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LIÇÃO 10ª- UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA


COMENTÁRIO ESCRITO PELO PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES IRMÃO FLÁVIO JOSÉ



INTRODUÇÃO

Exatamente como nós chegamos à igreja. A maioria de nós ingressou na igreja sem qualquer perspectiva ou sonho. Essa foi a minha experiência quando eu fui batizado, tudo que eu projetava era participar das reuniões da igreja com regularidade e fazer todo o esforço para me manter com um bom testemunho. Eu não esperava muita coisa, além disso. Na verdade, eu não vislumbrava mais nada. Somente participar da igreja, comparecendo aos cultos.


Nenhuma Teologia jamais fez tanto sucesso na Brasil quanto à Teologia da prosperidade. Alavancada a partir de ministérios dos neopentecostais, até de alguns movimentos considerados como Heresia, essa teologia tem atraído milhões de pessoas em todo mundo, especialmente em países pobres, onde a fé do povo pode ser mais facilmente explorada. Movidos em primeira mão por suas necessidades básicas, mas em seguida por outras motivações não tão dignas, quando à inveja, a ganância, o poder, etc, muitas pessoas buscam a Deus tão somente por aquilo que Ele pode oferecer de melhor. Diante desse quadro, cabe a nós refletir sobre o verdadeiro sentido da prosperidade dentro dos padrões divinos.


O CRECIMENTO DA IGREJA


Em Atos dos apóstolos podemos ver a prosperidade da igreja, não em bens materias, mas em quantidade de almas que eram resgatadas das mãos do diabo. Eram 120 orando depois 3000 almas para Cristo, logo após 6000, e assim a igreja começou a prosperar na graça e no conhecimento.


“Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração em perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos varões irmãos”? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar: E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas”.(At 2.37-41)


UMA IGREJA PROSPERA


É uma igreja equilibrada, uma igreja próspera não pende nem para pregar a teologia da prosperidade nem a teologia da miséria. É uma congregação que sabe motivar seus membros a trabalharem, a confiarem em Deus e a contribuírem para que todos tenham o necessário para sua subsistência. O equilíbrio dessa igreja faz com que ela entenda que pobreza não é sinal de maldição de Deus, nem que a riqueza é necessariamente um sinal da benção de Deus. Muitos ricos crentes burlam o fisco com declarações falsas e ainda contam esses fatos como vitoria que Deus lhes concedeu. Esquecem-se do “A César o que é de César”


É uma igreja aberta às necessidades de seus membros, ”Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre” (Mateus 26.11). Jesus não desfez dos pobres, e deixou claro que eles sempre existiriam. Uma igreja próspera não despreza aqueles que têm poucos recursos em favorecimento dos que tem muito. “se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores” (Tiago 2.9).


Uma igreja prospera é consciente de que não pode desprezar seus pobres, e que deve assisti-los, como o fizeram a Igreja em Jerusalém, nos dias dos apóstolos. As viúvas dos gregos reclamaram que estavam sendo preteridas na distribuição dos recursos ofertados, e nesse momento foi instituído o diaconato, a fim de que houvesse equilíbrio na distribuição dos recursos, e as igrejas dos macedônios uma comunidade de igrejas compostas de pessoas predominante de pobres, e que precisavam de ajuda financeira, mas que por terem se dado primeiramente ao Senhor, abriram mão do pouco que tinham para cooperar com os crentes em Jerusalém (II Coríntios 8). Uma igreja próspera investe no Reino, na divulgação do evangelho e na preparação de obreiros que serviram ao Senhor.

Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quando à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E, quando ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua gloria, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? Porque todas essas coisas os gentios procuram. Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.25-33).


A igreja não forma ricos ou pobres. Lembro-me de um comentário que li, era mera especulação, mas encaixa perfeitamente no comentário que estou a escrever. O padre São Tomás de Aquino foi a uma visita ao Vaticano, lá o papa mostrou ao padre a grandeza da catedral de São Pedro e falou ao padre Tomás: "agora nos não podemos dizer 'não tenho nem prata nem ouro'”. O padre também respondeu ao papa: "mas também não podemos dizer 'levanta-te e anda'”. Parece-me com a igreja dos últimos dias (Apocalipse 3.17).



CONCLUSÃO


Ora, por certo a fé não promete longevidade, nem honra, nem riqueza nesta presente vida, uma vez que nada destas coisas o Senhor quis que nos fosse destinado; pelo contrário, vivamos contentes com esta certeza: por mais que nos faltem muitas coisas que dizem respeito ao sustento desta vida, Deus, no entanto, jamais nos haverá de faltar. Mas, sua primordial certeza reside na expectação da vida futura que, pela Palavra de Deus, foi posta alem de toda dúvida. Entretanto, quaisquer que sejam na Terra as misérias e calamidades que esperem aqueles a quem Deus já abraçou com seu amor, não podem impedir que sua benevolência lhes fosse à plena felicidade.

Daí, quando queríamos exprimir a suma da bem-aventurança, mencionou a graça de Deus, de cuja fonte nos emanam todas as espécies de bênçãos. E isto, a cada passo, se pode observar nas Escrituras: que estamos a caminho do amor do Senhor que, vezes sem conta, trata não só da salvação eterna, mas até de qualquer outro bem nosso. Razão por que Davi canta a bondade divina, quando é sentida no coração piedoso, é mais doce e mais desejável do que a própria vida: (Salmos 63.3): “Por que a tua benignidade é melhor do que a vida; os meus lábios te louvarão.”







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