Escrito por Carlos Antônio, professor da classe das senhoras.
Texto Áureo:
“Que darei eu ao Senhor por todos os
benefícios que me tem feito?” (Salmos 116.12).
Introdução: A lição deste domingo
traz-nos uma séria advertência contra o perigo daqueles que fazem do evangelho
de cristo uma grande moeda de troca, ou barganha.
Há muitos séculos atrás os apóstolos do
Senhor Jesus já nos advertiam contra estes maus obreiros: “e, por avareza,
farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo
não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (II Pedro 2.3).
Muitos crentes hoje em dia são induzidos
por falsos líderes a ofertar a Deus certas quantias financeiras em troca do
dobro, do triplo ou até mesmo, mais do que isto, como se Deus fosse obrigado a
satisfazer todos os nossos caprichos. O problema dos pressupostos dessa
teologia é que quando Deus diz não! Pronto, é porque nós estamos em pecado ou a
nossa vida está carecendo de mais fé.
Estes pseudos líderes esqueceram-se que
o nosso relacionamento com Deus é de Pai pra filho e não de empregado e patrão.
O caso do patriarca Jó no Antigo Testamento revela-nos que Deus será
glorificado independente daquilo que ele nos dá. Veja o que diz a bíblia acerca
de como Jó se comportou diante de Deus apesar de todas as suas provações. “Em
tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1.22).
Deus é, e sempre será criador e não
criatura. Sua soberania é inquestionável!! “A quem, pois, fareis semelhante a
Deus ou com que o comparareis?” (Isaías 40.18). Deus tem prazer em nos
abençoar, e reconhecemos não ser pecado orar pedindo a Deus bênçãos materiais,
porém não podemos tentar negociar ou trocar algo com Deus a fim de obter algum
benefício, ou seja, barganhar com Deus.
Muitos abusos e modismos tem se
espalhado por aí, alguns desconhecendo a transcendência de Deus chegam a
cometer o erro de exaltar o homem a categoria de Deus e reduzir Deus a
categoria de homem dizendo que possuímos direitos legais de exigir, e até mesmo
determinar o que quisermos diante de Deus, assim; Deus passa a ser segundo
estes ensinos como nosso serviçal. Mas a bíblia não ensina assim.
O homem sempre será pó, veja o que diz o
salmista: “pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.
Porque o homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim
floresce; pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não conhece
mais. “ (Sl.103.14,15,16).
Porém Deus sempre será o soberano do
universo, o eterno Deus (Isaías 40.28). Nossa vida e relacionamento com Deus
deve ser sempre de temor e reverência, devemos adorá-lo na beleza da sua
santidade, não tenho espaço para impiedades. Não tenho espaço suficiente aqui
para magnificar a Deus em sua transcendência, portanto concluo este breve
comentário com o hino de adoração a esse Deus que é digno de toda honra, glória
e louvor.
“Ó profundidade das riquezas, tanto da
sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor?
Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe
seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas;
glória, pois, a ele eternamente. Amém! (Romanos 11.33,34,35).
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