.
Paulo emprega essa palavra no sentido de edificar o caráter cristão.
Exortar significa “avisar, encorajar”. Consolar é a clássica tradução de paramythia, que no grego clássico significa “qualquer pronunciamento feito com o propósito de persuadir, estimular, despertar, acalmar ou consolar”.
 Dessa forma, a profecia é um inspirado pronunciamento que todos os homens entendem; ela serve para edificar o caráter cristão, encorajar, fortalecer, confortar ou consolar.


c.     A profecia edifica a igreja (14.4-6). Como a profecia é entendida pelos homens, ela edifica a igreja (4). Falar em línguas desconhecidas serve apenas para fortalecer o indivíduo. Entretanto, Paulo não proíbe completamente esta prática: Quero que todos vós faleis línguas estranhas.
O verbo quero, ou desejo (thelo), “não expressa uma ordem, mas uma concessão sob a forma de um desejo improvável de ser realizado (cf. 7.7)”.
Quanto a essa declaração, Bruce escreve: “E provável que Paulo receasse ter ido muito longe ao rejeitar as línguas. Portanto, ele deixa claro que não está proibindo as línguas, mas insistindo na superioridade da profecia”.
Como era difícil fazer a distinção entre um dom válido de falar em línguas, ou a legítima expressão de um desejo de êxtase espiritual, e uma inválida expressão de alegria pessoal, Paulo preferiu não proibir o falar em línguas.
Entretanto ele indica, de forma rápida e distinta, que o dom de profecia é superior: ...mas muito mais que profetizeis.

O critério de avaliação de qualquer dom é o seu valor para a igreja. Mesmo quando
Paulo faz a concessão do falar em línguas, ele imediatamente insiste que seu valor é menor que a profecia, a não ser que elas sejam interpretadas para que a igreja receba edificação (5). As palavras a não ser que também interprete “não se referem à particular interpretação de uma mensagem transmitida em línguas, mas ao dom permanente da interpretação... Paulo tem em vista uma pessoa que recebeu dois dons, o de falar em línguas e o de ter a sua interpretação”.82 Dessa forma, o apóstolo indica que qualquer glossolalia deveria ser interpretada para fortalecer a congregação.
Quando Paulo faz alusão à sua futura visita a Corinto, ele novamente faz da edificação da igreja o critério pelo qual se estabelece o valor dos dons do Espírito: Que vos aproveitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? (6)

d.    Falar em línguas de forma desordenada pode levar à confusão (14.7). Nesta seção Paulo continua a enfatizar a superioridade da profecia sobre o falar em línguas.

      I.        A analogia da música (14.7). Primeiro, o apóstolo escolhe um exemplo para mostrar que sons indistintos levam à confusão. Mesmo coisas inanimadas, como a flauta ou a cítara, devem emitir sons distintos. De outra forma, poderá resultar uma dissonância sem propósito. A flauta (aulos) representava os instrumentos de sopro enquanto a cítara (kithara) representava os instrumentos de corda. Nenhum deles produz qualquer música compreensível, a não ser que sejam tocados de acordo com alguma forma ou ordem.



     II.         A analogia do soldado (14.8). Na antiguidade, a trombeta chamava o povo para se preparar para a guerra, e transmitia a direção da luta. Mas se a trombeta de guerra produzisse apenas um som incerto e não um comando militar reconhecido à distância pelos homens, quem se prepararia para a batalha? Um som ao acaso da trombeta não agruparia o povo para a luta nem daria as diretrizes adequadas da batalha. Se o sinal for incerto, o resultado será a confusão e a desordem.


    III.         A analogia da religião (14.9-12). Agora Paulo faz a aplicação ao problema que enfrenta - uma ênfase errada colocada no ato de falar em línguas.  Se... não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz?... estareis como que falando ao ar (9), isto é, falando inteiramente em vão.

No versículo 10, Paulo prossegue: Há... tanta espécie de vozes no mundo. “Por vozes, entenda-se línguas”.
 Todas as diferentes línguas têm significado, pois o seu propósito é a comunicação. Portanto, será necessário conhecer o sentido da voz (11).
 A palavra sentido (dynamis) indica poder, recursos ou habilidade. A fala que não é entendida não tem o poder de comunicar.

De acordo com Paulo, se alguém não entende o que está sendo falado, ele se torna um bárbaro. Esse termo foi provavelmente usado originalmente para aqueles que emitiam ruídos guturais e ásperos. Mais tarde, ele foi “aplicado a todos aqueles que não falavam a língua grega”.
Assim, essa palavra veio a representar alguém cuja língua não tinha sentido. Portanto, “a linguagem em êxtase, que parecia aos coríntios uma questão de orgulho, transformou-se no meio de torná-los nada mais do que bárbaros”.

1 Coríntios 14 .12 -1 9

No versículo 12, Paulo volta incansavelmente ao seu ponto de maior ênfase: Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja. O primeiro objetivo do cristão deve ser a edificação da igreja e o fortalecimento dos seus membros. Se o crente quiser promover o bem-estar da igreja, ele analisará os seus dons de acordo com este critério.

e) Falar em línguas pode se tornar algo de pouco valor prático (14.13-25). Como o dom de falar em línguas, da maneira como era praticado pelos coríntios, tinha pouco valor prático, Paulo insiste em um curso de ação que será mais benéfico para a igreja.

       I.        A necessidade do dom de interpretação (14.13). Nesse ponto, Paulo volta a insistir: O que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. Aquele que profere as suas palavras por meio de uma expressão apaixonada, também deve orar para que receba a habilidade de interpretar as suas declarações para a igreja.

      II.        A importância do entendimento (14.14-15). Um homem que ora em língua estranha não está usando seu entendimento (14; nous). Esta palavra significa a mente, ou o pensamento.
Falar ou orar em outras línguas de nada adianta para os outros. No versículo 15 Paulo afirma: Orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
Orar e cantar em diversas línguas pode representar uma liberação emocional e fazer com que a pessoa se sinta inspirada, mas nada acrescenta ao entendimento do evangelho.





     III.        Línguas desconhecidas não ajudam a congregação (14.16-17). Na congregação cristã haveria os indoutos (16). Esse termo indica os inquiridores que ainda não haviam se comprometido com Cristo, ou os cristãos da igreja que ainda não haviam recebido nenhum dom. Nos dois casos, estas pessoas não seriam capazes de entender as palavras e de confirmar ou dizer Amém nas orações. Seria suficiente dar graças (17), mas mesmo nessas reuniões de louvor é necessário procurar fortalecer a igreja.

    IV.         Será melhor ouvir palavras claras do que inumeráveis ruídos (14.18-20).
Aqui as advertências de Paulo são gentis. Ele se identifica com aqueles que falam em línguas: Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos (18).
Na obra Notes, Jerônimo diz que Paulo está exultante com sua habilidade de falar em línguas. Parece lógico aceitar a opinião de Jerônimo sobre a habilidade de Paulo de falar diversas línguas, pois seu treinamento e experiência teriam feito dele um excelente linguista, um mestre de línguas.

1 Coríntios 14 .1 9 -2 4

Cinco palavras claras valem mais do que um número infinito de palavras que ninguém entende. Depois, o apóstolo indica que toda essa comoção a respeito das línguas era uma infantilidade, e repreende adequadamente os coríntios: Irmãos, não sejais meninos no entendimento (20). Godet interpreta seu significado dessa maneira: “E, realmente, uma característica da criança preferir o divertido ao útil, o brilhante ao sólido. E isso era o que os coríntios faziam com seu acentuado gosto pela glossolalia”. No entanto, na malícia eles deveriam ser como meninos (nepiazete, infantis).
 Moffatt traduz o versículo 20 da seguinte forma: “Irmãos... quanto ao mal sejam como simples crianças; mas sejam maduros na sua inteligência”.

     V.        As línguas estranhas já foram um castigo (14.21-22). Nesse ponto, Paulo introduz uma observação extremamente solene. Embora os coríntios considerassem o ato de falar em línguas alguma coisa a ser desejada, Paulo afirma que isso poderia ser um sinal do desagrado ou de alguma punição de Deus para os infiéis.
O apóstolo faz uma paráfrase da advertência existente em Isaías 28.11 quando escreve aos coríntios: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor (21). Vincent escreve: “O tema dessa citação é que o ato de falar línguas estranhas foi um castigo pela incredulidade do povo de Deus durante o período do AT”.
Por esta punição eles foram levados a ouvir a voz de Deus ‘falando através das severas ordens dos invasores estrangeiros,falou quando citou esse versículo de Isaías, Paulo estava lembrando aos coríntios a infantilidade e rebelião deles, e não encorajando o falar em outras línguas.
Por outro lado, a profecia não é para os incrédulos, mas para aqueles que crêem, para os fiéis. A profecia traz a verdadeira mensagem de Deus à igreja.

    VI.        Falar em línguas pode não ajudar os incrédulos (14.23-25). Agora Paulo apresenta um caso hipotético para os coríntios. O que acontecerá se toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas (23).
Como esse dom era desejável, conforme indicavam os coríntios, toda a igreja tinha o direito, e até a obrigação, de buscá-lo. Mas o que aconteceria se os incrédulos viessem a essa igreja, onde todos estivessem falando em línguas de forma desordenada? Não dirão, porventura, que estais loucos? Paulo não estava preocupado com as pesquisas de popularidade eclesiástica. Nem estava ajustando a mensagem do evangelho para conformá-la ao molde da opinião pública. O apóstolo entendia que a tarefa da igreja era atrair os incrédulos e conquistá- los para Cristo. Ele estava alarmado com o fato de que, ao invés de ajudar a converter os pecadores, o ato de falar em línguas de forma desordenada poderia despertar somente o escárnio e o desprezo dos descrentes.



O resultado da profecia é diferente. Se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado (24). A palavra convencido (elenchetai) significa convicto ou reprovado pelos seus pecados. Ela é usada em João 16.8 fazendo referência à obra do Espírito Santo de convencer “o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo”. Julgado (anakrinetai) implica inquérito ou as profundas afirmações do coração da pessoa que revelam a sua condição de incrédula.

1 Coríntios 14.2 4 -2 9

Até mesmo as coisas remotas ou há muito tempo escondidas do escrutínio público desfilam perante a sua consciência, pois agora os segredos do seu coração ficarão manifestos (25). Dessa forma a profecia produz os resultados redentores procurados pela igreja de Deus, pois o incrédulo lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus. Para o incrédulo, então, as línguas proferidas em um ambiente desorganizado são um sinal de loucura. Mas a profecia leva os homens a Deus.

Restrições na Igreja (14.26-40)


Ao tratar do excessivo interesse dos coríntios pelo dom de falar em línguas, Paulo não os desafia abertamente nem proíbe essa prática, mas os ensina como utilizá-la de forma saudável.
a      A regra da edificação (14.26). A primeira diretriz de Paulo era: Faça-se tudo para a edificação. Quando os coríntios se reuniam para adorar a Deus, cada parte do culto deveria contribuir para a edificação da igreja. O Salmo (hino), a doutrina (ensinamento cristão), a língua (alguma expressão em uma linguagem que não era geralmente conhecida), a revelação, a interpretação da língua - tudo deveria ter o propósito de fortalecer a igreja.

b       Somente dois ou três deveriam ter permissão de falar (14.27a). Paulo coloca um limite no número de pessoas que teriam permissão para falar em línguas estranhas em qualquer reunião pública. Faça-se isso por dois ou, quando muito, três. Tal restrição eliminaria a confusão e a frustração que poderiam ocorrer se a maior parte do culto fosse dedicada a tais atividades.

c       Devem falar um de cada vez (14.276). Além do limite do número de pessoas que podiam falar em línguas, estas deveriam falar uma de cada vez. Esta restrição iria eliminar a confusão gerada por várias pessoas falando ao mesmo tempo em um culto público.

d      Deve haver um intérprete (14.27c-28a). A terceira regra de Paulo era: E haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja. Tudo aquilo que é dito em línguas estranhas deveria ser acompanhado por uma interpretação. De acordo com Morris, esta restrição “nos mostra que não devemos pensar que as línguas’ eram o resultado de um irresistível impulso do Espírito Santo que levava os homens a fazer um discurso em êxtase e desorganizado. Se eles preferissem, poderiam manter silêncio, e isso é o que Paulo os instruiu a fazer em certas ocasiões”.

e      O ato de profetizar estava sujeito a uma regulamentação (14.29-33a). Assim como o falar línguas estranhas estava sujeito a certas regras, o mesmo acontecia com a profecia: E falem dois ou três profetas (29).
Aqui o apóstolo está novamente preocupado com o fato de nenhum grupo ou dom se tornar dominante. Embora Paulo tivesse deliberadamente classificado a profecia como superior ao falar em línguas, ele não iria permitir uma excessiva exposição de qualquer dom, mesmo que se tratasse de um dom classificado como “superior”. Além disso, aquele que profetizasse poderia estar sujeito a cometer erros. Portanto, Paulo diz: e os outros julguem.

1 Coríntios 14 .2 9 -3 5

A palavra julgar (diakrinetosan) significa discernir, discriminar. “Era dever de todos examinar se aquilo que estava sendo declarado estava de acordo com a verdade”.

Uma outra regulamentação eliminava a rivalidade por uma posição mais favorável na sequencia profética. Parece que certos membros da igreja, os profetas, podiam ser indicados como oradores nos cultos de adoração. Mas se alguma outra pessoa, que estivesse assentada (30) desejasse falar, o orador indicado poderia ceder a vez para ela. Dessa maneira, todos poderiam contribuir, não haveria confusão, ninguém iria dominar a reunião e todos seriam edificados.
No versículo 32 Paulo afirma novamente que a obra do Espírito Santo não produz incontroláveis manifestações de oratória. O homem nunca é um ser mais verdadeiro do que quando sob a influência do Espírito Santo.
 Assim, Paulo escreve: E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas (32). A versão TEV interpreta o versículo 32 da seguinte forma: “O dom de transmitir a mensagem de Deus deve estar sob o controle do orador”.
Paulo “estabelece o princípio de que, na verdadeira profecia, o controle e a consciência nunca se perdem”.
 A profecia é um meio de iluminação espiritual, mas o profeta pode ficar em silêncio, se quiser. Embora o Espírito Santo opere diretamente na igreja, Ele não é Deus de confusão, senão de paz (33).


E por fim voltando no capitulo 12, Paulo menciona a igreja como um corpo com muitos membros: “Vós sois o corpo de Cristo”. Todos os dons são concedidos para contribuir com a unidade e o bem-estar do corpo, 1coríntios 12.11-14.

1. A Unidade da Igreja Representa uma Unidade Vital (12.12)


O corpo humano é um organismo vivo que tem vários membros. Cada membro é diferente; no entanto, cada um deles faz uma contribuição específica a todo o corpo. Porém, a despeito de seus diferentes membros, o corpo contém uma vida comum que opera em cada um dos seus membros. Assim, Paulo escreve que o corpo é um e tem muitos membros.

Os vários e diferentes membros formam um só corpo. O apóstolo conclui: assim é Cristo também.
A unidade dos cristãos, como a unidade física do corpo, é vital. “A mesma vida espiritual existe em todos os cristãos, e ela se origina da mesma fonte, suprindo-os com a mesma energia, e preparando-os para os mesmos hábitos e objetivos”.

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também”. 1 Co 12.12.













Paulo faz um resumo dos dons em 1 coríntios 13.1-“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”.
  2-“E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria”.


O seu propósito aqui é encorajar os coríntios a buscarem o amor e não apenas os dons. A razão desta atitude é que os dons só podem ser vistos sob a perspectiva correta à luz do amor. No NT, a palavra para amor (que em algumas traduções é expressa como caridade) é ágape.

“O Maior Dom” é o amor por que:

1.     É o dom mais essencial, 1-3;
2.     É uma característica acentuada de Cristo, 4-6;
3.     É o dom mais abrangente, 7;
4.     É o dom mais permanente, 8-13.

Os dons têm um lugar especial na igreja e são muito úteis. Mas o amor representa a essência da vida cristã, e é absolutamente necessário.


Deus em Cristo vós abençoe.


Fonte: Comentário Bíblico Beacon, 8 Vol.



LIÇÃO 4ª- DONS DE PODER


ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO VICE- DIRIGENTE DA NOSSA ESCOLA EM PEREIRA CARNEIRO O IRMÃO FLÁVIO JOSÉ.


INTRODUÇÃO

Os dons do espírito devem distinguir-se do dom do Espírito. Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito para ministérios especiais; o segundo a aos céus. Nos nesta lição dessa semana estamos abordando os dons de poder e eu gostaria de fazer uma pergunta, onde nos podemos ver a manifestações dos dons de poder na igreja de hoje? Primeiro lugar quais são estes dons?


Eu tenho vários tipos de fé na bíblia Sagrada, a fé que salva, a fé vitoriosa, a fé natural e fé dom, eu posso me atrever a falar destes tipos de fé em contra partida ao que esta escrito na bíblia, mais quero apenas externar minha opinião sobre este assunto. A fé vai além do que nós podemos imaginar é possível dizer que um monte pode ser transportado de seu lugar de origem com o poder da fé como desse Jesus “Por causa da vossa pequena fé; porque em verdade os digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá - e há de passar; e nada vos será impossível.” Este fato ocorreu antes do revestimento de poder em Atos dos apóstolos, então podemos dizer que a operação de poder da fé já ocorria!. Hoje as pessoas não exercitam a fé por medo, não sei não me atrevo a afirmar que seja este o motivo, mais como esta escrito em Ap 3.17.

Esta deve distinguir-se da fé salvadora e da confiança em Deus, sem a qual é impossível agradar-lhe (Hb 11.6). É certo que a fé salvadora é descrita como um dom (Ef 2.8), mas nessa passagem a palavra “DOM” é usada em oposição às “OBRAS”, ao passo que em 1Co 12.9 a palavra usada significa uma dotação especial do poder do Espírito. O que é o dom de fé? Donald Gee diz: Uma qualidade de fé, às vezes chamada por nossos teólogos antigos de “fé miraculosa”. Parece vir sobre alguns dos servos de Deus em tempos de crise e oportunidades especiais de uma maneira tão poderosa, que são elevados fora do reino da fé natural e comum em Deus, de forma que têm uma certeza divina posta em sua alma que os faz triunfar sobre tudo. Possivelmente, essa mesma qualidade de fé é o pensamento de nosso Senhor quando disse em (Mc 11.22) “Tenham fé em Deus”. Era essa fé com essa qualidade especial da qual pôde afirmar que um grão dela podia remover montanha. Um pouco dessa fé divina, um atributo do TODO-PODEROSO, posto na alma do homem – que milagres pode produzir!

CURA
Dizer que uma pessoa tenha os dons (observar o plural, talvez se referindo a uma variedade de curas) significa que são usados por Deus de uma maneira sobrenatural para, por meio da oração, dar saúde aos enfermos. Parece ser um dom sinal (como na pregação de Pedro em que quase cinco mil se converteram ao evangelho, antes ocorre-o um milagre de cura) de valor especial ao evangelista para atrair o povo ao evangelho. Não se deve entender que quem possui este dom tenha o poder de curar todos; deve dar-se lugar à soberania de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo. O próprio Cristo foi limitado em sua capacidade de operar milagres por causa da incredulidade do povo “E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles”(Mt 13.58). A pessoa enferma não depende inteiramente de quem possui o dom. Todos os crentes, de modo geral, e os anciões da igreja, em particular, estão dotados de poder para orar pelos enfermos.

Operação de milagres, literalmente "obras de poder". A chave é Poder. (Vide João 14:12; Atos 1:8.) Os milagres "especiais" em Éfeso são uma ilustração da operação do dom. (Atos 19:11, 12; 5:12-15.)
Profecia. A profecia, geralmente falando, é expressão vocal inspirada pelo Espírito de Deus. A profecia bíblica pode ser mediante revelação, na qual o profeta proclama uma mensagem previamente recebida por meio dum sonho, uma visão ou pela Palavra do Senhor. Pode ser também extática, uma expressão de inspiração do momento. Há muitos exemplos bíblicos de ambas as formas. A profecia extática e inspirada pode tomar a forma de exaltação e adoração a Cristo, admoestação exortativa, ou de conforto e encorajamento inspirando os crentes. — J. R. F. A profecia se distingue da pregação comum em que, enquanto a última é geralmente o produto do estudo de revelação existente, a profecia é o resultado da inspiração espiritual espontânea. Não se tenciona suplantar a pregação ou o ensino, senão completá-los com o toque da inspiração. A possessão do dom constituía a pessoa "profeta". (Vide At 15:32; 21:9; 1Co. 14:29.) O propósito do dom de profecia do Novo Testamento é declarado em 1Cor. 14:3 — o profeta edifica, exorta e consola os crentes. A inspiração manifestada no dom de profecia não está no mesmo nível da inspiração das Escrituras. Isso está implícito pelo fato de que os crentes são instruídos a provar ou julgar as mensagens proféticas. (Vide 1Co. 14:29.) Por que julgá-las ou prová-las? Uma razão é a possibilidade de o espírito humano (Jr. 23:16; Ez. 13:2)

Confundir sua mensagem com a divina, 1Tss. 5:19-20 trata da operação do dom de profecia. Os conservadores tessalonicenses foram tão longe em sua desconfiança quanto a esses dons (v. 20), que estavam em perigo de extinguir o Espírito (v. 19); mas Paulo lhes disse que provassem cada mensagem (V. 21) e que retivessem o bem (v. 21), e que se abstivessem daquilo que tivesse aparência do mal (v. 22). Deve a profecia ou a interpretação ser dada na primeira pessoa do singular, como por exemplo: "Sou eu, o Senhor, que vos estou falando, povo meu"? A pergunta é muito importante, porque a qualidade de certas mensagens tem  feito muita gente duvidar se foi o Senhor mesmo quem falou dessa maneira. A resposta depende da ideia que tenhamos do modo da inspiração. Será mecânica? Isto é, Deus usa a pessoa como se fosse um microfone, estando a pessoa inteiramente passiva e tomando-se simplesmente um porta-voz? Ou, será o método dinâmico? Isto é, Deus vivifica dum modo sobrenatural a natureza espiritual (note: "meu espírito ora", 1Co. 14:14), capacitando a pessoa a falar a mensagem divina em termos fora do alcance natural das faculdades mentais? Se Deus inspira segundo o primeiro método mencionado, a primeira pessoa do singular, naturalmente, seria usada; de acordo com o segundo método a mensagem seria dada na terceira pessoa; por exemplo: "o Senhor deseja que seu povo olhe para cima e que se anime etc." Muitos obreiros experientes creem que as interpretações e mensagens proféticas devem ser dadas na terceira pessoa do singular.

CONCLUSÃO

Eu gostaria de falar mais sobre este assunto mas não quero que o comentário fique enfadonho, em outra oportunidade comentaremos com um pouco de ênfase na quilo que deixamos de comentar, espero que com este tema o povo de Deus procure os dons de poder para que a igreja desbanque em ganhar almas para seu reino. Que posamos meditar na fase que a igreja esta vivendo nestes últimos dias e pense na profecia de Joel para estes dias.


BIBLIOGRAFIA:

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearlman

Flávio José Pereira



LIÇÃO 3ª- DONS DE REVELAÇÃO







ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES O IRMÃO OTONIEL.











Introdução


     Quando estudamos a respeito dos dons espirituais, podemos observar a grande importância e representação no plano divino (I Co 12.1). Pois todos os dons são para edificação da igreja. (I Co 14. 3-5, 12, 26). É para o aperfeiçoamento dos crentes, por tanto à palavra “DOM” vem do grego Carisma, que significa “um dom pela graça.” Como estudamos, é um presente de Deus para sua igreja, pois quando os dons operam, manifestam-se para edificação, exortação e consolação (I Co 14. 3).
       E três desses dons revelam a sabedoria de Deus, proporcionando um saber sobrenatural. São eles: O DOM DA PALAVRA DA SABEDORIA, O DOM DA PALAVRA DE CIÊNCIA E O DOM DE DISCERNIR OS ESPÍRITOS (I Co 12. 8 e 10) os quais o teólogo  pentecostal  Stanley Horton, os classifica como dons de revelação. (esses dons operam como os olhos espirituais da igreja).



1.    PALAVRA DA SABEDORIA

1.1  Trata-se da capacidade que provem do espirito santo para que pronunciemos uma palavra certa, na hora certa. A fim de dissipar um grande mistério ou problema em circunstancias extremas e difíceis. De acordo com Estevam Ângelo de Souza, “A palavra da sabedoria é a sabedoria de Deus, ou mais especificamente um fragmento da sabedoria divina, que nos é dada por meios sobrenaturais”

1.2  No antigo testamento temos um exemplo desse dom (I Rs 3. 24-28) onde o Reis Salomão usou a palavra da sabedoria para dissipar a contenda entre as duas mães que disputavam o mesmo filho, embora na antiga aliança os dons espirituais não fosse plena e claramente evidenciados como na nova aliança. Alguns episódios do antigo testamento como esse que citei, vislumbra o quanto Deus confiaria aos homens a sabedoria do alto para executar tarefas ou tomar decisões.

1.3  No novo testamento temos como exemplo de palavras da sabedoria a exposição da escritura realizada pelo diácono Estevão, onde os sábios da sinagoga, chamada dos libertos, “não podiam resistir à sabedoria e ao espirito com que falava” (At 6. 9-10). Pois ele usava esse dom na defesa do evangelho.

2.    PALAVRA DA CIÊNCIA

2.1  Esse dom consiste em penetração nas profundezas da ciência de Deus (Ef 3.3), pelo qual podemos saber (Ef 1.17-19) e, assim, compreender e conhecer (Ef 3. 18-19) aquilo que, pelo entendimento humano, jamais poderíamos alcançar (I Co 2. 9-10). Pois é a capacidade sobrenatural concedida pelo Espirito Santo ao crente para este conhecer fatos e circunstâncias ocultas, tendo assim a finalidade de preservar a vida da igreja, livrando de qualquer engano ou artimanha do maligno.

2.2   No antigo testamento, Deus revelou a Eliseu os planos de guerra do Rei da Síria. Quando o Rei Síria pensou em atacar o exercito de Israel, surpreendendo- o em determinado lugar, o profeta alertou o Rei de Israel sobre os planos do inimigo (II Reis 6.8-12). Que Deus maravilhoso e fiel com seu povo.

2.3  Em o novo testamento Jesus disse a Pedro que ele fosse ao mar e lançasse o anzol e o primeiro peixe que ele pegasse com certeza teria uma moeda (Mt 17. 27)

3.    DISCERNIMENTO DE ESPIRITO

Por meio desse dom, o Espirito Santo revela que Jesus tem “olhos como chama de fogo” (Ap 1. 14) o portador do dom recebe pelo Espirito Santo, como em um laudo, de uma analise vinda do laboratório de Deus sobre a qualidade exata do espirito que inspira, e opera em determinada pessoas. Esse dom revela a fonte de onde vem à inspiração das profecias e revelação, pois elas podem vir de inspiração divina (At 15. 32) podem representar o pensamento do coração daquele que as apresenta (Jr 14.14) ou podem provir de fonte impura ou contaminada (Ap 2. 20-24). O Dom de Discernir os Espíritos é útil, pois constitui uma proteção divina, pela qual a igreja fica guardada de más influências.

3.1  No antigo testamento quando Eliseu perguntou a Geazi donde vens, e ele respondeu que não tinha ido à parte alguma, Eliseu discerniu pelo o Espirito, que ele tinha pegado tudo aquilo que Eliseu tinha rejeitado de Naamã (2 Rs 5. 25-27).

3.2   Em Novo testamento em (At 16. 16-18) podemos observar que o aposto Paulo quando estava em Filipos. Por revelação divina pode discernir que o espirito que falava pela boca daquela jovem  era de origem satânica, e assim também foi manifesto esse dom quando o apostolo Pedro desmascarou a mentira de Ananias e Safira ( At 5. 1-11).



Conclusão

 Meus amados, com tudo isso que estudamos a respeito dos dons de revelação, podemos entender o quanto é importante pra igreja esses dons pois a bíblia diz que nos últimos dias surgiriam falsos profetas, e para não cairmos nas suas ciladas temos que pedir a Deus que ele nos conceda os dons de revelação. E assim discernirmos entre o certo e o errado, entre o legítimo e o falso.

Bibliografia

Bíblia de estudo palavra chave
Bíblia de estudo de Genebra
Teologia sistemática Eurico Bergstén

Lição do discipulado  

LIÇÃO 2º - O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS

       ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO POR NOSSO DIRIGENTE DA ESCOLA DOMINICAL, O IRMÃO GILVAN GOMES
  
INTRODUÇÃO:

Os dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente para o serviço. Seu exercício é fundamental, tanto na adoração como na edificação da igreja. Eles podem ser classificados em três grupos:  I- dons de revelação;(palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos).  II-dons de poder; (fé, dons de cura e operação de milagres). III-dons de inspiração; (profecia, variedades de línguas e interpretação de línguas). Rm.12 vrs8-10.                                                        

 VAMOS RECAPITULAR:


Definição teológica: A palavra 'dom' vem do vocábulo grego Charisma e significa ''graça'', ''favor'', ''dom especial da graça divina '', ''donativo de caráter imaterial, dado de graça'' por meio do Espírito Santo. O plural do ''Charisma'' é ''Charismata'', vocábulo largamente empregado pelos cristãos pentecostais em todo o mundo.  Por sua vez ''Charisma'' deriva de ''charis'' que quer dizer graça, encanto, beleza, favor, benevolência Os dons, portanto, são dotações ou concessões especiais e sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar a Igreja, e de capacitá-la para a realização de obra de Deus.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS

 Não confundir os dons espirituais com naturais, estes são congênitos, surgem com a pessoa. Eles, devidamente canalizados para certos trabalhos na obra de Deus, tornam-se úteis. Mas não os confundamos com os "dons espirituais". A Bíblia destaca homens e mulheres que possuíam os "dons naturais", para cantarem, tocarem instrumentos musicais e outras atividades.


                        OS DONS NÃO SÃO ATESTADOS PESSOAIS DE SANTIDADE


“ Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória. II Corintios  3.  18
É uma falsa ideia imaginar que o possuidor do dom espiritual seja mais santo ou espiritual que os outros. A santidade ou espiritualidade de um cristão não se mede pela manifestação de um dom. O Espírito Santo não depende do mérito da santidade de ninguém. Quando Jesus, por intermédio de Pedro e João, libertou o coxo de nascença, na Porta Formosa, o povo se maravilhou e de certo modo, atribuiu o milagre aos dois apóstolos. Mas Pedro rejeitou esta glória, ao dizer: "Homens israelitas, por que maravilhais disto? Ou por que olhais tanto para nós, como se por nosso próprio poder ou santidade fizéssemos andar a esse homem." Eram pessoas problemáticas que, ao mesmo tempo, almejavam a vitória em Cristo. Os dons não são dados para a vaidade particular de ninguém.

FERVOR E ESPIRITUALIDADE


Os crentes de Corinto tinham dons espirituais (1.7), mas muitos eram imaturos, insubmissos, ignorantes da doutrina reveladora dos dons, além de carnais. Em uma igreja é possível haver crentes fervorosos, que gostam de movimento e agitação sem, contudo, haver espiritualidade real, advinda do Espírito Santo. Às vezes o que parece fervor espiritual é mais emociona lismo, resultante de motivações e mecanismos externos. Tal fervor é passageiro, ao passo que a verdadeira espiritualidade está intimamente relacionada ao exercício da piedade e da vida cristã consagrada (Ef 4.17-32).
O crente experiente na fé pode ser “fervoroso no espírito” (Rm 12.1,2,11). Todavia, é preciso compreender que essa maturidade cristã não vem primeiramente pelo exercício dos dons ou pelo tempo de conversão.
2. Dons espirituais sem o fruto do Espírito (Gl 5.22; Ef 5.9). Havia abundância de dons na igreja de Corinto (1 Co 1.7), todavia não eram utilizados de forma equilibrada, visando o progresso da obra do Senhor. Os crentes exerciam os dons para demonstrar níveis de maturidade e de santificação, tornando-se assim, carnais (1 Co 3.1), ignorantes (1 Co 12.1) e meninos (1 Co 14.20).
Não são os atos miraculosos realizados e os diversos dons espirituais (ver Mt 7.22) exercidos que identificam os autênticos servos de Deus, mas os seus frutos. É o fruto que revela a natureza da árvore. O que atesta a autenticidade de um cristão não é primeiramente o que ele faz, mas o que ele é ante a Palavra de Deus (Mt 5.13-16). Os dons têm a ver com o que fazemos para Deus. O caráter cristão com o que somos para Ele.
3. O culto e a utilização dos dons na igreja. Os dons não se destinam a realização individual ou manipulação seja do que for, mas servem para o desenvolvimento, crescimento, amadurecimento e edificação do corpo de Cristo (1 Co 14.3-5,12,26). Os principais elementos de um culto espiritual encontram-se em 1 Coríntios 14.26.
 O fervor religioso e a espiritualidade cristã, resumem-se no equilíbrio entre os dons e o fruto do Espírito. É o fruto e não os dons, que autentica a verdadeira espiritualidade cristã.

OS DONS ESPIRITUAIS CAPACITAM O CRISTÃO A FAZER A OBRA DE DEUS COM GRAÇA E EFICIÊNCIA (I CORÍNTIOS 12. 4.7)

   
Os dons pertencem ao Espírito Santo. Eles não devem ser manipulados por ninguém, e não se pode atribuir a terceira pessoa da Trindade algo que ele não inspirou, e nem autorizou a dizer ou fazer. O Espírito Santo manifesta-se no coração humilde e respeitoso. Somos para ele apenas os instrumentos para a realização de sua obra.

 A ANÁLISE DOS DONS ESPIRITUAIS

O conjunto dos dons Espirituais.
Há dois catálogos de dons espirituais: o de I Coríntios 12.8, e o de I Coríntios 12.28. O primeiro são os dons espirituais propriamente ditos, concedidos à igreja de forma geral. O segundo são os dons de ministério, concedidos apenas aos ministros (comparar com Efésios 4.11). Além desses dons há também os dons de serviço (Romanos 12.6-8).
CONCLUSÃO:

Queridos: Sem dúvida alguma, concordamos que o batismo com Espírito Santo é a porta de entrada  para os demais dons espirituais do qual usamos a expressão "viver na plenitude do Espírito". Porém  é de fundamental importância atentarmos para o que está escrito no  cap. 13 de I Coríntios. O amor que aparece neste texto citado como "caridade", que no seu sentido contextual aponta principalmente para Cristo, que provou não apenas com belos discursos, como faziam os fariseus e escribas, mas, principalmente com atitudes (Romanos 5.8), curando os enfermos, libertando os aprisionados pelo diabo, dando vista aos cegos e acima de tudo isso entregando sua própria vida para salvar a todos quanto a ele se chegam. Sem desprezar os demais dons, uma vez que todos provêm de uma única fonte o Espírito Santo, do qual já aprendemos em lições anteriores é a terceira pessoa da Trindade. Portanto, irmãos, busquemos essas dádivas por meio de oração, jejuns e súplicas, uma vez que não recebemos por méritos próprios e sim pela graça de Deus. Quanto à classificação dos dons e sua operação na igreja aprenderemos nas lições seguintes.
Que Deus continue nos abençoando.  

LIÇÃO 1ª - E DEU DONS AOS HOMENS

ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO VICE- DIRIGENTE DA NOSSA ESCOLA EM PEREIRA CARNEIRO O IRMÃO FLÁVIO JOSÉ.





INTRODUÇÃO

A Igreja de hoje sente falta dos dons? Como ela esta lidando com esta situação, a procura pelos dons, a o incentivo da igreja. Bem temos que concordar que a diversidade de dons quais os que são incentivados a busca, qual seria o mais necessário nos últimos dias?.  Em apocalipse esta escrito. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”. Com esta afirmação que podemos pensar a respeito da busca pelos dons.


OS CINCO DONS MINISTERIAIS


Em (Ef 4.11-16) “E ele deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Dai vemos que estes dons estão sendo manifestos nos últimos dias com mais força, vemos que a igreja esta investindo para que a manifestação destes dons seja eminente. Com esta ação temos homens de Deus lutando contra as astutas ciladas do Diabo. Indicando que a ação foi aplicada no passado, alcança o presente, e se estende até o futuro. Não vou me alongar no assunto que será tratado durante todo o trimestre.


Não confundamos jamais Dons Ministeriais com DONS ESPIRITUAIS. Os Dons Ministeriais são doações de Jesus Cristo, dádivas do Filho. Os Dons Espirituais são doações do Espírito Santo, dádivas do Amigo do Filho [Gn.24]. Jesus libera o ministério aos servos Seus; o Espírito Santo, em seguida, habilita-os com os Dons Espirituais inerentes ao ministério recebido de Cristo. o Dom Ministerial de Profeta não é a mesma coisa que Dom Espiritual de Profecia.  O Dom Ministerial de Profeta é cabível unicamente a pregador específico, especial nos domínios da Palavra de Deus.


Vale observar que em (I Co 12.28), no capítulo que discorre sobre os “dons espirituais” encontramos a menção dos Dons Ministeriais acima referidos, com exceção apenas de EVANGELISTAS, mas, se destaque tais dons não são sobrenaturais como os dons do Espírito Santo, são Dons Ministeriais, que alcançam servos e servas do Senhor, verdadeiramente chamados para a Sua obra e, para realizar as tarefas que o Senhor deseja que sejam realizadas.


Do Antigo ao Novo testamento, o Senhor tem corroborado esta assertiva através das vidas dos seus servos, como por exemplo, Abraão, Samuel, Isaias, Moisés, Arão, Pedro, Paulo, etc. Se nota claramente que todos os servos e servas que são chamados para a obra, o Senhor os chama direta e pessoalmente. O vocacionado para o exercício do Dom Ministerial é respaldado por Deus e, isto se evidencia de maneira inquestionável, pois, até no sustento, quem é chamado por Deus não pode claudicar em nenhum momento, porque o Senhor quando chama, Ele provê.


CONCLUSÃO


Os mestres são essenciais ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeita, ou se descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se preocupará pela autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação correta dos ensinos bíblicos. A igreja onde mestra e teólogos estão calados não terá firmeza na verdade. Tal igreja aceitará inovações doutrinárias sem objeção; e nela, as práticas religiosas e ideias humanas serão de fato o guia no que tange à doutrina, padrões e práticas dessa igreja, quando deveria ser a verdade bíblica. 



Por outro lado, a igreja que acata os mestres e teólogos piedosos e aprovados terá seus ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos princípios originais e fundamentais do evangelho. Princípios e práticas falsos serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de Cristo será conhecida de seus membros. A inspirada Palavra de Deus deve ser o teste de todo ensino, ideia e prática da igreja. Assim sendo, a igreja verá que a Palavra inspirada de Deus é a suprema autoridade, e, por isso, está acima das igrejas e suas instituições. ACREDITE NOS DONS, E BUSQUE ESTES COM FERVOR PARA GLORIA DE DEUS.