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Lição 6ª - A Despensa Vazia


Escrito por Sara Carvalho, professora da classe dos adolescentes

Muitas vezes passamos por situações complicadas nas nossas vidas, e sem dúvida, uma delas é a escassez de recursos. Quando esta aflição chega a um lar traz muita dor e desespero, porém, como filhos de Deus devemos estar cientes que o nosso Pai nunca nos deixará perecer e também tomar como exemplo algumas figuras da Bíblia Sagrada que passaram por essa tribulação, mas no final receberam a vitória.

No Antigo Testamento nos deparamos com a história de uma mulher que perdera seu marido e não tinha mais condições de sustentar seus filhos e nem de pagar suas dívidas. Para piorar tudo os credores queriam levar seus filhos como servos em forma de pagamento. Em meio a esse cenário angustiante a mulher se lembra do profeta Eliseu e vai ao seu encontro. Ao encontrá-lo conta a sua situação e recebe a seguinte resposta: “Vai pede para ti vasos vazios emprestados a todos os teus vizinhos e não poucos”.  

Alguém neste momento poderia pensar “Como assim? Vasos vazios? A viúva precisa de comida e não de vasos!” Contudo a viúva não hesitou, foi para casa e obedeceu ao profeta mesmo talvez sem entender ela confiava no Senhor. Ela fechou a porta de sua casa e juntamente com seus filhos colocou a última gota de azeite na vasilha. E ai o milagre aconteceu! O azeite da viúva multiplicou e ela pode vendê-lo e assim conseguir o dinheiro para seu sustento (II Reis 4.1-7).

Podemos tirar alguns ensinamentos na história dessa viúva. Um deles é que mesmo em meio à provação não podemos nos desesperar, mas sim buscar ajuda de quem verdadeiramente pode nos ajudar, neste caso, a mulher pediu ajuda ao servo de Deus, Eliseu, que lhe mostrou o que ela deveria fazer. Apesar de ser não comum na época e na terra dela mulheres conversarem com os homens, a viúva não se intimidou, sabia que o futuro da sua família estava em suas mãos e não podia se deixar levar pelas convenções humanas ou por vergonha. Muitas vezes sentimos tão humilhados pela nossa condição de pobreza que esquecemos que temos um Deus que a todo instante cuida de nós e que quer escutar e atender a nossa súplica. Ainda que não possamos ver, temos um Deus que se importa com a nossa vida espiritual e também material.

Outro ponto interessante é que a viúva não possuía nada além mais do que um pouco de azeite e foi apenas isso que o Senhor utilizou para operar o milagre. Não é necessário riqueza ou sacrifícios extremos para vermos o agir de Deus nas nossas vidas. O Deus do muito também opera no pouco e com certeza até no nada.

Existem outros casos de milagres e da provisão de Deus em meio à escassez na bíblia. E em todos eles percebemos que para existir a solução era necessário que existisse fé. Fé da parte da pessoa que ajuda e ora e a Deus para ajudar o próximo, fé da parte de quem está passando pela provação em acreditar que Deus pode realizar uma transformação no seu quadro, fé em humilhar-se perante o Senhor em busca de solução sabendo que só ELE é capaz de mudar tudo aquilo e fé em ser paciente e esperar o milagre acontecer no tempo certo. Portanto devemos sempre lembrar que temos um Deus que sempre nos ajudará quando for preciso e que sempre estará com as mãos abertas para nos ajudar.

Contudo, não podemos nos esquecer de que temos a obrigação gloriosa de ajudar os nossos irmãos que estão passando por dificuldade financeira, seja com dinheiro ou com oração.  Em Romanos 12.9-21 vemos um belíssimo texto do apóstolo Paulo nos exortando à misericórdia e à compaixão para com o nosso próximo; e isso fica bastante claro no versículo 13 “Compartilhai as necessidades dos santos; praticai a honestidade”.

O apóstolo deixa bem claro que devemos ajudar a todos sem exceção até mesmo os nossos inimigos “Se o teu inimigo tiver fome dá-lhe de beber, se tiver sede dá-lhe de beber (...)”. Sabemos que a fé sem obras é morta (Tiago 2.14-17) e que a generosidade está entre as missões dos cristãos na sua passagem na terra, então vamos cumprir as ordenanças do nosso Pai e assim viver em paz conosco e com os outros (Romanos 14.18-19).

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