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Lição 8ª - A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo - PARTE 2

II.                   Jesus ora pelos seus discípulos


“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17.17)


Aqui propriamente, quando Jesus cita os seus discípulos, nos é apresentado, como fala o Dr. Lawrence Richards (Op. Cit.), três conceitos teológicos importantes: – esse livro (o evangelho) de João, parece mais um tratado teológico do que um livro bibliográfico – “verdade”, “santificação” e “palavra”.


A igreja é estabelecida no fundamento da revelação de Deus que é Cristo. Jesus é a verdade que liberta e isso não é simplesmente uma assertiva dogmática, é a realidade mais límpida que existe, fora de Jesus Cristo não há a salvação, nem a Vida Eterna. E somente essa verdade produz genuína santificação.


E santificação nesse texto significa consagrar, Cristo não queria tirar os discípulos do mundo, mas protegê-los dele. Mesmo Jesus concedendo a salvação a todos, o mundo caminha em uma direção contrária aos propósitos divinos e esse caminho é sem volta, pois o sistema mundano resiste a vontade santa de Deus, vivendo como se não houvesse nada além deles mesmos nesse planeta, dessa forma Jesus disse: não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus (João 17.9). Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. (I João 4.4)


Por estarmos com Cristo o mundo não nos tolera, porque não compartilhamos das obras infrutíferas da carne, e a nossa própria vida testemunha contra as atitudes incorretas e vazias que as outras pessoas praticam. Mais furioso fica ainda o diabo ao ver que estamos chegando cada vez mais ao Reino de Deus, lugar onde ele nunca estará, pois já se encontra condenado. Agora isso porque estamos resguardados na Palavra divina. Do contrário, estamos perdidos.


Por essa razão Jesus Cristo também se santificou, ou seja, doou a sua vida a Deus. Jesus não precisava se libertar do pecado, ele se entregou a Deus por amor de nós, para que:


(...) ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito (...) (I Pedro 3.14-18).
 
Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. (II Coríntios 5.14).
 

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