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Lição 11ª - O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo - PARTE 4

CONSIDERAÇÕES FINAIS


I.                    IMPLICAÇÕES IMEDIATAS DA DECISÃO DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM E PARA A HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ


A decisão de Tiago preservava aquilo que judeus tinham mais sagrado: o não envolvimento com a idolatria em nenhum nível, a dieta alimentar rígida, no caso nada comido com sangue nem carne sufocada, costume comum dos gentios, e do seu sistema de casamentos lícitos, algo ainda bastante discutido e passível de interpretação – não vamos por falta de tempo entrar nesse mérito. Foi uma decisão de respeito à parte vencida, mas impôs duro revés aos judaizantes.


Esses cristãos judaizantes então ficaram no limbo, não eram aceitos pelos judeus ortodoxos e não aceitavam essa nova igreja cristã predominantemente gentílica. Com o passar do tempo e principalmente depois da Grande Diáspora em 70 d.C esse grupo desapareceu, embora algumas das suas ideias resistam até hoje como veremos depois.


Revolução casou na Igreja cristã, agora genuinamente separada do judaísmo e cada vez mais gentílica, pouco mais de cem anos depois quase não havia mais cristãos judeus, até mesmo a Igreja cristã de Jerusalém depois do ano 135, quando o Imperador Adriano expulsa o restante de judeus de Jerusalém, vai ter um bispo gentio.


Paulo é o grande responsável por essa transição, pouco tempo depois de lida a decisão dos apóstolos em Antioquia, vemos Paulo já de viagem para a Europa, naquilo que chamamos da Segunda Viagem Missionária de Paulo.



II.                 IMPLICAÇÕES DA DECISÃO DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM PARA O NOSSO CONTEXTO ATUAL


Uma das maiores seduções que a religião tem é o de conceder um espírito de superioridade aos seus membros. Muitas vezes criticamos os fariseus, mas temos atitudes semelhantes, principalmente as pessoas que assim como eles desfrutam de posição elevada na igreja, seja por um cargo eclesiástico, seja pela própria distinção que os membros da comunidade lhe concedem. Essas pessoas que se julgam superiores segundo a carne  e apóiam-se em tradições humanas para se distinguir dos demais irmãos.


Há também aqueles que não agüentam a ideia de ser livres em Cristo e criam para si mesmo amarras. Fazem distinção de roupas, alimentos e dias. Não devemos, no entanto, debater com ninguém, aqueles que fazem distinções entre dias e dias, para o Senhor o fazem (Romanos 14.6), porém sem autoridade divina, apenas porque gostam de viver debaixo de algum julgo. Para os que guardam o sábado, uma dieta religiosa, ou um fardamento evangélico, leiam Atos 15.


No mais:


Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros (Gálatas 5.1-4, 13-15)


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