ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO POR LUCAS VIEIRA, PROFESSOR DA CLASSE DOS JOVENS
INTRODUÇÃO
Deus em sua infinita
misericórdia escolheu o povo de Israel para que através deles os seus planos
fossem estabelecidos e concluídos para o bem de toda a humanidade. São muitas as provas que nos mostram o infinito
amor do Senhor para com os Israelitas em toda a história. Durante os 400
anos que permaneceram no Egito, os Israelitas tornaram-se escravos, e clamaram
a Deus para que os libertasse da opressão. Após o nosso Senhor os libertar utilizando-se
das pragas e permitir com sua mão forte a passagem pelo mar vermelho começa a
jornada até o Sinai onde receberiam a lei do Senhor, este é o trecho da história
que iremos abordar nesta Lição.
Mesmo com todos os sinais e milagres que ocorreram durante o processo de
libertação do povo Israelita da terra dos Egípcios, a murmuração ainda era algo
constante (Ex 16.2). Eles não tinham plena confiança no Deus que os
tinha libertado. Ao chegarem em Mara o povo murmurou pelo fato de que as águas
dessa região eram impróprias para o consumo (Ex 15.23).
O todo poderoso com sua infinita misericórdia realiza o impossível. Através de
Moisés, utilizando-se de um lenho (tronco, madeira), curou as águas amargas que
aviam ali. Na sua passagem pelo deserto de Sim falaram a Moisés; ‘Quem dera que nós morrêssemos por mão do Senhor na terra do
Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão
até fartar!’ (Ex 16.3). Essa atitude nos mostra a falta de fé que avia
no coração do povo, pois mesmo livres comportavam-se como escravos. Novamente
ocorre um milagre da parte do Todo Poderoso, chove carne e maná no arraial (Ex 16.13,14). Quando acamparam em Refidim novamente murmuraram e contenderam com
Deus por falta de água (Ex 17.1,2). Moisés pela ordem do Senhor fere a
rocha e dela sai água (Ex 17.6).
Depois de Refidim o povo seguiu até o monte
Sinai, onde Deus entregaria os seus mandamentos e as ordens para a construção
do Tabernáculo. No capitulo 36 de Êxodo, nos revela que pelo motivo de Moisés
tardar em descer do monte ocorre uma revolta do povo, que por sua vez exigem
que Arão crie para si um deus (um bezerro de ouro), praticando a idolatria. (A
palavra idolatria é formada por dois vocábulos gregos: eidolon, ídolo + latria,
adoração) idolatria, portanto é adoração aos ídolos. Esse acontecimento pode
estar relacionado ao fato de que havia no Egito dois deuses chamados Ápis e
Hátor, eles eram representados por um touro e uma novilha que representavam a
fertilidade. Vemos com esse fato o apego de Israel com o costume politeísta
(admissão de múltiplos deuses) do Egito. Como não tinha um homem que os
guiassem em direção ao Grande Eu Sou, procuraram substitui-lo, e apostataram da
sua fé. ‘‘Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra
do Egito’’ (Ex 32.4). A palavra do
Senhor é muito clara em relação a prática da idolatria (Ex 20.3; Is 45.20). A
primeira iniquidade a ser praticada foi a idolatria através de Satanás e de
Adão e Eva (Ez 28 e Gn 3).
Por não pensarem na consequência de seus atos exaltaram a si mesmos e
praticaram a autolatria (autos, a si
mesmo + latria, adoração. Adoração de
si próprio). Ao conquistarmos posições consideradas altas na sociedade, pode
proporcionar dentro de nós a soberba que consequentemente da origem a
autolatria. Satanás em seu estado de querubim ungido (Ez 28.14), não se
contentou com toda a sua força e beleza e rebelou-se contra o Senhor. No inicio
da historia da humanidade não foi diferente. Nossos pais pecaram tentando
atingir o mesmo poder do nosso Deus. Temos Cristo como um grande exemplo para
evitarmos a autolatria (Fp 2.1-11). Jesus mesmo tendo todo o poder se fez
servo: ‘’que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens’’.
Em
Atos capitulo 17 a partir do versículo 15, fala sobre a passagem de Paulo por
Atenas. O apóstolo se depara com a situação de grande idolatria que a cidade se
deparava. Paulo usa como ponto de partida o fato de que os Atenienses tinham
construído um altar para um DEUS DESCONHECIDO por terem medo de esquecerem
algum ídolo e perder bênçãos. Ao perceber que os moradores de Atenas estavam
dispostos a ouvir sua pregação, disse: O Deus que fez o mundo
e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos
feitos por mãos de homens. (At 17.24). Em (1Co 6.19) Paulo afirma que nós é que somos o templo do
Senhor. Em (Is 44.9-20), Isaías fala sobre a construção das imagens de deuses.
Como pessoas que creem e conhecem o verdadeiro Deus e experimentam da sua graça
se contaminam com deuses que nada fazem? Quais são os benefícios que podemos
receber de imagens criadas por nós mesmos? Muitas vezes quando fazemos essas
perguntas nos esquecemos de que a prática da idolatria não é apenas direcionada
a imagens, mas também a bens materiais, pessoas públicas etc.
CONCLUSÃO
Infelizmente os pecados cometidos por Israel
ainda permanecem vivos em nossos dias e de uma forma mais intensa. Em (1 Co 10.11) Paulo fala que
devemos ver os pecados do povo Israelita como exemplo, para não cometermos o
mesmo. Nós os gentios também somos povo de Deus por meio de Cristo e Ele exige
que o adoremos em espirito e em verdade (Jo 4.24). Devemos estar vigilantes e nos abster das
coisas que nos afastam de Deus tendo em mente que apenas Ele é o nosso único,
supremo, suficiente e misericordioso Deus.
‘‘Responde-me, SENHOR,
responde-me, para que este povo conheça que tu, SENHOR, és Deus e que tu fizeste
tornar o seu coração para trás. Então caio fogo do SENHOR,
e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água
que estava no rego. O que vendo todo o povo caiu sobre seus rostos e disse: Só
o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus.
(1Rs 18.37-39).
2 comentários
muito bom seu artigo ir parabém
Obrigado, Agradecemos seu Comentário :)) , que Deus Abençoe.